CAPÍTULO 20: A União.

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[ Narrado por Luka ]:

Guilherme: — Ah!!! – nós nos viramos para ele. — Está começando a arder de novo... Ai!!! – ele pôs a mão na cabeça, bem em cima do curativo.

Eu: — Me deixe ver.

Ele sentou na grande cama de casal e eu tirei o curativo. O que eu vi ali foi inacreditável e inesperado...

O corte estava cicatrizando e lentamente desaparecendo...

Eu: — Nathalie... Venha aqui...

Nath: — O que foi?

Eu: — Só venha aqui, rápido...

Guilherme: — O quê? Tem algo de errado?

Eu: — Não... Não é nada demais… – Nath se aproximou e eu mostrei a ela o corte dele que cicatrizava lentamente. Ela arregalou os olhos e nos encaramos. Nós não precisamos dizer nada, só o olhar já dizia por nós.

Guilherme: — O que estão escondendo de mim? O que tem aí?

Eu: — Não tem nada... Só um pouco de sangue... – falei olhando para o corte terminando de se fechar e jogando o sangue acumulado para fora.

Nath pegou um pano molhado e eu limpei a cabeça dele, que agora estava sem vestígios que houve um corte ali.

Guilherme: — Me sinto estranho... Acho que eu... – ele fechou lentamente os olhos e tombou para trás desacordado.

Nath: — Ai, meu Deus!!! Ele Morreu!!! – rapidamente eu tentei sentir o pulso dele, e estava rápido. O coração batia num ritmo frenético que meu tato não conseguia acompanhar.

Eu: — Não exagera... Ele só desmaiou.

Nath: — Luka, ligue para a ambulância, chame sua mãe... Sei lá... Faça algo!!!

Eu: — Me ajude a deitá-lo direito aqui.

Nath o puxou pelas pernas e eu pelos braços. Colocamos ele deitado de barriga para cima e nos afastamos. Ficamos na frente da porta do meu quarto observando o Guilherme deitado sem nenhum movimento notável. Ele parecia estar morto, mas felizmente não estava... Pelo menos espero que não esteja...

Nath: — Como aquilo é possível?! – ela se esforçou para não gritar.

Eu: — Eu não sei, mas o mesmo acontece com a gente quando nos machucamos. A ferida cicatriza e desaparece por completo.

Nath: — Então quer dizer que seja lá o que nós formos, o Guilherme é igual a nós?

Eu: — Tecnicamente sim.

Nath: — Mas está faltando aquelas luzes e aquela fumaça...

O Guilherme se mexeu na cama ficando completamente reto. De repente, faixas de fumaça verde começaram a se desprender das mãos dele. Ele abriu os olhos e o verde esmeralda havia dado lugar a um verde muito brilhante, como se fosse um farol de luz verde dentro de seus olhos.

Eu: — Agora não falta mais nada... – mais faixas de luz verde surgiram em volta dele, suas mãos estavam submersas numa névoa esverdeada e seus olhos lançavam uma luz intensa.

ABOOH : Amores Sobre-Humanos Where stories live. Discover now