CAPÍTULO 85: Presente dos Anjos

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Oieeee pessoaaaaas!

Vim atentar vocês de novo antes do cap, mas é por uma causa boa. Então, eu sei que vocês possuem muitas dúvidas sobre algumas coisas, e alguns eventos e nomenclaturas por Abooh, e até querem conhecer mais sobre o mundo por trás de tudo. Então ume leitore me fez algumas perguntas importantes sobre Cetos e Ástria, e sobre a família que reina Kroath, que acho que muitos de vocês possuem. Mas eu não poderia responder um textão num único comentário, porque muitas pessoas poderiam ter a mesma dúvida, então essu leitore (obrigado VissNM) me inspirou a escrever um capítulo só pra responder as dúvidas de vocês.

Então já deixo aqui no início um espaço para vocês fazerem perguntas, colocarem suas dúvidas sobre qualquer coisa relacionado à Abooh (Vou fazer o mesmo lá em Canamediam). Perguntem sobre personagens, que se puder responder sem dar spoiler, eu respondo, até mesmo sobre buracos que eu deixei pra trás e vocês estão curiosos quanto a isso, ou até mesmo objetos e nomes que passaram sem explicação. Lancem suas dúvidas aí:

→(°...°)←

Podem me enviar dúvidas e perguntas também pelo Whatsapp, se quiserem. Às vezes não consigo entrar porque meu celular vive de memória cheia, mas vou tentar arrumar espaço hahaha. O Imbox do Wattpad também tá aberto.

Boa leitura pra vocês!

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[Narrado por Diogo]

Joaquim: - Caralho... eu sou muito burro, mano... - ele rosnou entre os dentes. - não era só um símbolo. Era um conjunto de selagem de quatro vértices. Caímos numa armadilha.

- Exato. Vocês estão sob nossas mãos agora, forasteiros com energia suspeita. - uma das mulheres sorriu de uma forma assustadora. Os olhos dela mostraram o horror que há dentro daquela alma. Ela é ruim. E ela é ruim por natureza.

Olhei para Joca e até pensei em revidar de alguma forma, afinal eram apenas duas branquelas anêmicas, mas Joaquim fez sinal negativo com a cabeça. Senti alguém segurar meus braços por trás e juntá-los em minhas costas. Eram os caras que vimos antes. Eles riam e pareciam bolados. Eles nos chutaram para fora do mato enquanto as duas mocréias satânicas desfaziam o tal selo. Não desmaiamos como os outros, mas fomos levados. Acho que foi difícil pegar o Dr. Marcus e o Shank, porque atrás de mim eu só vi o Luka sendo carregado por um dos caras sinistros.

- Olha pra frente, cuzão. - o filho da puta que me prendia bateu algo duro contra minha têmpora direita. Não doeu tanto quanto deveria doer. Vi um reflexo no bracelete e suspirei.

Eles nos levaram para onde estaria a tal fogueira que avistamos. E sim, era uma fogueira entre uma tríade de casas abandonadas. Pessoas vestidas de vermelho dançavam ao redor das chamas e... percebi que havia uma... uma... cabeça de boi no topo de uma estaca no meio do fogaréu. Mais pra baixo naquela estaca havia algumas cabeças menores, acho que de cachorros. Chegamos bem próximo daquelas chamas e eu pude sentir a circulação sinistra de energia vindo daquele caralho. E não pude apenas sentir. No topo das labaredas o fogo queimava vermelho como sangue, exalando névoa preta. Me causou calafrios. Achei que nos jogariam naquela fogueira, mas não. Eles nos levaram para uma das casas abandonadas com telhados de madeira podre. Olhei por cima da porta e vi símbolos gravados ali. Não achei que fosse algo importante, mas assim que cheguei muito perto, o bracelete reagiu e algo em mim começou a doer de forma descontrolada! Meu braço, minhas pernas, minha cabeça... tudo começou a doer pra caralho! O símbolo brilhou em tons de vermelho. Gemi de dor e tentei lutar contra a força do cara que me empurrava. Eu não queria entrar ali. O artefato em meu braço não queria entrar ali. Mas não tive escolha. Fui empurrado contra o chão dentro daquele muquifo fedorento. Tinha símbolos por toda a parede, mas nenhum igual àquele na porta. Não sei o que é aquilo, mas me machucou de verdade!

