CAPÍTULO 37: Devem Estar Brincando...

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[ Narrado por Luka ]:


Abri os olhos lentamente e a claridade incomodou um pouco. Pus as mãos na frente para tapar a luz do Sol. Depois que meus olhos se acostumaram com a luz, senti um peso ao meu lado. Olhei e vi o Guilherme com a metade do corpo deitado na minha cama. As pernas estavam no chão enquanto os braços e a cabeça estavam ao meu lado na beira da cama. Eu estranhei ele dormindo daquele jeito... Ele vai acordar cheio de dores no corpo.

Eu: — Guilherme? – chamei, o empurrando suavemente. — Guilherme! – ele levou um susto e se jogou para trás. Eu só consegui rir daquilo e da cara de sono dele.

Guilherme: — Você acordou... – ele sorriu e se aproximou novamente.

Eu: — Sim... Queria que eu dormisse pra sempre?

Guilherme: — Não mesmo! – ele balançou a cabeça negativamente.

Eu: — O que aconteceu? – me sentei na cama.

Guilherme: — Você desmaiou no meio da sala.

Eu: — Ah... Acho que agora tenho que te contar sobre aquilo né...?

Guilherme: — Não. Agora você precisa descansar mais um pouco.

Eu: — Mas eu acabei de acordar e... Meu Deus, o colégio! Quantas horas são??? – Guilherme riu

Guilherme: — São onze horas. Mas não se preocupe, sua mãe ligou para a escola e deu uma desculpa. Minha mãe disse que não tinha problema eu faltar alguns dias.

Eu: — Alguns dias???

Guilherme: — Você dormiu por dois dias...

Eu: — O quê??? – tentei me levantar da cama e caí feio no chão.

Guilherme: — Calma! Sua mãe disse algumas coisas que eu não entendo, mas você tem que permanecer na cama por um tempo. – ele me pegou no colo e me pôs na cama de novo.

Eu: — Nunca pensei que algum dia você me pegaria no colo...

Guilherme: — Já é a segunda vez. – ele ficou vermelho e eu também senti meu rosto queimando.

Eu: — Tá, por que eu não posso andar? – mexi minhas pernas normalmente, elas estavam funcionando, mas eu não conseguia ficar de pé. Parecia que minhas pernas ainda não tinham força suficiente para me manter em pé.

Guilherme: — Sua mãe disse que sua energia está se... Qual é a palavra mesmo?

Sílvia: — Seus chakras estão voltando ao equilíbrio e recompondo sua energia aos poucos. Você não consegue andar porque o seu corpo ainda não recebeu toda a energia necessária para movimentar tanto poder.

Guilherme: — Isso.

Eu: — E quando eu vou poder levantar daqui?

Sílvia: — Logo. Agora que acordou, o seu cérebro já deve ter acelerado as atividade, então daqui a pouco você já poderá voltar a andar e sua força vai estar normal.

Eu: — Eu estou com fome...

Sílvia: — Vou pedir para a Jane trazer algo pra você. – ela se virou e saiu do quarto.

Eu: — Por que você estava dormindo daquele jeito? – Guilherme pôs o celular no criado-mudo e olhou pra mim.

Guilherme: — É porque... Eu fiquei do seu lado o dia inteiro e não dormi nem um pouco... – ele coçou a lateral da cabeça e olhou pro chão.

Eu: — Então por que não deitou aqui ao meu lado?

Guilherme: — Não queria te atrapalhar no descanso.

ABOOH : Amores Sobre-Humanos Where stories live. Discover now