Capítulo 31: O Futuro se Cumpre

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Saint Luna, 13 de Fevereiro de 1991
Quinta-feira - 11:03 P.M.

Eu me senti um pouco culpada ao deixar Alice sozinha, mas não tive outra opção

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Eu me senti um pouco culpada ao deixar Alice sozinha, mas não tive outra opção. Quando recebi o telefonema de Ellie, ainda estava acordada. Não conseguia entender bem o que estava acontecendo, mas meu corpo estava angustiado.

Resolvi sentar na varanda de casa e olhar o céu. Não havia nenhuma estrela aparente, já que as nuvens as impediam de aparecer, mas a lua estava lá: brilhante e intacta. Eu me sentia cada vez mais conectada com ela, e de uma coisa eu tinha certeza — tudo aquilo era real.

Voltei à realidade quando ouvi sons altos vindo do lado externo da casa, mais especificamente do jardim. Atravessei a casa por inteiro até chegar na enorme porta de vidro que levava ao jardim, e presenciei a cena mais apavorante que já vi na minha vida.

Tentei não gritar por Seline ao vê-la ajoelhada e presa com os braços para trás e com um pedaço de pano prendendo sua boca. Ela estava chorando, ferida e toda ensanguentada. Seline usava um vestido azul de luxo, que nessa altura, já estava rasgado e sujo de lama.

Ao seu lado estava o motorista Charlie, mas ele não parecia muito preocupado, mesmo estando nas mesmas condições que Seline. Haviam dois homens parados atrás deles, ambos vestidos de preto e com uma touca, onde era possível ver apenas os olhos. Pareciam ninjas, mas eram apenas mandantes de morte.

Um deles segurava uma arma e apontava para a cabeça do motorista Charlie. Eles não pareciam ansiosos para matar Seline, esperavam algo específico — sua mãe, talvez. O homem engatilha a arma e mira para a cabeça do motorista, que fecha os olhos bem apertado e espera seu fim.

Seline se debatia tentando sair de lá, mas não obtinha sucesso. O segundo homem a empurrou a fim de que ela ficasse quieta, mas não funcionou. Ela estava muito nervosa, e dava para ver em seus olhos. Meu coração errou as batidas quando seus olhos finalmente me encararam, e então ela percebeu que talvez não fosse o fim.

Peguei minha flecha e coloquei um arco na posição de mira. Abri a porta de vidro aos poucos e me escondi atrás de uma coluna de concreto que havia antes da porta. Eu poderia subir até o telhado e atirar de lá, mas dependendo do tempo, Charlie já estaria morto.

Mirei no homem com a arma e soltei uma flecha sem hesitar, mas não foi para matar. A flecha atingiu seu ombro e o homem desmaiou no mesmo instante. O segundo mascarado olhou assustado e antes de qualquer reflexo, atirei nele também. Não tive a intenção de matar, usei flechas sedativas, porém não seria uma má ideia se eles acabassem morrendo acidentalmente.

Corri até eles, desamarrei as mãos de Seline e tirei a mordaça da sua boca, logo fazendo o mesmo com Charlie. Seline me abraçou e começou a chorar, e eu retribuí por alguns segundos, tentando acalmá-la.

— Tudo bem, não chore. — Me afastei dela e a encarei. — Agora está tudo bem. Vamos sair daqui.

— A Eva, ela é louca! — Indignou-se tentando respirar.

As Fases Da Lua - Bruxas & Assassinas [CONCLUÍDO]Onde as histórias ganham vida. Descobre agora