CAPÍTULO 86: Aqui Quem Manda Sou Eu!

568 79 53
                                    

[Narrado por Nathalie]

Antártico: — Falamos com seu papaizinho, tá feliz? Ele já está com a grana, incrível como vocês burgueses são rápidos com dinheiro, né?
 
Eu: — Ele mentiu. Não tem o dinheiro. Só fez isso pra saber a sua localização pro meu irmão te matar.
 
Antártico: — Para de graça. Nós somos nove. Do outro lado tá só seu pai, seu irmão patético e você.
 
Eu: — Você que pensa. — sorri, retrucando o sorriso sacana dele. — Eu tenho amigos. Na verdade, nem precisaria do meu irmão assassino pra te pegar. Meu melhor amigo sozinho come teu rabo e o rabo dos seus amigos quentinho com fogo azul. 
 
Negativo: — Ela tá mentindo. O nível de poder dela é fraco. Se não fosse, eu não estaria dando conta de segurar. A família toda deve ser um bando de pela-saco do cacete. 
 
Eu: — Ai, ai. Cês vão morrer. 
 
Camaleão: — Ela parece tranquila. — o idiota que fica invisível surgiu com uma cara de pensativo.
 
Eu: — Eu tô tranquila. 
 
Negativo: — De boa. Por enquanto.
 
Camaleão: — Não, cara, ela devia estar com medo da gente. A gente raptou a menina à noite e trancamos ela num cômodo escuro e vazio. A porra da garota só cantarolou a música da Chapeuzinho Vermelho por quase duas horas e riu como uma sádica psicopata. Ela não é normal.
 
Antártico: — Ela está com medo. Olha só pros olhos dela. — ele se aproximou de mim. Me mantive com uma expressão neutra, contendo um sorriso. Um bando de bundão cagando que podem me botar medo. Mano, eu enfrentei demônios, vampiros, lobisomens, monstros canibais... quem esse projeto de viado enrustido com um nome horrível ele acha que ele é? — Bem lá no fundo, ela está tremendo de medo.
 
Eu: — Tô não. Tô tranquilona. Tão suave quanto fico no meu dia-a-dia. — sorri. Aproveitei que ele estava bem perto para olhar em meus olhos, e rapidamente dei-lhe um chutão no peito. Ele voou na diagonal, batendo contra a interseção entre a parede e o teto. Sua cabeça bateu com força no teto e as costas na parede. Ele caiu de cara no chão imundo e eu ri. O bom é que agora eu sei que minha força e velocidade foram preservadas.
 
Antártico: — Ah... va... vagabunda...
 
Camaleão: — Cara, eu tô avisando. Quando a família dessa mina chegar, a gente vai precisar brigar. Ela não tem medo da gente e nem do que a gente sabe fazer. O olhar dela é pura marra. 
 
Eu: — Vai peitar, magrelo? Vem peitar! A patricinha aqui vai comer o teu cu com areia! — rosnei e eles se afastaram.
 
Negativo: — Eu hein, garota maluca. — eles ajudaram o pinguim a levantar e saíram todos do cômodo, me deixando sozinha de novo. Relaxei meus músculos e suspirei.
 
Eu: — Que caralho, hein. Puta que pariu. — cocei minha barriga, um pouco abaixo do umbigo. — Esse muquifo fede a mofo. Tá me dando alergia. 
 
Fiquei alguns minutos sentadinha no meu canto, tentando me livrar das amarras em minhas mãos, e me coçando da forma que podia. Apesar de eu ser forte a nível cetoriano, eu ainda não conseguia arrebentar. Essas cordas são estranhamente resistentes. Permaneci bastante tempo ali quieta. Estava tão entediada, que voltei a cantarolar a musiquinha da Chapeuzinho, até os imbecis voltarem e me darem um pouco de diversão.
 
Eu: — Pela estrada afora eu vou bem armada, levar essa granada para a vovozinha... como é mesmo o resto? Ih, caralho... — espirrei. — Merda de casa de idoso de seiscentos anos.
 
