Capítulo Trinta e Dois!

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Revisado: 24/11/2019.

"Porque eu sabia que você era problema quando você apareceu."
I Knew You Were Trouble, Taylor Swift.

— Eu sinto muito por não ter sido uma boa companhia hoje... — Soltei o ar no final da frase assim que o carro de Andrew parou a nossa frente pelo manobrista.

Andrew ainda tinha sua mão pousada gentilmente em minha lombar, em um toque carinhoso que parecia singelo e olhava despreocupadamente o homem que vinha em nossa direção com um sorriso. Os seus olhos que sempre estavam semicerrados eram acompanhados pelas sobrancelhas arqueadas e o sorriso pequeno formando um biquinho; era a sua marca registrada, e eu não posso negar que aquilo me atraía bastante. Seu jeito de menino leviano e extrovertido me fazia querer ficar mais perto dele só para conhecer mais sobre si e ouvir as suas tantas histórias que sempre começavam dramáticas, mas que no final não passavam de extrovertidas.
Ele agradeceu o rapaz loiro enquanto pegava sua chave e então virou-se para mim com seu sorriso largo estampado em seu rosto me fazendo ter um leve calafrio. Não era nada fácil resistir aquele lindo homem a minha frente, e pior ainda na situação que eu estava.

— Você poderia estar muda o tempo todo, ainda assim eu continuaria te achando a melhor companhia. — Tocou gentilmente meu rosto e eu dei uma risada nasalada pelo fato de aquilo ser uma das suas cantadas.

Se eu fosse uma garota inocente, eu cederia facilmente meu coração para aquele britânico charmoso, mas eu sabia que aquilo era só um esforço para conseguir me ter na cama algum dia — coisa que ele não precisaria em outra época, se tivesse me convidado para sair na sexta á noite em Londres, talvez eu estivesse repetindo a dose agora...
Não imaginava que minha vida se tornaria um drama, e que eu deixaria passar um pedaço de mal caminho daqueles que com toda a certeza me levaria á loucura na cama.

— Vou fingir que acredito e dizer que estou encantada por ti. — Pisquei e ele me guiou para o seu carro soltando uma risada baixa.

— O que eu faço para você acreditar em mim? — Eu estava entre ele e o carro, e sua mão esquerda estava bloqueando minha passagem para aquele lado, enquanto a sua direita pousava em meu rosto e seus olhos me analisavam, e aquele sorriso pequeno aberto de canto marcou presença.

Eu não queria me envolver com ele depois de tudo, eu realmente estava confusa sobre tudo e ainda não sabia como iria administrar minha vida sexual com a gravidez, era uma coisa muito nova para mim. Sim, eu sabia que podia fazer sexo na gravidez, mas eu realmente estava fora de mim e a Hellen de sexo casual/despreocupada/e que sabe bem o que quer, parecia ter tirado uma folga e deixado a desesperada tomar conta, em uma péssima hora devo dizer. O toque da sua mão em meu rosto e a proximidade da sua boca com a minha estava me dando um calor dos infernos, não me assustaria se me dissessem que eu estava nele, porque puta que o pariu, estava muito quente! Era nítido que ele queria me beijar, até uma criança viria isso, mas enquanto eu travava uma luta se cederia ao meu desejo ou não, a porta do restaurante fora aberta e quem saiu foi quem me fez tomar a próxima decisão. Ele aos sorrisos, beijos e abraços com ela me fez sentir um peso em meu estomago, e automaticamente fez a Hellen decidida acordar, a que não se importava e que não tinha nada a perder. Se na noite anterior eu havia beijado aquele que estava a poucos metros de distancia com outra, porque eu não poderia beijar aquele que estava louco para ter os seus lábios nos meus e que era totalmente descompromissado?

— Isso. — Foi a resposta que eu dei antes dos meus lábios se chocarem contra os seus e eu sentir meu corpo ser tomado por luxuria e adrenalina correndo junto em minhas veias.

Os lábios finos de Andrew contrastados com os meus grossos, fizeram um mix de prazer dançar em meu ventre, suas mãos agarraram com força e desejo a minha cintura, e ele me prensou contra o carro enquanto me beijava com mais ferocidade. Eu me perdi naqueles beijos e mãos, e acabei me esquecendo da plateia que estávamos tendo a poucos metros de nós. Minhas mãos estavam enroscadas nos fios louros dele, e ele separou nossos lábios finalizando com uma mordida em meu lábio inferior, me fazendo soltar um baixo gemido e sorrir.

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