- Vão ficar aqui por enquanto. Pelo menos até nossa Sacerdotisa terminar o ritual. - o otário que me empurrou disse e em seguida cuspiu no chão próximo ao meu tênis direito.

- Por terem invadido nossas terras, não esperem o melhor dela. - outro cara disse, e logo tentou dar um chute em Joca, mas não deu. Joca contraiu seu corpo esperando o chute, mas o otário se afastou enquanto riam.

Eles nos deram as costas e saíram, fechando a porta com força.

Joaquim: - Crias do inferno! - gritou com raiva. - Eu odeio minha raça, é sério! Um bando de cuzões do caralho!

Eu: - Eu quem o diga. - acariciei o bracelete. Ele reagiu tão estranho com aquele símbolo... o que será que quer dizer? - Será que levaram os outros para as outras casas?

Joaquim: - Não sei. - ele se levantou e iria até a porta, mas alguém a abriu e jogou Luka para dentro. Fui até ele para ver se estava bem, mas ele não tinha arranhão algum. Ainda exalava energia da mesma forma que antes, então deve estar bem.

Não demorou muito para surgirem dois caras carregando Marcus e mais dois carregando Shank. Pareciam com dificuldade em carregá-los.

- Mas que porra de... esses caras parecem golens de barro! - e jogaram os dois no chão.

- Bora, putinhas. Por que estão aqui? - um deles limpou as roupas e nos encarou com os braços cruzados. Joca e eu ficamos em silêncio, mas aquele filho da puta usou magia contra Joca e abriu um corte na bochecha esquerda dele.

Eu: - Viemos atrás de uma amiga que vocês sequestraram.

- Nós? - eles riram. - Não fazemos sacrifícios humanos há uns vinte e sete anos. Já passamos dessa fase, e virgens por aqui não é pra sacrificar. É pra foder gostoso.

Joaquim: - Tão insuportáveis quanto achei que fossem. - ele cuspiu sangue pro lado.

- Não temos garota alguma por aqui, a não ser as amantes de Azazel.

- Não, mas calma aí... - um deles, o com uma jaqueta mais clara que a dos outros, se aproximou do Joca. - Como sabem que ela está ou não por aqui?

- A selagem não funciona contra humanos. Estão lá para capturar porcos bisbilhoteiros Arcanos.

Eu: - Magia... nos localizamos por magia. O mapa não mostrou especificamente aqui nesse local, mas... nesta cidade. Não foi por querer que estamos aqui, eu juro! - tentei parecer estar implorando pela vida, ou com cara de coitadinho, ou algo do tipo, mas não consegui expressar nada. Eu só estava preocupado com o Joca que está com o rosto sangrando e tentando evitar que batam nele ou nos outros. De resto eu não senti... nada. Nem mesmo medo de morrer ou virar um sapo.

- Feiticeiros, huh? - eles se entreolharam.

Joaquim: - Nos soltem, vadias de Azazel! - ele avançou contra um dos caras, mas seja lá o que ele pretendia, deu errado. Só vi ele sendo jogado contra a parede com força e gemendo de dor.

Marcus começou a acordar e a se levantar, mas rapidamente um deles o empurrou e o manteve abaixado perto de mim. Ele parecia desnorteado demais para contra-atacar.

- Me fale, grandão. O que vocês são? Feiticeiros ou...

Marcus: - Não... nós não... ah, minha cabeça... - ele fechou os olhos com força. - Não queremos briga com vocês. Viemos atrás da minha filha que foi pega por alguém desta cidade.

- Não fomos nós, acredite.

Joaquim: - Eu não acredito... ai, porra... - ele se curvou pra frente de tanta dor.

Marcus: - Nós... nós... - não deixaram ele terminar. Do nada lhe deram uma joelhada no queixo, o forçando a se deitar.

- Não gagueje! Bora! Não temos o tempo todo!

Eu: - Parem! Não toquem nele! - corri até lá e fiquei na frente do Marcus. Olhei para meu bracelete e... vi um feixe de luz passar por ele como uma pequena serpente. Me lembrei de algo importante. Se esse material absorve dano e reage com um contra-dano, então... - Se querem bater em alguém, batam em mim!

- Gostei de você. Tu tens coragem, apesar de parecer tão inútil.

