CAPÍTULO 105: Post Mortem

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[Narrado por Luka]



Último dia nesse lugar. Se ano que vem tiver essa atividade outra vez, com certeza eu vou querer vir só por causa da interação das pessoa, e pelos amigos que posso fazer. Não tô nem aí pros prêmios, quero mesmo é me divertir um pouco.

Estávamos arrumando nossas coisas e levamos tudo para o ônibus. Deixamos nossos uniformes do acampamento em cima das nossas camas e a maioria foi se encontrar com os tutores. Permaneci na minha cabana com Diogo e Joca.

Eu: — Foi legal estar aqui com vocês. Obrigado.

Joca: — Serviu pra nos aproximar mais um pouco. Espero que gostem mais de mim, e não queiram se livrar da minha presença só porque descobriram que eu sou chato. — rimos.

Diogo: — Vocês me aturaram. Vou devolver o favor.

Eu: — Nunca vou querer me livrar de vocês, calem a boca.

A porta abriu e... Guilherme entrou. Ele olhou para Joaquim e para Diogo, e por fim olhou pra mim. Ele entrou e fechou a porta.

Guilherme: — Preciso falar contigo. — se aproximou de mim. Diogo e Joca pegaram suas mochilas e saíram sem dizer nada, nos deixando sozinhos.

Eu: — O que aconteceu? Por que essa cara? — peguei minha mochila

Guilherme: — Tá tudo estranho aqui, cara. — se aproximou, ficando bem próximo de mim. Pude sentir seu perfume gostoso de canela. Suspirei por um momento e sorri. — O que foi?

Eu: — Não, nada... é que você está cheirando a canela. Isso é excitante. — ele franziu as sobrancelhas e riu. Repentinamente a porta abriu outra vez.

Thomas: — Luka, Miguel tá chamando todo mundo. Já vamos embora. — olhei pra ele. Estava sorrindo de uma forma diferente. Ultimamente ele tem estado bem mais alegre, mais disposto e tão... sexy. Não achei que esse acampamento serviria tanto pra ele amadurecer assim. Está com cara de adulto. Ele olhou pro Gui e levantou uma sobrancelha.

Eu: — Já vou, Tommy. — ele não saiu, ficou me esperando na porta. — O que houve, Gui? Pode falar.

Guilherme: — N-nada... é nada, deixa pra lá. Nada de importante. — olhou pro Tommy por cima dos ombros e... na hora eu senti os pelinhos dos meus braços se eriçarem, respondendo à estática exalada pelo corpo do Gui. Toquei seu braço e a explosão de energia parou. Ele olhou pra mim e sorriu de canto. — Vamos embora.

Voltamos todos para os ônibus. Entramos com nossas coisas e embarcamos na viagem. Eu queria dormir um pouco, assim como muitos estavam fazendo, já que acordaram muito cedo, mas não consegui. Desde meu encontro com Miguel, eu estou explodindo em energia. Beijá-lo daquela forma despertou algo explosivo dentro de mim, e parece que eu estou gerando minha própria energia constantemente, ao invés de esperar recarregar. Não consigo parar quieto. E falando no Miguel, No ônibus ele fez a contagem dos alunos e a chamada, pra depois passar a prancheta pro Marcelo. Ao me ver, seu rosto inteiro corou e ele se perdeu nas palavras... respirou fundo e voltou a se concentrar.

Joaquim: — Ah, tô doido pra chegar em casa logo. Sinto saudade do meu irmão e do paizão. Vou pedir autorização pra pegar o Luka, e talvez até... — dei-lhe uma cotovelada, o fazendo rir. — O quê? Eu tô brincando.

ABOOH : Amores Sobre-Humanos Where stories live. Discover now