Heather
O meu sorriso está tão largo, que começou a doer às bochechas tanto, que tive que apertá-las para aliviar a dor incômoda, enquanto Adam me observa em silêncio com a face corada. Sua respiração ainda está ofegante devido ao grande esforço físico feito há cinco minutos, que tanto eu quanto ele tivemos o prazer de fazer depois de tanto tempo sem contato. Nossos corpos nus envolvidos pelos lençóis brancos da sua confortável cama, deitados lado a lado com as mãos entrelaçadas e encarando um ao outro em meio ao quarto escuro iluminado apenas pelo abajur da mesinha de cabeceira. Um arrepio involuntário subiu pela coluna ao sentir ser puxada para deitar a cabeça em seu peito e o braço forte colocado em torno da minha cintura, espalmando sua mão quente próxima a minha virilha, fazendo uma onda de calor atravessar o meu corpo.
- Senti tanto sua falta, baby.
- E eu sentia a sua. – acariciei sua coxa musculosa – O que fez durante a minha ausência, além de transformar a vida dos outros em um inferno?
Adam riu baixinho contra os meus cabelos bagunçados.
- Na verdade foi o meu passatempo predileto e admito que brigar com a Cassie também não deixou de ter uma porcentagem de diversão.
O clima de desejo foi substituído pelo de pura preocupação, que obviamente fora da minha parte, porque o monumento ainda permanece relaxado e de bom humor, como se falar da sua ex não importa mais. E ele já deixou claro há muito tempo que não importa mais mesmo para ele.
- Como? Brigou com a Cassie quando?
Minha voz soou um pouco desesperada e isso não o agradou.
- Quer realmente falar sobre ela agora? – suspirou – Vamos aproveitar mais um pouco desse clima sem preocupação, dor de cabeça ou estresse. Prometo que depois conto com os mínimos detalhes!
Fiz beicinho diante da minha vontade negada. Então, ainda com a expressão que Chloe costuma chantagear todo mundo, insisti:
- Prometo que daqui em diante esqueço que Cassie Smith existe se você fizer um resumo rápido.
- Hum, proposta muito interessante. – pensou um pouco – Promete de verdade que vai esquecer de uma vez por todas que Cassie existe? Que vai me deixar resolver sozinho o problema que futuramente ela pode causar?
É uma promessa e tanto para fazer. Tenho certeza que a mãe da Chloe ainda irá aprontar mais alguma, afinal, esse é o seu passatempo favorito. Porém, não conseguindo lidar com a curiosidade de saber sobre isso e a conversa do Adam com o papai, prometi um pouco receosa. Levantei o dedo mindinho na sua direção e sorri, transmitindo-lhe o máximo de confiança possível.
- Eu prometo.
- Combinado então. – Enganchou seu dedo mindinho no meu e deixou nossas mãos unidas em cima do seu abdômen – Vou tentar resumir para você tudo o que aconteceu essa semana, ok?
Balancei a cabeça confirmando e em seguida foi logo contando – como combinado – um resumo com riqueza de detalhes sobre os acontecimentos mais importantes durante a minha ausência. Tentei não me sentir culpada ao saber que o relacionamento da Chloe e dele esteve bastante tumultuado, desde que sai do hotel com a minha melhor amiga prometi a mim mesma não pensaria mais no sofrimento que causei. Que foi por causa da minha decisão que o lado azedo, rebelde e mimado da Chloe, há tanto tempo adormecido, resolveu aparecer de repente. E mesmo que ela tenha resistido, Adam continuou firme e forte, em nenhum momento pensando em desistir de mim. Enquanto eu, bem... Fui fraca o tempo inteiro.
Deixei os pensamentos negativos de lado e concentrei-me na parte que mais estava curiosa para saber, ficando chocada ao ouvir dos belos lábios do monumento que fora a própria filha quem chamou a Cassie.
- Por que diabo a Chloe fez isso?
Não consegui conter o misto de curiosidade e indignação, justamente porque ela sabe que a presença da Cassie sempre é motivo de grande estresse para o seu pai. É um golpe muito baixo.
- Lembra quando te contei sobre o lado rebelde da minha filha? – assenti em silêncio – É isso que ela fazia! Chamava a Cassie para a nossa casa com o intuito de conseguir o que queria e dessa vez ela quis que parasse de dar importância para você, mas mais uma vez o tiro saiu pela culatra.
- Você foi muito duro com ela?
Deu de ombros em um gesto despreocupado.
- Falei o que eu quis falar na frente da mãe dela. – respondeu – Eu amo você e estava disposto a passar por cima da vontade de todos para ficarmos juntos, o que deu início a um surto da Cassie após a Chloe ter ido para o quarto. Aquela mulher praticamente me assassinou pelos olhos!