Eu: - Um inútil que vai arregaçar sua cara no soco! - cuspi minhas palavras na direção dos quatro. - Depois que eu derrubar vocês, vou mijar em seus cadáveres.

- Engraçado que agorinha mesmo cê tava implorando pela vida. E essa marra?

- Sabe com quem está falando, cuzão?! - um deles se aproximou de mim. Apenas sorri.

Eu: - Com um bando de gazelas que ficam pulando o fogo a noite toda esperando pra sentar no piru de Azazel. - nem pude ver o braço dele vindo. Só senti uma pressão no rosto, empurrando minha cabeça para a direita. Dessa vez eu senti um pouco mais de dor. Não era a dor de um soco, e eu já levei muitos socos na vida, pode acreditar. Sorri e olhei para ele de novo, sentindo a onda de choque percorrer por meu corpo e ir para meu braço. Não dava para ver as feições deles muito bem. Estava escuro e a única luz estava na fogueira lá fora.

- Nós somos magos de Azazel, anta! Cê não sabe com quem tá mexendo! - outro soco no meu rostinho esquisito. Aquele soco foi mais potente que o outro, exalando energia. Logo veio um chute contra meu peito, me lançando para trás, e esse doeu. Doeu o que os outros golpes não doeram. - São eras de poder acumulado! Somos conhecidos por não termos piedade de inúteis como você, escória.

- Não sabemos quem vocês são, mas deviam temer quem nós somos. Vocês invadiram o altar das bruxas mensageiras do nosso mestre.

Joaquim: - Eu sei quem vocês são...

Eu: - Uma horda de pedacinhos de bosta com pernas. Assim como o mestre deles. - não consegui me controlar. Me levantei e fiquei cara-a-cara com o desgraçado que me bateu. Eu quero apanhar mais. - Vocês batem como um gatinho de pantufas.

Se eu queria irritá-los, eu consegui da forma mais intensa possível. Eu apanhei. Apanhei pra caralho! Eles me jogaram no chão e socaram minha cara, chutaram meu corpo em todas as partes, queriam me matar. Me puseram contra a parede e bateram meu rosto contra ela. Minha testa ardia, e senti o sangue escorrendo pela minha pele. Eu não faço ideia de como ainda estou vivo! Assim que caí, senti a potência de um chute na boca. Toda aquela dor era acumulada em meu corpo e direcionada ao meu braço. Tudo estava como se fosse um balão se enchendo entre minha carne.

Marcus: - N-não... parem... por favor. - ele tentou se levantar, mas ainda parecia fraco. Os filhos da puta se afastaram de mim. Cuspi sangue no chão e vi o quão escuro meu sangue estava. Era tão escuro que parecia preto, ainda mais pela falta de iluminação no ambiente.

Joaquim: - O clã Disturbia. Os sete otários de merda que chupam o pau de Azazel pra receber poder... uma das mais altas patentes de feiticeiros demoníacos. - escutei a risada alta do Joca ecoar por todos os lados. Ele percebeu como irritar as cadelas do demônio. É só chamar de puxa-saco ou lambe-saco do patrão. - Seus cheiradores de rola de demônio.

- Ora, seu... - eles iriam atacar Joca, mas eu não vou deixar. Se baterem nele, podem matá-lo. É melhor bater em mim, que, se esse bracelete fizer mesmo que fazia para manter o Djinn seguro, vou ficar bem mesmo depois de levar uma bela surra.

Eu: - Venham! - agarrei o calcanhar de um deles. - Descontem em mim!

Joaquim: - Não, Diogo! Eles vão te matar! Não toquem nele!

- Ah, então ele é a sua patroa, moleque arrogante? - Eles riram mais um pouco. Senti chutes e mais chutes na barriga. Mantive meus olhos fechados, sentindo toda aquela dor que se tornava insuportável a cada chute e a cada soco que eu levava. Mas já senti dor pior do que tudo isso. Não vai ser um soco que vai me derrubar.

Joaquim: - Tá! Eu falo... eu falo... - Joca parecia ofegante, mesmo sem nem sair de onde estava. Os babacas pararam de me chutar. Tossi bastante sangue no chão e senti uma certa dificuldade para respirar. Meus pulmões doíam depois de tantos chutes nas costelas. - E-eu sou... Joaquim... Hellest. Joaquim Hellest, é isso.

