Capítulo Oitenta e Três!

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+info: maano, essa música aí nas mídias foi minha inspiração. Até chorei.



Primeiro E-mail.

De: Daniel Delavounne.

Para: Hellen Cavannaugh.

Assunto: Sobre nossa pequena filha. 

*Anexo de imagens e vídeos.

Eu me senti vivo, mas ao mesmo tempo me senti morto. Lá estava metade de mim e da mulher que não dei valor e descobri tarde demais que eu a amava; minha filha. Meu pequeno anjo.

Eu quis rir, mas acabei chorando. Eu não sabia o que estava acontecendo dentro de mim os meus sentimentos estavam todos confusos. Eu continuei estático, olhando para aquela pequena caixa de vidro toda emparelhada com aquele pequeno serzinho dentro. Só voltei a mim quando Alex me chamou.

 Então eu lembro-me bem de ter ido até ela, os meus passos dessa vez foram mais apressados e quando finalmente pude a ver tão de perto eu sorri. Ela estava dormindo serenamente, toda encolhidinha e parecia sentir sua falta. Aos poucos eu fui sentindo meu peito ser preenchido. E no exato momento eu vi que ela era a coisa mais importante da minha vida e que eu iria amá-la e proteger mais do que tudo nessa terra. Porque não era só pelo fato de ela ser minha filha. Era também porque ela era metade você. 
Eu a protegi desde então. Tivemos que levava para o hospital. Ficou na área pediátrica e você precisa saber, Hellen, a nossa pequena nasceu com uma saúde de ferro. Eu não queria sair de perto dela um minuto sequer, acompanhei todos os tratamentos dela. Mas me doía ver que ela não tinha você para a cuidar e a amamentar. E por falar em você... quando cheguei naquele local, eu pensei que o barulho de batimentos cardíacos eram seus. Pensei que quando eu abrisse a porta eu iria encontrar ali, intacta com nossa pequena passando ainda o ultimo mês com você até a hora certa da sua chegada. Mas não te encontrei e céus, eu nunca havia sentido essa dor horrível. Foi pior do que saber que você tinha sido sequestrada. E, tudo piorou quando descobri que Christine queria você morta. Não acredito nessa possibilidade. Você não está morta. Eu sei, eu posso sentir e acredito que nossa pequena também. Eu acredito que você está em algum lugar com aquele psicopata do Peter, e acredite, eu vou te encontrar. Eu não desisti de você e, eu sei que isso pode parecer loucura e você com certeza irá rir de mim quando abrir seu e-mail e ver que lhe escrevo um diário todos os dias. Faço tudo isso pra você ficar a par de tudo quando voltar.  Ou também quando você entrar. Aliás, se entrar me diga um oi, mande um sinal. Qualquer coisa. Ah, eu também gravo e tiro fotos. No dia que ela abriu os olhinhos eu vi você. É a sua cara. Minha pequena Hellen, tão linda... sua mãe e eu estamos cuidando muito bem dela, mas eu sei que ninguém cuidará melhor que você...

Trigésimo E-mail.

De: Daniel Delavounne.

Para: Hellen Cavannaugh.
Assunto: Primeiro mês da nossa Angel.


*Anexo de imagens e vídeos.

Sabe que dia é hoje, Hellen? Hoje faz um mês que você a ganhou e que eu te perdi... hoje finalmente ela sai do hospital. Vamos morar naquela casa, porque eu tenho ótimas memorias de lá e apenas nós dois e ela sabemos. Hoje todos estão felizes, eu também estou, mas você me entende se eu disser que só uma metade está? Eu te imagino todos os dias aqui e, queria que nesse dia especial você já estivesse aqui e indo para nossa casa com ela. Tudo bem se você não me quisesse, eu entenderia e eu preferia que isso estivesse acontecendo do que eu estar a levando sozinho, sem você.... Tenho que te dizer que, eu respeitei o seu pedido de apenas dar o nome para ela quando ela nascesse, mas eu a chamei de meu anjo desde o primeiro momento. E com isso, todos foram pegando e agora o seu nome é Angel Cavannaugh Delavounne. Menos a Aurora. Ela acha que o nome é Pietra, e sempre a chama assim. Você vai rir quando ver a briga entre ela e Alex sobre qual é o nome certo. Mas vou entender quando você voltar e quiser trocar. Apesar de eu ter certeza de que você concordará comigo de que ela é um lindo anjinho.

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