Capítulo 58: Peças de um Quebra-cabeça

264 51 84
                                    

Saint Luna, 12 de abril de 1991
Sexta-feira - 01:21 A.M.

Doze de abril, sexta-feira

Ops! Esta imagem não segue as nossas directrizes de conteúdo. Para continuares a publicar, por favor, remova-a ou carrega uma imagem diferente.

Doze de abril, sexta-feira. São exatamente uma e vinte e uma da manhã, e tudo ao redor era de silêncio. Meu pai e Louise estavam dormindo, mas eu, Alexander Butler, estava montando um quebra cabeças.

Na minha frente estava um enorme quadro de investigações, quase uma cópia do que havia na delegacia, só que com pesquisas minhas. Já se passaram quase três meses desde o assassinato de Audrey e Nora, e agora o de Tyler. Diferente do que Jesse e Alice acreditavam, eu não achava que Aaron Foster e muito menos seus amigos idiotas fossem os assassinos.

Não, não.

Era alguém que sabia muito bem orquestrar cada passo que dava, era alguém inteligente e estrategista. Era alguém que sabia que nunca desconfiaríamos dele.

Não posso dizer de imediato quem eu acho que seja, pois esse perfil é característico da grande parte dos alunos do colégio. Posso não estar lá há tanto tempo quando Sharon, ou até mesmo quanto os que foram assassinados, mas mesmo assim eu passei a observá-los.

— ALEXANDER!

Uma voz irritante me gritou, e eu acabei levando um susto tão grande que deixei meu copo com café cair no chão. Agora o quarto ficaria com um cheiro horrível.

— O que foi, pirralha? Isso é hora de você estar acordada? — Perguntei me virando para observar Louise, que estava parada na porta do meu quarto com um pijama roxo com desenhos de sorvetes e detalhes rosa.

— Não te interessa. Eu não estou com sono, vim ver o que você está fazendo.

Ela revirou os olhos e entrou no meu quarto, sentando-se na cama e olhando fixamente para o quadro em que eu estava observando minutos antes.

— Nem comece com perguntas, já disse que isso não é assunto seu.

— Muito menos seu, se o papai souber que você continua mexendo nas coisas dele escondido, ele vai te deixar de castigo por um mês.

— Está bem, agora vai buscar um pano para limpar essa sujeira. — Falei sem dar a mínima para a ameaça dela e a vi se levantae furiosa e saiu do meu quarto.

Desde que Natalie voltou para Saint Luna, meu pai não a deixou ver Louise. Já havia dito o quão ridícula ela poderia ter sido quando nos deixou, e ele sabia que ela não estava aqui para ajudar a controlar a escola. Ela queria apenas interesses próprios.

Natalie havia reformado as regras daquela escola por completo. Nunca imaginei que sentiria tanta falta da Mariyah quanto sinto agora. Mesmo com a bobagem que Seline, Lucy e eu planejamos, um assassinato bem cruel ocorreu bem debaixo do nosso nariz.

E eu me sentia culpado.

Me sentia culpado por não ter notado nada de diferente, por ter saído do meu foco principal que era andar de olho no assassino. Mas eu acabei me distraindo, me deixei levar por aquela festa tosca. Agora era tarde demais. Mais uma vida havia ido embora, e os motivos eu não sabia direito.

As Fases Da Lua - Bruxas & Assassinas [CONCLUÍDO]Onde as histórias ganham vida. Descobre agora