CAPÍTULO 47: Conversa - Parte I

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[ Narrado por Guilherme ]:

Eu estou super feliz por ter conseguido salvar o Diogo e várias outras criaturas com a ajuda do Luka e da Nathalie! Eles são demais nos poderes mágicos... Nem tão mágicos assim, mas... Ah, esquece!

Eu estava morrendo de calor e decidi tomar um outro banho. Luka foi atender a campainha enquanto eu me refrescavam na água gelada do chuveiro. Assim que saí, vesti a primeira coisa que achei no guarda-roupas. Uma samba-canção preta com pequenas listras cinzas. Peguei meu celular e vi que ainda não estava tão tarde e eu poderia fazer uma visitinha na câmara para ver como o Diogo está. Iria perguntar o Luka se eu poderia ir lá embaixo e depois voltaria rápido para pôr uma blusa, mas quando eu abri a porta... Toda minha felicidade tinha desaparecido em apenas uma visão... Aquele cara enjoado que o Luka namorava estava ali... Ele me odeia, e eu também não gosto dele.

Os dois estavam aos beijos... Até Luka o empurrar pra longe. Ele me viu e começou toda aquela discussão que ele sempre causa. Além de ter ofendido o Luka, ele xingou minha mãe, isso foi a gota d'água pra mim! Nós brigamos feio. Mas houve um momento em que eu olhei pro Luka e perdi o interesse de revidar tudo o que aquele canalha estava fazendo. Ele me deu vários e vários golpes no rosto. Eu sabia que tudo aquilo iria desaparecer depois, por causa do gene alienígena, mas do mesmo jeito, eu perdi a vontade de me mexer naquele momento. Eu sentia que se eu revidasse e espancasse o idiota que estava me batendo, seria como se eu estivesse batendo no Luka... E eu não queria sentir essa sensação de estar batendo nele de novo.

Depois de tudo, Luka expulsou o idiota de lá e me ajudou a entrar. Ele me levou para lavar o rosto e até encaixou meu pé no lugar. Achei que tinha quebrado, mas só deslocou com a torção. Tomei outro banho e quando cheguei no quarto, flagrei Luka chorando...

Consegui fazê-lo parar de chorar e ficamos conversando. Ele teve uma ideia e segurou minhas mãos... Meus braços foram cobertos por chamas de uma cor estranha e os braços dele ficaram cobertos por uma corrente elétrica que ricocheteava para todos os lados. Ele ficou alguns segundos em silêncio e perguntou uma coisa... Perguntou o porquê de eu não ter revidado os socos que o otário me deu... Eu respirei fundo e respondi tudo da maneira que eu pude.

Eu: — Bem... Eu poderia dar uma bela surra nele e até quebrar todos os ossos que ele tem, mas... · fiz alguns segundos de silêncio. Estava pensando se deveria mesmo dizer o motivo ou ocultar...

Luka: — Mas...? – não, não vou ocultar nada... Vou dizer a verdade... Olhei diretamente nos olhos dele e sorri.

Eu: — Mas quando eu olhei pra você, percebi toda a sua dor ao nos ver brigando. Ao olhar nos seus olhos, senti tudo o que você estava sentindo. Eu não queria te machucar ainda mais, então... Desisti de tentar acertar aquele idiota.

Luka: — Você... Você apanhou por minha causa?

Eu: — Não entenda isso como algo ruim. Eu apanhei porque não queria que sua dor aumentasse. Se você ficasse triste, eu também me sentiria triste e me culparia por tudo... – eu me culparia muito e ficaria super mal se Luka tivesse alguma reação ruim depois da briga. Eu nunca faria algo com a intenção de magoar ele… Não depois de… De tudo o que ele fez e está tentando fazer por mim. — Aliás, eu posso me regenerar, mas aquele idiota não pode ressuscitar.

Luka: — Isso foi muito fofo da sua parte... – ele ficou vermelho e olhou pra baixo.

Eu: — Você não merece sentir toda essa tristeza... – hesitei um pouco o ato, mas... Estiquei o braço e toquei lentamente no rosto dele e o virei pra mim. — Você é uma pessoa incrível e... Nada e nem ninguém pode te pôr pra baixo. Nunca conheci ninguém com a sua autoestima e sua alegria.

ABOOH : Amores Sobre-Humanos Where stories live. Discover now