Capítulo Quarenta e Quatro!

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"Eu nunca quis que as coisas ficassem assim
Agora a eternidade parece algo do passado.
"Perdão" é algo que não consigo dizer.
Você vê que estou me entregando?
É o fim de uma queda."
Avalanche, Nick Jonas feat. Demi Lovato.

Era cedo ainda, eu tinha certeza porque meu corpo não costumava ficar na cama depois das 8. Então era cedo.

Alguém batia na minha porta desesperado e eu joguei o travesseiro em cima da minha cabeça, a fim de cessar aquele barulho irritante. Porém, continuou.
Depois de me espreguiçar eu levantei — preguiçosamente — e andei a passos lentos até a porta.
Deveria estar acontecendo algo naquela casa para a pessoa do lado de fora estar quase derrubando a porta.
Quando abri, não deu tempo nem de olhar quem era e eu já fui empurrada para dentro novamente e a porta se fechou.

         — O que você disse para o Daniel? — Era Cailli e eu não sabia dizer se ela estava supresa ou nervosa. Mas estava estranha.

         — Depende. — Respondi sonolenta. — Eu disse várias coisas. — Dei de ombros.

          — Bom, ele está com um péssimo humor. — Comentou um pouco assustada me fazendo revirar os olhos e a encara-la. — Que foi?

            — Sério que você me acordou para isso? Você é nova nisso, mas vai se acostumando que o seu querido cunhado é assim mesmo. Especialmente em algumas manhãs. Céus, tem manhãs que ele é detestável!  — Me joguei na cama novamente.

            — Eu acho que essa é uma manhã dessas então. Acredite, ele está muito, muito detestável. Da vontade de afunda-lo naquela piscina e deixar o corpo boiando só pra ter o prazer de o ver morto! — Ela exclamou me fazendo levantar a cabeça.

            — Tão grave assim? — Indaguei e ela assentiu. — Para chegar a tanto, ele está mesmo em um nível elevado de detestável. — Pensei em voz alta e ela concordou.

             — O que conversaram ontem? Ainda acho que tem a ver com isso. — Sentou-se na cama.

              — Bom, eu disse que ele não é mais o pai do meu filho. — Ela ameaçou falar, mas continuei. — Mesmo que seja fato, e que se for comprovar em um DNA o resultado será positivo. Porém, eu não quero mais que ele seja o pai. Quero dizer, do que adianta se ele não poderá agir como tal e nosso filho não saberá? Então, eu como mãe, tenho total direito de decidir quem será ou não o pai do meu filho. E adivinhe? Ele perdeu. — Dei um sorriso fraco para a sua expressão aterrorizada.

          — Eu não acredito! Você fez mesmo isso? — Riu depois de um momento. — Agora entendo perfeitamente ele. É sério, Len, ele está uma fera! — Gargalhou enquanto eu levantava e ia ao banheiro. — Agora chegou até a me dar pena do coitado. Hellen, tu é má. — Ela dizia rindo e pensativa.

           — Eu sou uma pessoa boa, porém, pessoas como Daniel tem horas que precisam provar um pouco do próprio veneno pra vê se aprende, não é mesmo? — Apareci na porta piscando para ela e ela tinha os lábios dobrados em sinal de impressionada.

           — Eu vou deixar você tomar banho, mas vê se desça logo porque nem serviram o café da manhã ainda, e o clima lá embaixo esta catastrófico. — Riu.

             — Hey, me desculpa por estar estragando seu final de semana. — Puxei os lábios demonstrando desconforto por aquela verdade e ela apenas revirou os olhos e saiu mostrando o dedo do meio para mim. — Bom, acho que está ok então. — Disse a mim mesma, me trancando logo em seguida no banheiro e indo tomar um bom banho para poder enfrentar a fera que com certeza, me esperava.

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