— Cale a boca! Já chega com essa merda!
 
Eu: — Pela estrada afora eu como teu cuzinho, toro esse teu rabo sem camisinha! — aumentei o volume da voz, cantando bem alto. A porta abriu com um estrondo.
 
— Eu mandei calar a porra da boca, sua doente! CALA A BOCA!!!
 
Eu: — Aproveita que cê deu as caras, e me trás um antialérgico poderoso. Esse muquifo tá me dando alergia.
 
— Ah, vai se foder! — ele fechou a porta. — Mina chata, meu!
 
Eu: — A testa da minha xavasca tá coçando! Me traz um antialérgico, porra! 
 
— Vai tomar no teu cu!
 
Eu: — Ai, para. Eu ainda sou virgem. Vai com calma. — ri baixinho. É gostoso tirar a paciência deles. — Pela estrada afora eu vou bem armada! Levar a granada para a vovozinha! Ela mora longe, o caminho é secreto! Vou te infernizar, então vê se fica esperto!
 
— Meu santo pai... Caralho, mermão...
 
Eu: — Feministaaaaa... rainha do tanque. Tanque de guerraaaaa... antidominante. Vem anarquizar, assuma seu corpããão. Gorda, magra e média, não precisa ser padrão. Vai!!! Tuts, tuts, tuts, tuts!!!
 
Escutei barulhos na parede atrás de mim. Pareciam galhos quebrando e... passos. Na hora me afastei um pouco da parede. Fiquei um pouco em silêncio. Os passos se afastaram. Poderia ser apenas um animal... grande e perigoso. Ou ser apenas um dos imbecis olhando os arredores do esconderijo deles.
 
— Ah... silêncio. — escutei-o suspirar baixinho. 
 
Olhei para uma janela minúscula que tinha ali na parede, e era uma janela bem alta. Parecia janela de presídio. Eu poderia fugir por ali, mas nem fodendo meu rabão iria passar por aquilo. 
 
Eu: — Espero que seja algo perigoso e que não passe por esse buraco. Entre pela porta da frente e cause um estrago. — vi uma sombra passar pela janela e me atentei. De repente uma mão agarrou a pedra e parecia estar tentando subir. Estava escuro, então não consegui ver direito... mas quando aquele cabeção apareceu, era difícil não reconhecer.
 
Eu: — Di...ogo??? — ele fez sinais com as mãos. Não entendi direito, mas logo fez sentido. Ele pediu para que eu enrolasse, ou distraísse o que guardava a porta. Acho que ficar em silêncio pode causar estranheza neles. 
 
Diogo: — Enrola... enrola, cara!
 
Eu: — Ah... Anarquistaaaaa!!! Antifascista e punk! — gritei. O doido que guarda a porta rosnou e bateu três vezes na madeira. — Iiii, rá! Bora lá, imbecil! Tuts, tuts, tuts! Eu sou princesa de Kroath, minha buceta é viciante, vem provar o gostinho dela, novinho tô... 
 
Diogo: — Sério? — dei de ombros enquanto ele tentava passar por aquele buraquinho. 
 
Eu: — Ai, tô sem criatividade! Quer o quê, caralho? Que que eu canto?
 
— Que tal a bela harmonia do SILÊNCIO, SUA CADELA!!! 
 
Eu: — Ai, grosso. PELA ESTRADA AFORA, EU VOU BEM SOZINHAAAA!!! LEVAR ESSES DOCES PARA A PORRA DA VOVOZINHAAAA!!! ELA MORA LONGE PRA CARALHO, O CAMINHO É DESERTOOOO!!! E AQUELE LOBO CORNO PASSEIA AQUI POR PERTOOOO!!!
 
Diogo bateu o bracelete algumas vezes contra a parede e a despedaçou em algumas partes. Estava conseguindo , mas...
 
Antártico: — Mas que porra de gritaria é essa??? — ele e o chaveirinho careca dele entraram rapidamente.
 
Eu: — Eu tô com fome, minha xavasca tá coçando, quero fazer xixi, e você me mantém presa aqui que nem a cadela da sua mãe. 
 
