CAPÍTULO 14: Declaração.

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[ Narrado por Luka ]:

Entramos na sala e a professora Daisy já estava lá. Havia muitos alunos e alguns que eu não vi nas primeiras semanas e a sala estava mais cheia que o normal. Parece que houve uma troca dos alunos e só metade eu conhecia, mas o restante... Nunca vi naquela escola.

Procurei a Sandra entre os alunos estranhos. Tomara que ela não tenha sido trocada de sala ou desaparecido também. Mas não, encontrei-a lá no canto sorrindo para nós. Sentamos no lugar de sempre e começamos a assistir a aula... Houve outra apresentação e a professora explicou o porquê dos rostos novos. Eles são de uma escola que entrou em reforma e foram transferidos para cá, pois este colégio é o mais próximo e o com mais vagas disponíveis. Infelizmente aqueles três idiotas: Joaquim, Luciano e Carlos, estão na mesma sala que nós. Ainda não vi nem o Tommy e nem o Guilherme. Tomara que eles não tenham sido trocados de sala ou de colégio também.

Houve a troca de professores e o professor Miguel entrou na sala pondo sua mochila na mesa. Ele estava com um sorriso enorme no rosto. Alguma coisa o deixou bem feliz. Existe algo nele que me chama a atenção, mas não sei exatamente o que é... Ele apenas falou algumas coisas, explicou alguns assuntos que iria ser a matéria, entre outras coisas. Nada muito gritante que nos fizesse entrar em desespero.

Miguel: — Hora do intervalo! Vou ficar na sala, quem quiser pode ficar também.

A maioria levantou e saiu, mas Nath e eu, e mais alguns alunos, ficamos em sala. Abri meu caderno e comecei a fazer os exercícios de matemática Esqueci de tudo à minha volta...

Eu estava prestando atenção somente no dever de matemática, mas também estava com muitos pensamentos na cabeça... Um deles era eu me perguntando o que estava acontecendo comigo e com a Nath; outro era onde estava o Guilherme; outro era virado para as coisas estranhas que acontecem a toda hora conosco... Tipo, agora mesmo estou com uma sensação estranha e é como se algo estivesse me observando do outro lado da janela. Olhei algumas vezes para lá e não vi nada, somente havia uma árvore bem alta, com uma copa bem robusta e cheia de folhas. Olhei para os galhos e tinha certeza de que vi uma sombra por trás das folhas, mas resolvi ignorar achando ser algo da minha cabeça. Balancei a cabeça e voltei a tentar me concentrar nos exercícios de matemática, mas estava difícil de manter a concentração...

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[ Narrado por Nathalie ]:

Um mês de aulas e os professores já estão tacando dever no nosso rabo. Sinceramente? Odeio escola. Acho que a pessoa que criou o colégio na verdade pretendia criar uma prisão, só que não saiu como planejado. Agora estou aqui, presa, desejando uma coxinha recheada com catupiry e coberta com maionese e pimenta extraforte.

Havia um grupinho de quatro garotas novas bem irritante ao meu lado. O Luka estava tão concentrado num problema matemático que o professor gostoso passou que nem pareceu se incomodar com elas. Tentei escutar a conversa das raparigas e não foi difícil. Elas estavam ao meu lado e falavam sobre professor.

Isadora: — Olha, kelly, o professor está olhando para mim! – a com cabelos compridos e negros, e com os olhos puxadinhos, cutucou a que estava ao lado. Ela era bonita, todas eram, mas nada comparadas à minha pessoa!

Kelly: — Ficou maluca, Isa?! Ele está olhando para mim! – a loira de cabelos curtos cochichou de volta.

Olhei para o professor e não dava para saber para quem ele estava olhando. Poderia ser para mim ou pra qualquer uma delas. Só sei que era uma direção fixa.

ABOOH : Amores Sobre-Humanos Dove le storie prendono vita. Scoprilo ora