Um silêncio rolou. Os babacas se entreolharam, mas de repente caíram na gargalhada. Achei que as risadas deles não iriam ter fim, mas logo pararam.

- Depois de ouvir tanto a fama de sua família, achei que você fosse mais forte que isso aí. - ele apontou para o Joca. - Que humilhação para os Hellest. Tão fraco, tão inútil, e nem sabe magia de verdade.

Joaquim: - Cale a boca... idiota...

Olhei para meu bracelete e o vi com mais brilho que antes. Eles me bateram, mas acho que não o suficiente. Foi só dano físico ao meu corpo. Eu preciso de outro tipo de ataque contra mim. Marcus e Luigi antes tinham usado lasers. Talvez se usarem magia, ative mais rápido o modo de defesa. Ou eles só precisam atingir diretamente o bracelete.

- Já que temos um Hellest aqui, a Sacerdotisa vai gostar de saber. Enfim esses idiotas servirão pra alguma coisa.

- Uhum. Vou chamar a Sacerdotisa. Vamos arrancar o Arcano desses putos e oferecer um sacrifício.

Como eu faço para ativar essa defesa do bracelete, meu deus?! Agora é a hora. Olhei para eles e vi que estavam distraídos com Joca... mas... ao olhar pro meu braço, mais além vi Luka ainda apagado. Marcus ainda está fraco, e Luka e Shank ainda estão off. Não dá pra brigar assim. Só Joca e eu... a gente não tanka.

Desisti. Vou tentar acumular essa energia pra depois. Com toda certeza surgirão melhores oportunidades. Deixei que eles saíssem.

Joaquim: - Você está bem? Quebrou alguma coisa? Precisa de ajuda? Eu sei um pouco de xamanismo também, caso...

Eu: - Não, não precisa. Eu tô bem. Só tava testando uma teoria. - ele me encarou por um tempo e sorriu. Um flash alaranjado passou por seus olhos. Estava com a bochecha esquerda cortada e com bastante sangue pelo rosto, queixo e pescoço.

Joaquim: - Seu bracelete está brilhando mais do que o normal. Está fazendo aquilo, né? Testando o que Lui e Marcus fizeram. - ele bateu a parte de trás da cabeça contra a parede de tijolos velhos.

Eu: - Aham. Mas não podemos lutar só os dois contra todos eles. Precisamos deles. - me sentei e apontei para Marcus, Luka e Shank. - Ou do Anco.

Joaquim: - Eu não tenho telepatia, senão pediria ajuda pra ele.

Marcus: - Telepatia... - ele tocou a própria testa e fechou os olhos com força. - Não consigo... estou muito fraco... está tudo anestesiado.

Me levantei cambaleando e fui até o Luka. Toquei o ombro dele e esperei que ele despertasse em algum momento com meus toques. Dei dois tapinhas nas bochechas dele e o vi abrir os olhos lentamente. Assim como o tio, ele estava desnorteado, nem mesmo sabia onde estava. Parecia nem nos reconhecer ao acordar.

Eu: - Eles nos prenderam aqui. Estão falan... - escutei alguém tentando abrir a porta. Rapidamente me pus à frente de Luka. Se for pra bater em alguém, que batam em mim. Luka precisa se recuperar antes de cair na porrada com alguém e nos tirar daqui.

A porta se abriu e nenhum daqueles homens entrou. Só uma mulher. Ela era diferente das outras. Essa tinha feições mais enrugadas e um olhar meio sádico. Enquanto as outras pareciam ser jovens, essa não tinha menos que cinquenta. Ela vestia um manto branco por fora e escarlate por dentro, com o capuz longo sobre a cabeça. Ela desceu o capuz e pude ver melhor a cara da véia. Ela parecia puta com algo. E eu acho que é conosco mesmo.

Sacerdotisa: - Então os intrusos não passam de moleques? Que crueldade tratarem vocês assim.

Joaquim: - Cale a boca, lacraia velha. Volte a rebolar no colo de Azazel, cafetina do inferno. - a mulher olhou para ele e sorriu de canto. Ela me causou arrepios. senti a energia da piranha e ela é do mal. Muito do mal. É uma energia tenebrosa e maquiavélica.

Sacerdotisa: - Hum... pelo linguajar, com certeza és tu o filhote imundo daqueles franceses molambentos. - ela riu. - Joaquim Hellest. Que bom conhecê-lo, criança de Samael.

