CAPÍTULO 28: Conexão.

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[ Narrado por Luka ]:

Domingo... Oh, tédio! Não teve nada de animado pra mim... Mas já pro Guilherme, que ficou o dia inteiro com meu irmão jogando no computador e no videogame, deve ter sido ótimo! Depois do que aconteceu ontem, Nath e eu não conseguimos conversar com nossos pais sobre "aquilo". A minha diversão foi conversar com o Tommy por mensagens. Ele não podia vir até minha casa porque o tio dele queria ajuda em algumas coisas e ele vive ocupado.

Eu estava me preparando pra ir dormir, mas o sono não vinha de jeito nenhum. Era quase duas da madrugada quando vi passar uma sombra por debaixo da minha porta e indo em direção às escadas. Me levantei e saí do meu quarto. Cheguei na sala e Guilherme estava sentado no sofá com uma cara de pensativo.

Eu: — Oi... Está sem sono também? – ele levou um susto e eu ri baixinho.

Guilherme: — Uhum. Não consigo ficar de olhos fechados no momento. – ele olhava diretamente para frente. Parecia estar perdido em pensamentos.

Eu: — No quê está pensando? Parece perdido em algo.

Guilherme: — Nada demais... Só repassando algumas coisas na mente. – ele me olhou e deu um sorriso de canto.

Me sentei ao lado dele e liguei a TV. Senti o olhar dele diretamente em mim, mas não liguei. Pus num canal onde passava um filme de vampiros e lobisomens... Que coincidência.

Guilherme: — Gosto desse filme. É meio terror.

Eu: — Eu não sou muito fã de terror... – fiz uma careta quando vi uma mulher com dentões no filme.

Guilherme: — Mas não é tão assustador assim. Vamos assistir? – ele continuava me olhando, eu só concordei com a cabeça e dei de ombros.

O filme era bem maneiro. Algumas partes o Guilherme ria e eu não entendia o porquê. Passou uma cena assustadora de vários lobisomens feios correndo e devorando um cara. Cheguei mais perto do Guilherme e o abracei forte sentindo arrepios no corpo só de pensar que aqueles seres eram reais e poderiam estar bem próximos de mim neste exato momento.

Guilherme: — Calma. É só um filme... – ele deu uma risadinha gostosa. Passou mais uma vez um lobisomem devorando brutalmente uma pessoa e isso me fez esconder meu rosto no peito dele. Ele apenas riu mais um pouco.

Eu: — Isso é nojento e um pouco assustador.

Guilherme: — Mas é só um filme... Vamos mudar de canal. – ele passou o braço em volta de mim e pegou o controle remoto.

Agora começamos a assistir um filme de comédia. Nós rimos demais. Eu até tinha esquecido que ainda estava deitado no peito do Guilherme e ele com o braço em volta de mim. Me senti tão confortável que minha mente deletou o que estava acontecendo.

Guilherme: — Estou ficando com um pouquinho de sono.

Eu: — Eu também... Vamos subir? – perguntei olhando diretamente pros olhos dele.

Guilherme: — Acho que não... Quero terminar de ver esse filme... É legal. – eu sorri e voltei minha atenção para o filme.

Ficamos assistindo o filme e rindo bastante, até que o filme acabou e nem percebemos, porque dormimos ali, no sofá da sala…

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[ Narrado por Sílvia ]:

Este mundo não tem noção de como eu estou aliviada por contar a verdade e tirar todo aquele peso das minhas costas. Meu medo de contar tudo aquilo sobre a vida dos meus filhos era de eles pirarem e começarem a me odiar, mas não foi isso o que aconteceu... Luka e Cássio pareciam estar aceitando bem a origem deles.

ABOOH : Amores Sobre-Humanos Where stories live. Discover now