CAPÍTULO 09: Sentidos - Parte III.

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[Narrado por Luka]:

Marcus: — Luka, mostre para ela. – ele pediu isso porque a recepcionista disse que o médico estava ocupado e não iria me atender. Tirei a camisa e a mulher, assim como todos que viram antes, arregalou os olhos.

Recepcionista: — Está doendo? – olhei para o tio Marcus e para a Nath e eles me encaravam como se estivessem pedindo algo. Nathalie inclinou a cabeça para o lado e concordou suavemente. Logo entendi o que eles queriam dizer.

Eu: — Está doendo muito! – Fiz uma cara de dor bem forçada e exagerada.

Marcus: — Está esperando o quê?! Ele levar outra facada para o médico decidir atendê-lo?! – indagou quase gritando.

A mulher pegou o telefone rapidamente e ligou para o médico.

Na sala do médico, fui examinado de todos os modos possíveis, e por fim ele diz que não havia nada de errado e que eu estava muito bem. Passei aquele tempo todo fazendo um monte de exames pra nada? Perdi três horas da minha vida naquele hospital.

Quando saímos da sala eu tive uma surpresa ao ver quem me aguardava na sala de espera.

Minha mãe estava conversando com Marcus e, ao fundo sentados numa fila de cadeiras, estavam Tommy e Nath conversando. Minha mãe me olhava de um jeito estranho, parecia assustada, mas não era com o que aconteceu comigo. Ela olhava diretamente nos meus olhos. Seus olhos azuis pareciam brilhar.

Eu: — Mãe? O...o que...?

Sílvia: — Marcus me ligou e contou o que aconteceu lá além do que você me contou... Você está bem?

O quê?! Espere aí! Minha mãe soube que eu levei uma facada nas costas e não teve um ataque de nervos??? Como assim??? Isso não estava no meu roteiro!

Eu: — Estou ótimo, só acho que não precisava de tudo isso. – ela abaixou a cabeça e parecia pensar em algo.

Me afastei deles quando começaram a falar com o médico. Tommy, ao me ver, se levantou rápido e veio até mim. Ele estava com uma carinha de sono que me deu uma peninha enorme. Coitado, ficou ali até agora me esperando. Nem tinha percebido que já havia se passado das uma da madrugada.

Tommy: — Oi.

Eu: — Oi… O que está fazendo aqui e por que não está em casa?

Tommy: — Não iria conseguir dormir sem ter certeza de que você está bem. – Oh, que fofo!

Ah que vontade de agarrar ele!

Eu: — Estou bem, pelo menos foi o que o médico disse. Agora só tenho que esperar a mulher que vai costurar esse corte aqui e voltar mais tarde para pegar os exames.

Tommy: — Tomara que esteja tudo certo, quero poder te apertar sem te machucar mais.

Ah, meu Deus! Ele é muito fofo! Fofo demais! Que vontade gigantesca que estou de agarrá-lo!

Eu: — Posso te perguntar uma coisa? – Será que deveria mesmo fazer isso ali? Talvez...

Tommy: — Qualquer coisa.

Eu: — Gostaria de conhecer minha mãe? Não como meu amigo, mas sim como meu namorado? – enfatizei o substantivo mais importante.

Ele sorriu, um sorriso lindo e brilhante. Dava para ver que ele ficou feliz com a ideia... Bom, seria um passo e tanto em nossa relação e iriamos nos aproximar mais... Ou não...

Tommy: — Como quiser. – abri um sorriso também.

Vários pensamentos negativos vieram na minha cabeça: " Terá momentos melhores para contar" , "não faça isso em um hospital" , "como será a reação dela?"... Ah, foda-se! Será agora ou nunca será!

ABOOH : Amores Sobre-Humanos Where stories live. Discover now