Capítulo Trinta e Oito

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"Espero deixar apenas boas energias no chão da sua sala

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"Espero deixar apenas boas energias no chão da sua sala. Dói tanto que eu não tenha feito nada quando você pediu por mais"
Better - Zayn.

Daniel Delavounne.

Desde o dia em que eu vi meu filho com Hellen pela primeira vez na ultrassom, aquilo havia mexido comigo e mudado algo dentro de mim. Eu pensava em Hellen com mais frequência e ela vinha participando dos meus sonhos a cada dia que se passava. Eu me sentia incomodado quando via ela com outro alguém, e principalmente com Andrew Gregory. Eu preferia pensar que algo nele estava errado e que ele tentava se aproximar dela só pra me atingir. Mas eu não podia negar que a forma de como ele a olhava significava bem mais que isso, e que mesmo eu odiando, Hellen estava se deixando levar por ele. E eu não podia fazer nada.
O que eu poderia fazer quando já tenho uma mulher em minha vida, que estava grávida? Nada. E não era nada bom saber que pela primeira vez eu não podia ter tudo o que eu queria. E o que eu queria? Era claro, eu queria Hellen...

Eu passei a observá-la com outros olhos, além dos desejos quero dizer e, a maior parte do tempo em que estava com ela.

Eu a admirava.

A naturalidade com que seus cabelos balançavam conforme seu corpo se movia suavemente, e de como seu sorriso era lindo quando ela conversava com sua colega de trabalho, Amélia. Hellen exalava sensualidade e isso fazia parte dela, e eu adorava ver a maneira que ela mordiscava seus lábios quando estava tensa em frente ao seu computador, era tentadora, mesmo que fazia, ás vezes, por inocência. A sua postura segura, dona de si, mostrava que ela era forte e eu sempre soube disso.
Mas, agora olhando tudo o que vem acontecendo com ela, um filho com o chefe, ela era bem mais forte do que eu imaginava. Ela poderia ter largado o trabalho depois de tudo o que eu fiz com ela. Fui rude, ignorante, um idiota um completo babaca. E ainda assim ela continuava ali, firme e forte encarando tudo como se fosse algo fácil. Mas não era. Eu não sabia.... Foi ai que eu passei a observá-la mais afundo, e só então me dei conta do que eu estava fazendo com aquela Hellen que era divertida, jovem, sonhadora, e que adorava se aventurar.
Eu não sabia o quanto estava a machucando até ver como ela passou a agir no último mês desde a conversa que tivemos em minha casa. Quem via ela nos corredores da empresa, nas salas de reuniões comigo, com aquela postura, aquele sorriso, não imaginava que por debaixo de tudo aquilo ela estava frágil e sofrendo. Muito menos eu. E sempre que ela ficava sozinha, sem o perigo de alguém chegar e vê-la, ela deixava seus ombros caírem mostrando cansaço e seu semblante transmitia tensão.
Quando estava com Amélia ela sorria, quando entrava em minha sala ela se fechava, era estritamente profissional, tão profissional que as vezes chegava a me irritar. Era rara as vezes em que sorria verdadeiramente, porque sempre era irônica, e essas poucas vezes era somente quando falava do nosso filho. E eu sentia agora, mais do que nunca, falta da sua descontração, o som da sua risada, o seu sorriso verdadeiro direcionado a mim, e as suas conversas banais quando ela tentava me acalmar.... Pensei que talvez, mesmo depois de tudo, ela fosse voltando aos poucos. Afinal, ela é Hellen Cavannaugh, a garota divertida que não se deixa levar por qualquer onda, pé firme e que sabe muito bem se sobressair quando tem qualquer imprevisto....

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