CAPÍTULO 13: Novo Problema.

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[ Narrado por Luka ]:

Cheguei no colégio e não vi o Tommy em lugar algum, nem o Guilherme. Havia muito rosto novo caminhando pelo pátio e muitos eu não tinha visto nas primeiras semanas de aula.

Nath não parava de encarar um cara de cabelos negros, olhos castanhos e um porte sério estilo Guilherme, que estava sentado em um banco no pátio. Eu o conhecia... Era o amigo do Guilherme. Acho que o nome dele é Diogo... Ele olhou em nossa direção e sorriu para ela. Ela virou o rosto e ficou completamente vermelha.

Eu: — Nath, você vermelha? Isso é novo!

Nath: — Olha aquele cara, um gato!

Eu: — É, dá pro gasto.

Nath: — Tá falando isso porque já tem namorado.

Eu: —  Não me lembre desse detalhe. Thomas arrumou briga com o Anderson e ficou o domingo inteiro sem me ligar e sem me responder!

Nath: — Calma, não deve ser nada demais.

Eu: — Tomara mesmo que não.

Fomos para os armários e peguei o livro de português, já que a primeira aula é com a professora Daisy. Fomos conversando pelo caminho sobre coisas bobas do tipo: promoção no shopping, novo visual iluminado, sorvete depois da escola, coxinha com catupiry que a Nathalie ama, etc. Senti uma coisa estranha, tipo um formigamento na barriga e meus pelinhos dos braços se eriçaram por alguns segundos, como se fosse acontecer algo, mas acho que era só impressão mesmo.

A pouco da porta da sala de aula, eu estava distraído com a Nath falando besteira ao meu lado, quando alguém pôs o pé na minha frente outra vez, mas dessa vez eu vi tudo… Só não tive tempo de reagir. Eu tropecei e estranhamente tive noção de tudo ao meu redor. Pude ver tudo em minha visão periférica. Era como se eu estivesse caindo em câmera lenta e desse tempo de perceber tudo ao meu redor.

Eu caí, mas caí bem em cima de alguém. Olhei bem nos olhos castanhos claros penetrantes daquela pessoa e fiquei imóvel deitado sobre o peito dele. Nossos rostos ficaram a poucos centímetros de distância. Eu senti sua respiração fraca e seu hálito com o cheiro adocicado de cereja. Senti também seus músculos bem elevados e o peitoral bem torneado entre minhas mãos.

Nath: — Luka, você está bem? – ela chamou e me tirou dos devaneios.

Eu: — Eu... É… Estou sim... – não consegui parar de olhar para aqueles olhos e ele também não mexia um músculo sequer, somente me encarava na mesma intensidade.

Nath: — Então já pôde sair de cima do nosso professor. – droga! Que vergonha! Eu caí em cima do professor Miguel! Que mico!

Eu: — Desculpe, professor. – falei depois de sair de cima dele e me levantar.

Miguel: — A culpa não foi sua. – ele sorriu de canto e eu tenho certeza de que eu estava vermelho. Ele se levabtou rapidamente e ficou à minha frente.

Eu: — É que colocaram o pé na minha frente e...

Miguel: — Não se preocupe, eu vi o que aconteceu.

Nath: — Acho que esse também vocês não irão me deixar bater, né?

— Não. – o professor e eu falamos juntos.

Nath: — Ah, faz tanto tempo que eu não bato em ninguém com tanta vontade!

Miguel: — Você, venha imediatamente para a sala do diretor. – ele apontou para um menino de cabelos castanhos claros até os ombros, que ria junto com dois amigos. Até que ele era bonito, mas só o fato de ser um babaca o tornava feio.

ABOOH : Amores Sobre-Humanos Where stories live. Discover now