As Fases Da Lua - Bruxas & Assassinas [CONCLUÍDO]

Capítulo 47: Conhecendo a Verdade

Quando terminei de falar, um estalo deu na nossa frente. Jasper voltou ao normal, um pouco confuso, e olhou ao redor totalmente perdido.

— Alice? O que aconteceu?

— Você me disse que estava passando mal, com dor de cabeça. Está melhor? — Perguntei por pura mentira, mas pareceu que ele tinha caído.

— Acho que sim. — Respondeu passando a mão na cabeça. — Engraçado, eu não me lembro.

— Deve ser bobagem. — Falei tentando fazer ele não se importar com aquilo. — Trouxe uma coisa para você. — Tirei um colar do meu casaco, que prendia uma pedra azul e brilhante.

— O que é isso? — Questionou segurando o colar e o observando.

— Apenas uma superstição minha. É um amuleto de proteção, sabe, para evitar que coisas ruins aconteçam. — Disse com naturalidade e ele sorriu de lado.

— Se você acredita, então tudo bem. — Admitiu e colocou ao redor do seu pescoço. — Não vou tirá-lo.

— É bom não tirar mesmo! — Murmurei apreensiva e sorri para disfarçar.

Hipnose concluída com sucesso, só não sabia se seria uma garantia pela segurança de Jasper.

—  Achei que não viesse mais!

Jesse estava parada encostada em uma árvore, com os braços cruzados e a expressão irritada. Ela havia pedido para nos encontrarmos no início da trilha que levava até a sua casa.

— Desculpa, eu tive uns problemas. — Disse e dei de ombros. — Você sabe em qual hospital ele está?

— No que minha tia trabalha, só que hoje ela está em casa. — Falou desencostando da árvore. — Não é muito longe daqui, dá para ir andando.

Jessica Whitmore era o tipo de pessoa que praticava diversos exercícios físicos e não se cansava em nenhuma, já eu era a pessoa que só de pensar nisso já estava cansada.

— Então vamos antes que fique tarde.

Andamos cerca de vinte minutos (eu ainda mato essa garota) até chegarmos no enorme prédio com um letreiro gigante escrito "Hospital Central de Saint Luna". Eu estava ofegante e cansada, e minhas pernas tremiam, mesmo que a caminhada tenha sido leve; entretanto, Jesse estava normal e plena.

— Será que eles vão nos deixar visitá-lo? Não somos parentes e nem nada. — Jesse questionou antes de entrarmos na recepção, e eu dei de ombros.

— Só vamos descobrir quando tentarmos.

Entramos na recepção e vimos algumas pessoas sentadas, outras em pé reclamando com a demora do atendimento. Havia pessoas passando pelos corredores de cadeira de rodas, enfermeiros orientando alguns pacientes e faxineiros varrendo o chão.