Diogo travou aonde estava. Olhei pelo canto dos olhos para ele e vi ele paralisado quietinho. 
 
Negativo: — Pelo amor de Deus, né, garota! — ele virou as costas e saiu.
 
Antártico: — Entramos em contato com seu pai de novo. Ele está chegando, e se prepare. Se for preciso, eu te mato. — ele nem me deixou falar, só me deu as costas e vazou também, batendo a porta velha logo atrás.
 
Diogo: — Ufa... 
 
Eu: — Bora, mula bípede! Acelera! — falei baixo. Ele bateu o bracelete mais algumas vezes e a parede se esfarelou, logo abrindo um buraco que ele pôde passar. Ele tombou pro lado e caiu, fazendo um barulho alto.
 
— Que barulho foi esse?!
 
Eu: — Eu falei que eu tava com coceira! Tô coçando a xava com o tijolo que arranquei, filho da puta. 
 
— Puta. Tomara que uma lacraia morda teu grelo.
 
Eu: — Pelo menos a lacraia vai pegar numa xava na vida. Contrário a você, seu inútil.
 
— Se eu entrar aí, garota, eu vou te matar! Cale a porra da boca, sua mocréia desgraçada!
 
Eu: — Cheira meu sovaco, macho otário!
 
Diogo: — Que delicadeza adorável.
 
Eu: — Meu cu.
 
Diogo: — Calma, vim te salvar.
 
Eu: — Eu esperando a cavalaria, e me mandam um rato da Cinderella fantasiado de alazão? Ah, não!
 
Diogo: — Olha só, eu me arrisquei fazendo isso e... — não deixei ele terminar de falar e movimentar aquela boquinha linda. Agarrei o colarinho dele e o puxei contra mim, dando um beijão naquele moleque gostoso. Ele não teve tempo nem de retribuir. Me afastei e o empurrei um pouco. — Wow...
 
Eu: — Obrigado, gostoso. Agora me ajude. — me virei de costas. 
 
Diogo: — Quando sairmos daqui... — ele segurou a corda e tentou desfazer o nó. — bora se pegar? 
 
Eu: — Se a gente sair daqui, a gente vai trepar.
 
Diogo: — É, a gente vai... O QUÊ???
 
Eu: — Tá louco, Luka perdeu a virgindade antes de mim. Isso é inaceitável. — senti as amarras se soltando. Não sei como ele desamarrou isso, mas achei incrível. Agarrei o braço dele e o puxei em direção à porta. Assim que eu iria abrir, o Pinguim abriu primeiro, ao lado do careca. 
 
Antártico: — Boas notícias! Seu pa... — ele levantou o olhar e encarou Diogo. Diogo e eu nos entreolhamos e... nem pensei. Dei um passo à frente e empurrei o Pinguim e o careca com toda minha força. Eles caíram alguns metros atrás, e não perdi a oportunidade. Corri até o careca e dei-lhe um chutão no estômago, o lançando contra a parede. Ali mesmo ele ficou. Já comecei até a sentir minhas forças voltando. Corremos nem sei pra onde, e Diogo me guiou. Fomos parar direto no quintal da casa, iluminado por tochas. 
 
— Ei! — cinco meninos estavam parados à nossa frente. Senti algo me segurar por trás. Achei que fosse o Diogo, mas não... Era o imbecil que ficava invisível. Ele segurou minhas mãos e outro segurou as mãos do Diogo.
 
Camaleão: — Não adianta. Não importa a força, meu abraço é mais forte. — Olhei além dos cinco e vi algumas outras silhuetas... logo reconheci uma só pelo cabelo. O mais magro é Joaquim, com toda certeza, e o mais corpulento é meu pai. São os únicos homens na família com cabelo grande.
 
Eu: — Paaaai!!!
 
Marcus: — Tá tudo bem, Nathalie! A gente vai... — vi ele cambalear e cair de joelhos. Ele não parecia bem. 
 
Agora sim estou com medo. O que houve com ele? 
 
