Capítulo Setenta e Um!

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Andrew Gregory

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Andrew Gregory

Quando eu era mais novo, e para qualquer um que me perguntasse qual era o meu sonho, eu responderia com o melhor sorriso que eu possuía, e com toda a alegria: Me casar com uma bela mulher e ter dois filhos. Um casal de preferência.

Meus amigos me caçoavam por conta disso e diziam que eu tinha que apenas beber, curtir a vida e muitas mulheres. Meu pai achava que o meu sonho tinha que ser mais objetivo e ser para o lado financeiro da coisa. Minha mãe já achava aquilo perfeito e dizia que eu seria um ótimo esposo e que ela faria de tudo para que realizasse aquele sonho. Minha irmã já dizia que eu tinha que deixar de ser careta, porquê casamentos não davam futuro e era muito rotineiro, e, de acordo com ela; rotina era a pior inimiga da nossa vida.

E então eu cresci. Eu curti minha vida como meus amigos sempre me diziam, mas mesmo aproveitando muito enquanto bebia, no fim de cada festa eu me sentia completamente vazio e inteiramente deslocado. Eu consegui me tornar objetivo, talvez não tanto quanto o meu pai queria, mas ainda assim eu levantei minha vida financeira seguindo essa linha de pensamento dele. E então, só faltava eu ser um esposo perfeito, e enfim realizar meu sonho; me casar e ter um casal de filhos. E ah, não deixar meu casamento cair em rotinas, porque eu não queria que quando chegássemos aos quarenta anos, estivéssemos sem nos falar um com outro e apenas trocando breves palavras diante de advogados e juízes em um tribunal. Isso era um pesadelo.

Eu escolhi a mulher com quem eu queria me casar. Como eu sempre sonhara na minha adolescência; ela era muito linda!
Seus cabelos sedosos e negros, contrastando com sua pele clara e aqueles olhos felinos, que eram fatais e da cor que eu começava a suspeitar que era o puro e completo pecado; azul. Se não fosse a do pecado, então era a da insanidade, porque eu me sentia completamente louco por ela.

Aquela mulher que a conheci em sua pose formal de uma assistente executiva, séria e muito profissional. Conseguia muito bem esconder a mulher frágil, com o sorriso radiante e sua risada que me lembrava o som de uma risada de uma garota do colegial. A mulher que gostava de vestir pijamas exóticos, que realmente quem a visse toda produzida em seu tailleur, jamais imaginaria que ela usasse pijaminhas infantis. A mulher que, gostava de cantarolar músicas enquanto estava sozinha em sua casa, cozinhando algo ou até fazendo os seus afazeres.

Aquela mulher de duas fases, a executiva e a despreocupada. Aquela mulher estava sentada ao meu lado, encolhida em seu banco como se estivesse querendo se proteger de algo que fosse lhe machucar. Ela não estava cantando a música que os autofalantes do meu carro produziam e ela não estava me contando como foi seu dia e muito menos o que queria assistir naquela noite, porque ela era viciada em séries, eu devo comentar isso.

Ela não estava me perguntando como foi o meu dia e não estava me pedindo para contar uma das minhas piadas que pra mim eram completamente idiotas antes de a conhecer, mas que depois dela, eu comecei a achar as mais incríveis, porque era capaz de tirar o sorriso que eu tanto adorava ver, junto com o som da sua risada.

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