ABOOH : Amores Sobre-Humanos

CAPÍTULO 38: Começo do Treino.

[ Narrado por Luka ]:

Escutei meu celular tocar. Olhei no visor e era o Tommy ligando... Desliguei e joguei o celular do outro lado da cama... Pelo menos meus braços voltaram a funcionar bem. Depois de alguns segundos, o celular voltou a tocar, mas tentei ignorar... Porém acabei desistindo com a insistência.

Eu: - O que foi?

Tommy: - Olhe... Desculpa pelo que eu fiz...

Eu: - Agora você quer pedir desculpas?

Tommy: - Só não quero ficar brigado com você, Anjinho...

Eu: - Pensasse antes de agir daquele jeito!

Tommy: - Por favor, me perdoe?

Eu: - Tá, eu te perdoo. Mas quem tem que te perdoar de verdade não sou eu, é o Guilherme.

Tommy: - Lá vem esse cara de novo! - apenas respirei fundo. - Desculpe... É que ele vive nos atrapalhando e...

Eu: - Atrapalhando em que, Thomas?!

Tommy: - Ele...

Eu: - O Guilherme não está atrapalhando em nada! Você que de uma hora para outra resolveu dar uma de namorado ciumento e bate nos outros!

Tommy: - Tá bom, eu peço desculpas pra ele... Mas bem que ele mereceu o soco!

Eu: - Tchau, Thomas!

Tommy: - Não desligue... - tarde demais, desliguei a chamada, e para ele não ligar de novo, desliguei o celular. Escutei três batidas na porta e logo a Nath pôs apenas a cabeça para dentro.

Nath: - E aí? Como está?

Eu: - Em questão à minhas pernas, ou ao Tommy?

Nath: - Os dois.

Eu: - Minhas pernas estão fracas. Quero voltar a andar logo. E quanto ao Tommy... Ele vai aprender com os erros.

Nath: - Então tá... - bocejei e ela sorriu. - Você ainda está com sono?

Eu: - Sim... Estou me sentindo exausto!

Nath: - Uau. Dormiu por dois dias e ainda está com sono!

Eu: - E o Guilherme, onde está?

Nath: - Ele está lá na sala... Cochilando.

Eu: - Quando for descer, chame ele pra mim, por favor.

Nath: - Pra quê?

Eu: - Pra ele dormir.

Nath: - Com você? De novo?

Eu: - Sim. Qual é o problema?

Nath: - Nenhum, é que... O Tom acabou de...

Eu: - Não vamos fazer nada demais, apenas dormir. E aliás, Thomas está de castigo. - ela riu, deu de ombros e saiu. Uns minutos se passaram e o Guilherme apareceu na porta do meu quarto.

Guilherme: - Quer algo?

Eu: - Sim, entre. - ele entrou e vi que ele ainda estava sem camisa.

Guilherme: - Pode falar... - ele bocejou.

Eu: - Quero que venha dormir um pouco. Pelo que a Jane me disse, você não dormiu nem um pouquinho e isso pode prejudicar seu organismo.

Guilherme: - Eu... Só vou colocar uma blusa. - ele foi até meu guarda-roupas e tirou uma blusa cinza, da parte que eu dei para ele por as roupas novas que minha mãe o deu. Ele demorou um pouco a aceitar, mas acabou aceitando.