CAPÍTULO 78: Experiência Compartilhada

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[Narrado Por Luka]:

Eu: — Cometeu muitos erros, professor? – voltei a caminhar, e dessa vez em direção aos bancos. O escutei rir.

Marcelo: — Tu não imaginas o quanto. – me sentei e ele sentou-se ao meu lado.

Eu: — Estou tendo muitas conversas com pessoas experientes ultimamente. Estou começando a gostar.

Marcelo: — Não acredito que alguém chegou antes de mim nessa! – eu ri. — Eu nunca perco!

Eu: — Dessa vez você está em segundo lugar. Há duas semanas eu tive boas conversas com meu tio. Essas conversas estão me ajudando bastante em diversas questões, então não se preocupe em exagerar se falar demais.

Marcelo: — Gosto assim. Minha maior habilidade é no boca a boca. – eu ri e ele franziu as sobrancelhas. — Saiu mais estranho do que deveria...

Eu: — É.

Marcelo: — Quero dizer, minha maior habilidade é conversar bastante, mas em outros sentidos eu também sou ótimo. Meus amigos sabem o quanto eu falo, e se um dia eu ficar calado, a coisa é séria, mas vou te contar uma coisa, e isso é realmente sério, Luka. É uma coisa pra você levar pra vida inteira, e não sei se você vai gostar de ouvir minha sinceridade.

Uh, estou começando a ficar desconfortável. Ele faz muito suspense, e o nível de seriedade dele às vezes é desconfortante.

Eu: — Manda ver. Aguento tudo.

Marcelo: — Ah, Deus. A última vez que me disseram exatamente a mesma coisa, deu merda, e meu filho nasceu. – eu ri, surpreso com a resposta. — Foi mal, não calculei as palavras de novo.

Eu: — Inesperado, mas tudo bem.

Marcelo: — Então... Sabe... Eu gostei muito do que você fez com o Guilherme. Conheço ele há uns três anos e meio e nunca o vi tão elétrico e entusiasmado quanto hoje em dia. Você transformou o moleque otário metido a superior que eu conhecia. Agora eu vejo um cara legal pra cacete, sorridente e que estranhamente aprendeu a como tratar com respeito as pessoas. Mesmo depois de ele ter te ferido, você se dispôs a ficar do lado dele, e isso não mexeu apenas com ele, mas com todo mundo, inclusive a mim.

Eu: — Como assim?

Marcelo: — Espere, já vou chegar aí. Caso você não saiba, nós professores armamos pra que você e o Guilherme ficassem próximos. Trabalhos em dupla, grupos, tudo foi uma conspiração. Vimos o quão bom você é nas matérias e o quão ruim o Guilherme era. E como para a maioria vocês fossem inimigos declarados, nós queríamos mudar isso, então forçamos vocês a se aproximarem.

Aaaaah, está explicado por que eu sempre caía com o Guilherme nos trabalhos! Eles armam tudo... Parece até um grupo Ilumunatti do colegial! Teorias da conspiração estudantil.

Marcelo: — Pela sua cara, você não sabia disso. – neguei com a cabeça. Eu realmente não fazia ideia disso, mas pelo menos funcionou... Funcionou até demais. — Só não imaginaríamos que aproximaríamos vocês dois demais, a ponto de trocarem saliva pelos corredores. — eu ri. — E o mesmo você fez com o Joaquim. Quero dizer, não trocar saliva pelos corredores, mas torná-lo seu amigo, apesar dos infelizes encontros entre vocês. Joaquim mudou completamente, e isso eu posso garantir. Dei aulas para ele em muitos outros colégios da qual ele foi expulso, e aqui eu vejo que ele meio que se encontrou num círculo perfeito de amizades.

Eu: — É, isso eu sei bastante. Joca era um pé no saco. Agora ele é um amor, e eu posso garantir que ele tem toda minha confiança.

Marcelo: — Eu soube que ele mora contigo agora. É verdade? – assenti.

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