CAPÍTULO 39: Invasão.

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[ Narrado por Luka ]:


Já se passaram duas semanas desde que Nathalie e eu começamos os treinos. Eu me sentia muito mais rápido e bem mais forte depois daquele acontecido no primeiro treinamento. O estado Alfa está fazendo muito bem para nós dois.

Tommy e eu estamos bem, na medida do possível. Ele pediu desculpas pro Guilherme, mas só depois de eu discutir e brigar bastante com ele. Fiquei feliz ao ver que os dois estavam se dando bem finalmente… Bom, nem tão bem assim. Eles não se falam. Na verdade, não trocam uma palavra sequer. Guilherme o ignora completamente, como se ele não existisse. Depois de conhecer bastante o Gui, fico impressionando com a habilidade que ele tem de ser indiferente às vezes. Ele simplesmente desliga certos pensamentos e faz de conta que certas coisas nunca existiram. Já o Tommy liga demais para todas as coisas. Qualquer coisinha que acontece, ele quer saber como, onde e quando aconteceu. É meio controlador, mas tento ignorar isso.

A Nath estava mais solta... Sei lá... Ela parece mais a vontade com o Diogo e com o Guilherme. Ela e o Diogo não se desgrudam nem um segundo e riem de tudo, até mesmo dos acidentes que sempre acontecem pela rua. Acidentes nada grave, apenas briga de transito, pessoas caindo… Muitos desses acidentes é a Nath e o Luigi que causam. Luigi, claro, cai nas armadilhas da Nath sem saber. Ela pede, ele faz.

O Guilherme anda meio calado ultimamente. Perguntei várias vezes se ele e a Sra. Beatriz já tiveram a conversa, mas a resposta era sempre a mesma... Não... Ele disse que ela vive se esquivando quando ele joga indiretas.

Eu: — Não se preocupe, ela vai contar... Mas também, você precisa que ficar em cima. Mande indiretas mais diretas para ela te contar logo. – puxei ele pra um lugar longe da Nath, do Diogo e do Tommy. Estávamos no intervalo da escola, e conseguir ter aquele papo estranho sem que ninguém ouça é difícil. Então falamos mais baixo.

Guilherme: — Já fiz isso algumas vezes, mas ela fica nervosa e muda de assunto.

Eu: — Se quiser eu posso te contar o que sei...

Guilherme: — Não. Eu quero saber da boca dela. Ela precisa contar a verdade sobre ela, sobre meu pai e sobre mim.

Eu: — Você parece meio triste, sabia? – ele deu um meio sorriso e olhou pro chão.

Guilherme: — Eu sei... Estou meio bolado com isso tudo...

Eu: — Own, vem cá! – me aproximei e dei um abraço bem forte nele.

Guilherme deitou a cabeça no meu ombro e retribuiu o abraço bem apertado. Ele estava realmente pra baixo. Espero que o abraço tenha ajudado um pouco. Um abraço sempre ajuda… Pelo menos pra mim e pro Luigi ajuda bastante.

Guilherme: — É melhor pararmos... Seu namorado está nos encarando estranho.

Eu: — Ótimo... – Parei de abraçá-lo e o soltei antes que aconteça algo que eu não queira ver.

Guilherme: — Acho que não foi uma boa ideia.

Eu: — Ah, esqueça isso. O máximo que vai acontecer é ele brigar comigo.

Guilherme: — Você que pensa... – ele falou baixinho... Como se quisesse que eu não escutasse.

Eu: — O que você disse? – olhei para ele.

Guilherme: — O quê? Eu não disse nada... – ele se moveu inquieto.

Eu: — Guilherme, você se esqueceu que uma das minhas habilidades é uma bela e maravilhosa audição? – ele abaixou a cabeça e eu cruzei os braços. — O que você disse?

ABOOH : Amores Sobre-Humanos Where stories live. Discover now