Joaquim: - Eu não faço parte do clã desses falsos mestres. Não sou otário a ponto de crer em idiotices assim. O contrário de ti.

Ih, esses dois vão acabar se matando só por insultos.

Sacerdotisa: - Sabe, Joaquim? Eu estava lá quando usaram sua irmã como aperitivo. Eu vi o sacrifício com meus próprios olhos, e a carne dela era tão gostosa... bela virgem que sua família mantinha. - Joca ficou calado e imóvel. - Qual o nome da piranha mesmo? Paula? Kelly? Carola?

Joaquim: - Aurora... - ele abaixou a cabeça e toda a guarda. Ela riu e se aproximou dele.

Sacerdotisa: - Pode falar mal do nosso rei. Mas foi o seu que pediu que sacrificassem sua irmã e metade do seu Coven para um ritual canibalístico horrendo. Sua irmã foi servida com batatas e molho de alho. Mas... - ela pôs as mãos na cintura. - ainda acho que ela ficaria mais gostosa com molho shoyu.

Joaquim: - Filha da puta, desgraçada do caralho... sua piranha anciã, meretriz de encruzilhada, perua da Babilônia...

Sacerdotisa: - Isso, use tudo o que você tem... porque magia você nunca mais fará.

Aquela véia foi tão rápida quanto um feixe de luz. Ela agarrou o pescoço do Joca e o tirou do chão com a maior facilidade. Seus dedos eram pretos nas pontas e suas unhas pareciam pedras de ônix. Ela apertou o pescoço do Joca e o sangue desceu, o forçando a ficar sem ar. Enquanto ele engasgava, eu pude ver fios avermelhados sendo sugados pelos dedos que perfuravam sua pele. Ela estava sugando fios de energia como um aspirador de pó. Joaquim começou a tremer enquanto ela ria. Ela o soltou no chão e eu o vi convulsionar sem parar. Não pude me segurar. Dei um salto e corri até ele.

Eu: - Não!!! - me abaixei para sentir a pulsação arterial no pescoço dele. - O que você fez, bruxa velha?!

Sacerdotisa: - Ora, ora. Temos outro camundongo aqui. De que Coven tu és, ratinho? - virei Joca de lado e tentei tomar cuidado com os espasmos que ele dava. Poderia até mesmo me machucar, ou machucar ele. Ele cuspiu sangue e névoa de energia alaranjada.

Eu: - Que porra de Coven o que, velha desgraçada! Coven meu rabo! Vai se foder, vagabunda!

Ela não me atacou como eu esperava. Ela foi em direção ao Luka, que antes eu tentava proteger, e o tirou do chão da mesma forma que Joca. Ela o agarrou pelo pescoço, e ele, sem força alguma, só tentou se livrar da mão caveiruda dela. Vi o sangue descer pela garganta dele e os fios azulados serem sugados pela puta.

Sacerdotisa: - Quando eu entrei, percebi que tu estavas protegendo algo. Só não sabia que era algo tão delicioso assim! Por tudo o que é mais mortal! - ela riu alto enquanto absorvia o poder do Luka. Me levantei e tentei atacá-la por trás, mas eu... só passei através dela e do Luka, como se os dois fossem intangíveis. Logo ela o soltou no chão. Luka tinha apagado de novo, e energia azul nebulosa escapava pelos cinco furos que a sacerdotisa doida fez no pescoço dele. Me curvei sobre ele para ver se estava bem, mas... não. As batidas do coração deles são bem fortes e rápidas, e eu sempre percebi isso no Guilherme. Mas as batidas do coração do Luka naquele momento estavam bem fracas. - Hum... esse foi muito bom. Seja lá o que vocês forem, o que eu não ligo, esse poder é tão... ahn... - ela gemeu e riu.

Eu: - Luka... por favor...

Sacerdotisa: - É muito poder em uma só criança! Mas que injustiça! Ele não poderia manter tanto poder, e nem controlá-lo. Mas eu... ah, eu poderia fazer loucuras com isso. - Ela tentou se aproximar de novo, mas me coloquei na frente.

Eu: - Não! Se quiser tocá-lo, vai ter que passar por mim!

ABOOH : Amores Sobre-Humanos Where stories live. Discover now