Capítulo 19: Querida Irmã

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Saint Luna, 11 de Fevereiro de 1991
Segunda-feira - 09:39 A.M.

Ainda era manhã na Everest High School e eu estava com uma garota maluca ao meu lado dizendo que era a minha irmã

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Ainda era manhã na Everest High School e eu estava com uma garota maluca ao meu lado dizendo que era a minha irmã. O pior é que ela não parava de falar por um instante e as palavras saíam livremente da sua boca.

— Nossa mãe sempre foi louca assim como nosso pai. Sabe, eu sempre procurei por nossas irmãs, mas que coincidência que encontrei você na mesma escola que eu! Quero que sejamos muito amigas, eu sempre me senti sozinha porque todos diziam que eu era tagarela. Você me acha tagarela, Jesse?

Perguntou focando seus olhos com seus óculos enormes em mim. Eu não estava ouvindo nada do que ela falava pois estava traumatizada demais para responder.

— Sim, você é bem tagarela. — Admiti e logo a garota demonstrou uma reação triste. — Mas você é inteligente demais para a sua idade. Aposto que ninguém com quatorze anos acharia sua irmã sozinha.

Ela sorriu e pegou seu copo de suco que estava na mesa, bebendo um pouco e logo colocando no mesmo lugar.

— E então, como é a sua família nova? Eles te deixam sair sozinha?

Não respondi sua pergunta de primeira. Como um flashback, minha vida passou pelos meus olhos. Quando conheci os Whitmore, quando me levaram para a mansão, quando conheci Crystal, quando Luke matou todo mundo, quando ele abusou de mim, quando eu o matei... Eram péssimas lembranças! Não desejaria nunca que Lucy passasse por algo parecido.

— Eu vivia com um casal muito honesto, mas eles morreram. Agora vivo com minha tia Elizabeth, e ela é legal. Talvez eu a leve para conhecê-la um dia.

Lucy se anima e quando pensa em voltar a falar novamente, ouvimos gritos e correrias por todo o lugar. Havia acontecido algo ruim no colégio, o que alertou a todos. A notícia se espalhou como uma epidemia, mas eu ainda não estava ciente de nada.

— Jesse, o que houve?

Me levantei e Lucy levantou ao meu lado em desespero. Em poucos minutos, ouvimos a voz de Mariyah no auto-falante alertando sobre "férias indeterminadas". Em outro caso, eu teria ficado super feliz por não ter aula, mas estranhamente eu senti algo incomum no lugar.

— Eu não sei, mas não é coisa boa. — Olhei a porta por onde todos corriam e vi uma garota parada e encarando diretamente para mim.

Ela era baixa e tinha o cabelo preto e curto. Usava roupas atléticas de torcida, mas estava espirrada de sangue. Sua garganta estava profundamente cortada e a sua pele pálida, e a garota possuía o olhar morto e profundo, mas sua expressão para mim indicava dor e desespero. Ela abriu a boca como se fosse gritar, mas senti Lucy me cutucar e a olhei.

As Fases Da Lua - Bruxas & Assassinas [CONCLUÍDO]Onde as histórias ganham vida. Descobre agora