CAPÍTULO 06: Prisão da Perda e da Tristeza

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A bola de fogo vinha se aproximando e ficando cada vez maior, até que... Acordei com um susto, todo suado, com uma taquicardia potente. Levantei da cama com um pulo e fui para janela paralela à minha cama. Olhei para toda a rua e ninguém estava passando. Olhei pro céu e tudo normal, com nuvens e o sol nascendo ao fundo.

Olhei as horas no meu celular e já estava mega atrasado. Eu deveria estar no colégio em menos de meia hora. Corri pro banheiro para tomar banho e tive que ser bem rápido. Me vesti rápido e peguei minha mochila. Liguei para a Nath assim que cheguei na sala.

Nath: - Oi, gostoso! Vai para aula?

Eu: - Sim, claro. Passo aí na sua casa. - neste momento me lembrei do sonho, onde eu passava na casa dela e aquilo tudo acontecia. - Ou melhor, me espere em frente à sua casa daqui uns cinco minutos, tudo bem?

Nath: - Claro.

Continuei comendo a maçã e pegando as coisas que eu precisava, como o celular e a carteira. Minha mãe estava sentada na cozinha com uma xícara de chá quente nas mãos e Jane estava sentada do outro lado da mesa.

Eu: - Mãe, por que não me chamou? - peguei uma maçã na fruteira já devorando-a. Por incrível que pareça, sentia que eu poderia comer uma árvore inteira de maçãs que ainda não estaria satisfeito. Eu estava com muita fome, mas tentei controlar para não me atrasar.

Sílvia: - Eu pensei que não iria para a aula, por causa do acontecido. Foi mal.

Jane: - Bom dia, Luka. - ela sorriu.

Eu: - Bom dia pras duas. Agora tchau, porque tenho que encontrar a Nath em menos de minutos.

Peguei uma outra maçã e saí enquanto comia. Encontrei a Nath já saindo de sua casa.

Nath: - Pontual você, hein. - ela abriu um sorriso e o sonho, sonho não, pesadelo, veio à minha cabeça.

Eu: - É. Vamos logo.

Nath: - Ah! Esqueci minha carteira! - ela pegou o celular. Nós sempre esquecemos a droga da carteira. Não sei o que há com esse objeto que vive sumindo! - São sete horas. Cinco minutinhos só, espere aí, já volto.

Eu: - Só cinco minutinhos. Vai logo. - ela entrou correndo, e em exatos cinco minutos ela voltou.

Eu: - Pontual você também, hein.

Fomos conversando até o colégio. Se passaram apenas quinze minutos do caminho de casa até a escola, pois ainda andamos mais rápido que o habitual. Passamos o portão e demos bom dia ao porteiro, que era um baixinho, gordinho, com um bloco de papel em uma mão e um mini cassetete na outra. E eu nem sei o motivo de ele segurar um cassetete. Vai meter a madeirada nos alunos que brigarem perto do portão? Enfim, adentrando a escola, já escutei uma gritaria. Nath e eu fomos para o pátio atrás da escola, e lá vi uma roda enorme de alunos gritando:

- Briga! Briga! Briga! Briga!

Nós fomos em direção à roda e abrimos caminho entre os alunos com muita dificuldade. Quando Nath e eu conseguimos ver o que acontecia, percebemos que havia dois garotos brigando no meio do círculo de alunos. Tentei ver quem estava brigando e quando um dos meninos deu uma chave de braços no outro, vi perfeitamente quem eram. Thomas e Guilherme. Thomas deu uma cotovelada na costela do Guilherme, que o soltou da chave de braços e se afastou.

Pus a mão no ombro da Nath.

Eu: - Segure o Thomas que eu dou um jeito no Guilherme.

Nath: - Tem certeza? Eu posso...

Eu: - Segure o Thomas que é menos complicado. Eu me viro com o Guilherme e você sabe como. - ela assentiu.

Nath entrou na frente do Thomas, impedindo que ele fosse pra cima do Guilherme. Eu entrei na frente do Guilherme e ele riu.

ABOOH : Amores Sobre-Humanos Where stories live. Discover now