CAPÍTULO 23: Fortes ou Invencíveis?

3.5K 382 55
                                    

[ Narrado Por Sílvia ]:

Era quase uma da madrugada. O sono não vinha por causa da aflição que eu estava pelas coisas que terei de contar e ainda não saber nem por onde começar.

Jane: — Você parece nervosa, Senhora. – disse guardando um saco de farinha no armário.

Eu: — É porque eu estou nervosa. Primeiro isso tudo acontece, depois o filho da Cél aparece, e eu estou enlouquecendo de curiosidade para saber onde ela está! – peguei uma faca e atirei contra a parede.

Jane: — Calma. Não está feliz por ter visto o Príncipe Guilherme? Viu como ele cresceu?

Eu: — É... A última vez que eu o vi, ele ainda era um bebê super fofinho. Agora ele está um garotão, parece um pouco com a mãe e bastante com o pai. – soltei um riso involuntário.

Jane: — Ele tem uma bela aura. Se eu te contar a cor você ficará surpresa.

Eu: — Qual? É verde, como a energia dele?

Jane: — Não.

Eu: — Azul-ciano, como a energia do Luka?

Jane: — Passou longe.

Eu: — Dourada, como a energia da Nathalie?

Jane: — Tente novamente.

Eu: — Pelo amor de Deus, fale logo! Eu não vou acertar. Sou péssima nisso! – arremessei outra faca na parede e ela fincou ao lado da outra.

Jane: — Quer parar de perfurar a parede! Isso demora para consertar! – ela foi na parede e retirou as duas facas presas.

Eu: — Então fale! Estou ficando nervosa!

Jane: — É vermelho... Vermelho vivo!

Eu: — Como??? Eu escutei você dizer vermelho??? – cheguei mais perto dela.

Jane: — Sim... Muito vermelho. Vi também umas faixas rosas quando o Luka o puxou até a mesa para o lamche matinal.

Eu: — Não acredito! Não pode ser! – comecei a rir incontrolavelmente. — Isso quer dizer que ele está...

Jane: — Isso mesmo... O Príncipe Guilherme está apaixonado.

•••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••

[ Narrado por Marcus ]:


Dia de trabalho... Esse disfarce é muito irritante! Odeio que me peçam para defender criminosos. Eu não vou fazer isso! Meu trabalho é destruí-los e não ajudá-los! É isso que o poderoso Lycator ganha para defender a família?! Eu sou um Rei, e não um advogado inútil que só serve para ajudar bandidos! Eu faço meu serviço, desde que seja para ajudar a pessoa certa!

Ganaro: — Mas, Senhor...

Eu: — Eu não vou defender este desgraçado! – falei entre os dentes.

Ganaro: — Mas o Senhor precisa manter o disfarce... Precisa defendê-lo, foi para isso que fora contratado desta vez... – dei um passo em sua direção e ele se afastou expressando medo no olhar.

Eu: — Onoretsu mino onore, konotset. Ge blak ovirny nossastyure... Intut... [Olhe em meus olhos, soldado. Eu não recebo ordens... Nunca...] – Ele engoliu em seco.

Garano: — Perdão, Senhor... – respirei fundo.

Eu: — Ele matou aquela garota... Ele é um psicopata, um maníaco, um criminoso! Os humanos não tem prova contra ele, mas eu vi na cabeça dele tudo o que ele já fez! Eu me recuso a defendê-lo no tribunal! Se eu entrar novamente na mesma sala que ele, pode acreditar que sairei com a cabeça dele em minhas mãos!

ABOOH : Amores Sobre-Humanos Where stories live. Discover now