Capítulo Setenta e Seis!

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O rapaz loiro andava apressado e com as mãos fechadas em punhos. Ele não queria acreditar, não podia para ser sincero. O tempo todo foi ela, e ele achando que tinha uma terceira pessoa quando na verdade era Christine que esteve estragando tudo!

Ele entrou no quarto daquele hotel, querendo socar tudo o que via pela frente. O segurança alto e forte dela, bloqueou sua passagem fazendo-o rir incrédulo com tal atitude.

- Sério que ela mandou você me impedir? - Ele disse irritado para o homem moreno e forte - Você é boa o suficiente para fazer tudo isso, mas para encarar seus problemas de frente você foge, Christine? - Gritou, ignorando o fato de estar no corredor e em frente a porta do quarto dela.

O que ele quis ao gritar daquela forma, fez efeito, ela abriu a porta e deixou que ele entrasse. Quando seus olhos encontraram os delas ele sentiu o impacto. O gosto amargo descendo pela sua garganta formava uma bile que a qualquer momento ele poderia jogar para fora. Tudo se passava em câmera lenta, o que ele havia feito para ajudá-la e ela o retribuir dessa forma o esmagava, fazia se sentir pequeno e ele detestava isso.

- Me lembre de contratar a melhor plateia para bater palmas para você. Porque eu estou achando o máximo que foi você durante esse tempo todo, que não só enganou o Daniel como eu também. Eu, Christine - Apontou para si - Eu! Eu que te ajudei nesse plano idiota. E o que você faz? Arma contra mim! O que eu te fiz caramba?! - Seu rosto estava vermelho, e a mulher loira o olhou com um sorriso debochado pegando uma taça de vinho e levando até sua boca.

Ele ficou incrédulo, ele devia esperar isso dela, esse seu tratamento frio, essa forma de agir e de se sentir superior. A Rússia havia a transformado em alguém podre por dentro, mesmo que por fora você linda e parecesse inocente, Andrew sabia muito bem o quão podre era o seu interior. Mas ainda assim, ele achava que havia o pacto de fidelidade feita há sete anos atrás entre ele, seu irmão e ela.... Christine... Ela que, ele havia encontrado em um lugar horripilante e a tirou de lá, a protegeu. E no fim para ela lhe fazer isso? Peter tinha razão, ela o usava, o manipulava. Olha no que ela conseguiu através dele. Andrew se lembrava exatamente de quando ela começou com aquilo, e ele? Ele sentiu pena da história que ela havia lhe contado, sentiu raiva de Daniel, tanta raiva que não viu problema em ajudar. Mas agora, ele via o quão doentio era tudo aquilo, o quão patético ele foi e estava sendo ao colocar seu bem maior em jogo, sua herança. Se seu pai descobrisse, ele perderia seu cargo na empresa, a qual ele havia conquistado a pouco tempo, já que seu irmão não se importava com isso e resolveu ir pro lado negro da família.

- Estava indo tudo tão bem, Andrew.... Tudo ótimo para ser exata. - Fez uma expressão de pena - Teríamos tido êxito no nosso plano, se você não tivesse me enganado. - Andou até ele.

Ele sentia raiva, desapontamento, dor. Como ela podia dizer aquilo a ele? Quis rir, ela tinha noção do que estava lhe dizendo? Sua cabeça estava fervendo, seus olhos estavam vermelhos e suas pupilas dilatadas pela raiva.

- Te enganado? - Riu nervoso - Quando te enganei? Quando decidi largar Londres e seguir sua ideia absurda de fazer a matriz da Gregory Interprises em Nova York? Quando decidi ir até aquela maldita conferencia e me aproximar de Cavannaugh só pra poder a tirar do teu caminho? Ou quando eu coloquei tudo o que conquistei em risco apenas para ajudar você, tudo por você? - Sua respiração mostrava claramente o quanto ele estava se segurando para não perder o controle, mas a loira a sua frente não se sentia intimidada.

- Não se faz de desentendido ou de coitado, Andrew. Por favor, eu não sou a tola da Hellen que acredita nesse seu teatro de bom moço. - Riu andando lentamente em volta dele - Mas tudo bem, você deve estar nervoso por tudo o que vem acontecendo e sua memória não está boa. Eu refresco ela pra você. - Parou atrás dele, fazendo sua respiração bater contra a nuca do homem - Se você não tivesse me enganado, como eu estava dizendo, tudo estaria como nós planejamos. Mas você, decidiu que esconder de mim que o filho daquela vadia era do meu Daniel, foi a pior escolha que pode fazer. Isso soou como uma traição! - Riu um pouco nervosa.

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