Capítulo 38: Pai Nosso Que Estais no Céu

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Saint Luna, 18 de fevereiro de 1991
Terça-feira – 10:10 A.M.

Os familiares de Nora estavam em prantos

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Os familiares de Nora estavam em prantos. Não era de se acreditar que uma jovem cheia de vida e saúde partiria tão cedo, muito menos da forma que foi assassinada.

O cemitério estava cheio de conhecidos e desconhecidos, que choravam e se lamentavam pela morte de Nora Adams. Nunca imaginei que ela fosse tão querida assim, já que era uma pessoa detestável na escola. A mãe de Nora chorava descontroladamente enquanto dava um discurso emocionante do quão especial era a filha dela.

Não demorou muito para levarem o corpo de Nora e jogá-la a sete palmos do chão, o que foi mais triste ainda.
Eu não suportava Nora Adams, mas ninguém merecia um fim como aquele. A única coisa que sei é que Nora sabia quem era o assassino e era coagida por ele. Talvez se tivéssemos mais tempo, ela nos ajudaria, mas nem ao menos tentamos.

Enquanto todos focavam em Nora, eu me distraí ao ver uma sombra passar entre as árvores e algumas lápides altas.

— Eu já volto. — Sussurrei para as meninas ao meu lado, e elas se olharam desconfiadas, mas deram de ombros.

Me afastei aos poucos de onde todos estavam e comecei a andar na direção de onde eu havia visto o vulto. Andei por algumas lápides e acabei a vendo novamente.

— Nora? — Chamei e ela se virou para me olhar.

A garota usava as mesmas roupas de quando foi assassinada: meia-calça, uma saia justa de pano e uma blusa social laranja, mas suas vestimentas estavam sujas de terra e de sangue.  Seu olhar era profundo e confuso, sua pele estava pálida e era bem visível que ela estava desorientada.

— Está tudo bem agora. — Disse calma, com medo de assustá-la.

Ela se virou e começou a andar lentamente em tal direção, como um convite para que eu a seguisse. Caminhei até a sua direção e não tirei os olhos da garota até chegar aonde ela queria me levar.

O espírito de Nora desapareceu na frente de uma capela. O lugar estava totalmente vazio, ao redor haviam algumas estátuas de anjos que estavam quebradas. Era a típica cena de um filme de terror.

Me aproximei da entrada e tentei abrir a porta, mas estava trancada. Tentei empurrar mas não consegui, pois havia um cadeado forte e antigo impedindo.

— Droga!

Eu sabia que Nora queria me mostrar algo que estava dentro da capela, mas não teria possibilidades se estivesse trancada.

Me virei e voltei ao enterro, onde o corpo da garota já havia sido enterrado. Alice e Seline se aproximaram após algumas pessoas irem embora e se colocaram na minha frente.

— Aonde você foi? — Perguntou Alice.

— Eu acho que vi a Nora. Ela estava com a mesma roupa que morreu e me levou em uma capela, mas o lugar estava fechado.

As Fases Da Lua - Bruxas & Assassinas [CONCLUÍDO]Onde as histórias ganham vida. Descobre agora