Joaquim rapidamente se abaixou e ajudou-o junto com uma silhueta tão alta quanto meu pai... provavelmente um soldado. O imbecil invisível me empurrou para frente. Pude ver quem eram as pessoas ali. Tentei usar minhas habilidades, mas ainda não consegui. O careca deve ter acordado.
 
Antártico: — Mate ela. Foda-se o dinheiro. Matem todos eles! 
 
Lancei minha cabeça pra trás, acertando em cheio o nariz do lagartão. ele me soltou e se curvou com a dor, enquanto gemia. Me abaixei rapidamente, segurei o tornozelo do idiota que segurava Diogo e puxei, o tirando do apoio e o lançando contra o chão. Nos afastamos. Uma pedra de gelo voou contra meu braço, causando um corte fundo. Senti a dor aguda, mas logo passou. Apesar de ter cicatrizado rápido, desceu bastante sangue. Vi um raio de luz, um tipo de laser, vindo em minha direção, mas... do nada o bracelete do Diogo surgiu em frente ao meu rosto e absorveu o laser. O bracelete ficou brilhando. Diogo virou o bracelete rapidamente para o Pinguim e uma onda de energia densa foi disparada pelo bracelete, lançando o otário para trás. Nos afastamos e desviamos quando o lagartão cuspiu uma gosma em nossa direção. Senti alguém segurar meu braço, mas nem precisei me preocupar. Thay surgiu num feixe de luz ao meu lado e agarrou o garoto pela cara, com sua mão enorme cobrindo toda a mandíbula dele, e o tirou do chão.
 
Thay: — Ninguém toca na minha irmã!!! — com uma força descomunal, ele lançou o garoto contra o chão, fazendo um barulho muito, mas muito alto. Ele bateu as mãos pra se livrar da sujeira e sorriu pra mim. — Oi, maninha! 
 
Eu: — A aí, gostoso! — fizemos um hi-five rápido. 
 
Antártico: — Como... — o careca apareceu mancando ao seu lado. — não tem como vocês ainda terem tanto poder. Não com o Negativo aqui! — ele lançou umas centenas de espinhos de gelo em nossa direção, mas Thay tomou a dianteira. Com sua velocidade ainda mais fora do comum até mesmo para os astrianos, ele quebrou todos os espinhos de gelo ainda no ar, quebrando e contendo completamente a sacada do Pinguim. Ri bastante.
 
Eu: — A nossa força e velocidade não são baseadas apenas na mesma energia que usamos nas habilidades psíquicas e mágicas. — dei de ombros. — São habilidades físicas do meu organismo adaptado para sobreviver em um planeta hostil para humanos. Meu corpo não foi feito para resistir na Terra. — eles arregalaram os olhos. — É isso aí. Não sou Diractre. Mas respeito quem é. Tenho até amigos que são.
 
Antártico: — Não importa. Vamos vencer vocês mesmo assim.
 
Thay: — O jogo será justo. Vamos brigar. — ele estalou os dedos e fez uma pose de briga, se curvando para frente, colocando a perna direita para trás e dobrando os joelhos, e esticando a mão direita para trás com a palma bem aberta.
 
Diogo: — A gente pode resolver de outra forma, sem briga, sabia? 
 
— Cala a boca. — Thay e eu falamos juntos. 
 
Eu: — E o papai? 
 
Thay: — Já se esforçou demais por hoje. Está esgotado e não vai participar. — assenti. Seremos só nós então. 
 
Não atacamos primeiro. Os burros fizeram o trabalho. O careca ficava de longe só tirando nossos poderes. Um deles foi difícil de peitar. O moleque lutava pra caralho. Tentei dar alguns socos rápidos, mas ele desviou de todos, e me acertou uma sequência de soquinhos na barriga. Apesar de não ter doído, aqueles soquinhos tiveram consequência na minha respiração. Parece que ele diminuiu consideravelmente a capacidade dos meus pulmões. Me afastei cansada e ofegante. Diogo brigava contra dois, o garoto dos lasers, e um dos que fica invisível. Apesar de ficar invisível, Diogo sempre sabia onde o cara estava, e ele era muito bom em evasão e defesa. Usava o bracelete como defesa, e a cada golpe que davam naquele troço, mais ele brilhava. O idiota que guardava a porta tentou de dar um soco e me bater com uma espada, mas desviei e dei um pulinho pra trás.
 
