Capítulo Noventa e Seis!

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Hellen Cavannaugh!

Daniel estava de volta! Sim. Era real, ele havia recobrado a consciência! A sensação de alívio e felicidade que eu senti naquele momento foi tão grande, que cheguei a avançar na direção dele e sendo colocada para fora do quarto, pelos os enfermeiros que me diziam que eu poderia atrapalhar daquela forma.
Quem ajudou os médicos a trazer Daniel cem por cento, fora Angel, com seu toque e o doutor disse que isso não havia se passado pela sua cabeça, mas que fazia muito sentido. E como fazia! Daniel amava Angel mais que tudo nesse mundo. Assim como eu.

Ele ficou mais uma semana no hospital em observação  não só pela sua cabeça,  como seus ferimentos externos que precisavam serem cuidados por pessoas da área.

E graças a Deus sua recuperação estava indo muito bem, apenas andava de muletas, mas seu rosto já não tinha mais as marcas arroxeada.

E naquele dia ele estava voltando para casa. E claro, eu estava lá.  Mas não sozinha, era uma pequena festa de boas vindas que Emma quis dar. Que aliás, ela estava bem ao meu lado olhando a cada cinco segundos o relógio como se ele passasse horas nesse pequeno espaço  de tempo.

— Ele deve ter estranhado que eu não esteja lá para trazê -lo. — Ela disse assim que encarou a mensagem recebida de Alex, onde o mesmo a dizia que já estavam a caminho.

— Com certeza ele deve ter perguntado, mas Alex e o Sr. Delavounne devem terem dito alguma explicação plausível. — Sorri a olhando rapidamente enquanto ajeitava um balão e via Aurora fisgar um salgado enquanto me olhava assustada e pedia silenciosamente para eu não contar.

— Hellen, você pode me fazer um grande favor? — Emma pediu e eu a encarei assentindo. — Pode ir até o quarto dele e pegar minha bolsa? — Assenti em silêncio e ela agradeceu enquanto eu me afastava em direção a master.

Se já era estranho estar naquela casa depois de tanto tempo, mas estranho ainda era entrar naquele quarto. Meu corpo se arrepiou da cabeça aos pés quando abri a porta de correr e atmosfera do quarto dele me atingiu me puxando para dentro, me fazendo sentir tudo o que aconteceu no passado como se fosse no presente. Tudo parecia igual, a não ser uma foto de Angel comigo na cabeceira ao seu lado na cama. Eu sorri e caminhei até lá enquanto observava cada cantinho daquele quarto onde eu adorava os momentos que passei por lá.  Era inevitável não sentir saudades junto com um friozinho na barriga e uma expectativa boba e estranha de que ele irrompesse pela aquela porta e me tocasse como antes,  fazendo meu corpo se acender em desejo e paixão.

Suspirei frustrada por nada disso acontecer e balancei a cabeça tentando me recompor e manter o foco. Só estava naquele quarto para pegar a bolsa de Emma, que estava na beirada da cama, e ir embora. Eu já havia dado um ponto final, então não tinha porque eu ficar daquela forma.

Mas era impossível não ficar e não desejar o querer de novo. Eu sentia o anseio crescendo dentro de mim e ainda mais sentindo o perfume dele tão forte como se ele tivesse acabado de sair daquele quarto. O que me fez ficar pensando, era possível o cheiro dele ser tão forte e duradouro assim? Ou era consequência do que  eu sentia que até meu cérebro deixava meu ofalto sensível e apurado quando se tratava dele? Precisava de uma boa resposta.

Peguei a bolsa de Emma e sai do quarto o mais rápido possível, antes que eu deixasse que mais memórias tomasse forma. Olhei o relógio em meu pulso e vi que eles estavam pra chegar em dez minutos.
Desci nervosa até a sala de estar, onde apenas Emma, minha mãe, Nina, Cailli, Aurora e Linda estavam.

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