A Outra!

Capítulo Quarenta e Seis!

                  

- Eu ouvi... – ele engoliu em seco tentando desfazer o aperto em sua garganta – Ouvi você dizendo e... Não posso acreditar. – Novamente seus olhos estavam marejados.

Podia estar escuro ali, mas a claridade dos relâmpagos e da lanterna do celular de cada um, ajudava a ter uma visão não detalhada, mas ainda assim boa de cada expressão que havia no rosto dos dois.

E Hellen ficou pálida, e se perguntou que parte ele ouviu. Ela implorou para que fosse só a última parte, onde ela dizia que iria se apaixonar por Andrew. Porque ela acreditava piamente que isso seria capaz de afastar Daniel, porém, ele havia escutado mais.

Dentro de Daniel estava uma confusão. Ele se perguntava como ela poderia simplesmente querer sumir de sua vida quando ele além de dizer que estava a amando – que aliás, foi algo que ele teve que passar por cima de muitas barreiras e, principalmente do seu orgulho para dizer – ela ia ter um filho com ele.

Ela não podia simplesmente partir e o deixar.

Ele sabia que ele merecia pagar pelos seus erros, mas não imaginava que seriam tão intensos assim. Já bastava ter que vê-la com Andrew, agora além de querer tirar o filho, também queria sumir?

Ele não havia notado, mas suas mãos estavam se fechando em punhos como se toda a sua raiva, dor e frustrações se concentrasse ali.

Hellen por sua vez permanecia com os olhos levemente arregalados, e como ela ainda estava sem sua blusa, Daniel pode ver seu peito subindo e descendo pela respiração descontrolada que ela estava tendo.

Os olhos de Daniel passearam naquele local onde só o sutiã de renda vermelha de Hellen, segurava seus seios. Ele a queria tocar, ele poderia toca-la.

Talvez se fizesse isso, ele pudesse ser capaz de mostrar a ela que era muito mais que Andrew, e que ele realmente a amava.

Não tinha ato melhor que isso, para demonstrar que ama alguém, não é? Ele pensava.

Mas ele se conteve quando lembrou que com ela não seria assim, não mais. Parecia que só a menção de toca-la iria desmonta-la inteira a sua frente. E ele temia por isso.

Ele não queria seus lindos olhos o olhando com dor ou repreensão. Ele queria que ela o olhasse como antes... Ele sentia falta daquilo. Não negaria para ninguém que perguntasse.

- Eu iria te contar. – Hellen conseguiu encontrar sua voz depois de um longo tempo em que seus olhos se fixaram aos de Daniel. – Mas já que você ouviu. Eu irei sair da Empire. – Ela cruzou seus braços abaixo de seus seios, o deixando mais fartos e aguçando a vontade de Daniel de toca-la.

A gravidez já estava mostrando-se em seu corpo. Suas medidas haviam aumentado, mesmo que não exageradamente, mas ele conhecia cada pedacinho daquele corpo a sua frente para saber que seus seios estavam maiores, suas curvas haviam dado uma aumentada, e sua barriga abaixo do seu umbigo parecia estar inchada, mas ele sabia que isso era seu pequeno filho crescendo ali dentro.

Pensar nisso o fez querer tocar aquela região, ele nunca tocara ali no intuito de passar ao seu filho que ele estava ali. Será que ele sentiria que ele era o pai?

Daniel esperava que sim.

- Sair? Simplesmente assim? – Ele estava nervoso, mas ele não queria brigar com ela e tentava procurar palavras que não a machucassem, mas acabava falando coisas confusas.

Hellen por sua vez virou-se na direção do armário e deu passos lentos por causa do pé torcido e pegou o cobertor.

- É a melhor coisa, Daniel. – Suspirou quando olhou para ele, Daniel parecia abatido.