— Agora cê tá ferrada, piranha. — ele riu. Ele veio correndo e tentou me atacar de novo, mas desviei. Sua espada passou por cima de mim, e a senti tocar meu cabelo. 
 
Eu: — Ah, meu cabelo... — vi uma mechinha jogada no chão. Senti uma raiva tão grande, mas tão grande, que achei que fosse explodir em chamas que nem o Luka. Cuido tanto desta merda pra um traste qualquer cortar com uma espada! Ah, não! O encarei com puro ódio. Ele veio me atacar de novo, mas segurei a lâmina de sua espada com a mão mesmo. Senti a dor quando ela cortou a minha palma, mas não liguei. — Não se mexe com o cabelo de uma garota. — dei-lhe uma testada na boca. Ele cambaleou pra trás enquanto gemia de dor… soltou a espada e vi sua boca cheia de sangue. Estendi meu pé e dei-lhe um chute no ombro esquerdo, o jogando contra o chão. 
 
Diogo fez algo incrível. Enquanto se esquivava, ele ergueu o braço direito pro céu e cerrou o punho, enrijecendo os músculos… e então ele deu um socão no chão. Isso liberou uma intensa luz dourada do bracelete, e um tremor percorreu todo o terreno. Mantive meu equilíbrio, mas logo uma onda de energia densa e brilhante explodiu, lançando todos os nove otários pro chão. E derrubar todos foi o que Thay precisava para acabar com a briga. Assim que os quatro adversários que ele lutava caíram, antes que atingissem o chão, foram recebidos com diversos golpes nas costelas, sendo usados apenas dois dedos. Eles caíram no chão e não conseguiram mais levantar. Thay foi extremamente rápido e certeiro.
 
Uma luz forte começou a crescer ao redor do bracelete do Diogo e se expandiu... expandia cada vez mais, até passar por mim e me dar uma sensação estranha de poder. Olhei para baixo e vi minha pele brilhando e uma fumaça clara brilhando ao meu redor. O cara que acabei de dar uma cabeçada me acertou um chute de baixo pra cima, acertando minha coxa esquerda, mas não doeu tanto. Quase não senti seu toque na minha pele. A fumacinha se juntou e me protegeu do golpe, como um tipo de escudo. 
 
Eu: — Cara, que legal! — chutei a cara do otário e me afastei. Fiquei olhando Thay brigar. Ele é bem sexy brigando, e isso eu tenho que admitir. Não dá pra disputar sensualidade com ele. Isso eu perdi feio na disputa de irmãos. E ele nem usa as habilidades. Ele usa as próprias mãos. Nunca usa uma arma sequer. Raramente ele usa o gelo, que meu pai disse. Os dedos dele já são armas mortais. Me distraí olhando pra ele. Ele caiu no soco com os caras que tentavam bater no Diogo, inclusive o Pinguim. Apesar de usarmos os mesmos ataques, os mesmos poderes, o Pinguim parecia irrelevante para Thay. Meu irmão dominava os ataques dele com facilidade e... ele é incrível brigando! O moleque luta que nem um ninja! 
 
Me distraí tanto, que nem percebi que um ainda não foi derrubado... escutei algo se aproximando de mim, e quando me virei rapidamente, vi um espinho feito de algo verde vindo em minha direção. A ponta era sinistra de tão afiada. Chegava a brilhar. Parecia uma pedra verde em forma de estalactite. Estava muito, mas muito perto. Não dava pra desviar rápido o suficiente, e nem dava tempo de pedir pro meu irmão ninja parar aquilo. Iria me acertar de qualquer jeito. Me fodi.
 

ABOOH : Amores Sobre-Humanos Where stories live. Discover now