Por um lado, é divertido imaginar a expressão que a doida da ex esposa fez ao ouvir aquilo sair dos lábios do homem que um dia já foi dela e que deixou-o fugir entre os dedos.
- E como foi a discussão?
- O mesmo drama que utiliza há 17 anos... Só que dessa vez ela tentou usar uma tática psicológica e admito que por alguns segundos deixei o bombardeio me atingir, porém, depois o contra-ataque que reuni foi pior ainda.
Gosto da forma como Adam utiliza os termos usados no trabalho para a sua vida pessoal, em especial quando se trata em relação a mulher que um dia já carregou uma aliança no dedo anelar. Desta forma, tenho certeza de que não preciso tratá-la como adversária, mas sim como uma figurante que cisma em tirar o foco dos personagens principais e é usada apenas para causar uma dor de cabeça passageira.
Fiquei em silêncio lhe dando a deixa para contar sobre o ocorrido com detalhes e foi isso que fez enquanto mexe no anel de esmeralda que me presenteou.
- Ela disse que tinha certeza que não faltava muito tempo para que você fosse pra faculdade e lá conheceria muitos homens com sonhos semelhantes aos seus, ao mesmo tempo em que eu, o fuzileiro fodido, vou me entregar às bebidas depois do rompimento. – suspirou – Provavelmente é exatamente o que eu faria.
- Não, você jamais faria isso! – retruquei sem pensar.
- E por que você tem tanta certeza disso?
Virei o corpo para ficar debruçada sobre o seu peito e beijei o local, antes de olhar em seus olhos para responder.
- Eu conheço você o suficiente para ter certeza que viria atrás de mim para saber onde erramos e consertar as coisas ao seu modo, nem que tivesse que me colocar sobre os ombros para termos a conversa.
Fechei os olhos pelo breve minuto que ele levou para deslizar seus dedos pelo meu rosto, como se estivesse procurando alguma linha de incerteza e finalizou a carícia com um casto beijo em minha boca, tirando o meu fôlego de imediato. Interrompeu o beijo para morder o lábio inferior e depois sussurrar:
- E isso não deveria fazer de mim um psicopata? Por que não fugiu enquanto era tempo?
Por mais que interprete a pergunta de forma engraçada, Adam fala sério, esperando por uma resposta. No seu rosto não há rastro de brincadeira, riso ou descontração, espera que deixe de vez a dúvida que Cassie colocou para trás. O monumento é um homem forte e corajoso, porém, como todo homem que possui ambas as qualidades, tem um grande ponto fraco capaz de fazê-lo pirar. Neste caso são as pessoas que mais ama no mundo e eu me sinto sortuda por fazer parte desse pequeno grupo.
Agora entendo o que a mãe de Adam quis dizer sobre o peso que um líder carrega e o quão importante é manter as coisas sob controle em casa durante sua ausência, assim não correndo o risco do monumento procurar soluções desesperadas em lugares ou modos errados. É claro que não consigo imaginar o meu tenente se entregando a bebidas e drogas, sendo um homem tão firme que mostra ser. Contudo, farei de tudo para evitar qualquer dor de cabeça, até iniciarei uma guerra civil se for necessário.
Interrompi meus pensamentos ao senti-lo acariciar o meu cabelo, enroscando os dedos entre os fios rebeldes e transformando aquela sutil carícia em algo tão relaxante, que me fez fechar os olhos por reflexo.
- Porque eu amo você, tenente O'Donnell, é por isso que não fugi e nem pretendo fugir. – rocei meus lábios em seu peito – Você é o meu psicopata predileto de todo o mundo.
Não conseguiu conter a sua risada ao ouvir a última parte da minha declaração recebendo mais beijos em seu peitoral, que vibra por causa da sua gargalhada gostosa. Quando notou que comecei a fazer uma trilha de beijos até o seu abdômen, ele parou abruptamente de rir, substituída por uma respiração rápida e ofegante, compreendendo qual é a minha intenção.
- Não quer saber qual foi a minha resposta para a Cassie?
Sua pergunta saiu mais ofegante ao me acompanhar com os olhos abaixar o lençol na altura dos seus joelhos. Antes de prolongar a minha trilha de beijos até a sua virilha, olhei em sua direção e falei:
- Tenho certeza que você a colocou no lugar dela da forma mais cruel e ao mesmo tempo mais sexy que alguém poderia fazer, mas agora deixe-me terminar o que você não deixou mais cedo. – mordi seu abdômen, o ouvindo gemer – É bom que deixe-me ir até o fim ou vai ficar de castigo, entendeu?
Em meio a um grunhido, ele respondeu um "sim, entendi", renovando a minha confiança e me impulsionando para apressar a tortuosa carícia para chegar até o destino almejado, que começara a dar sinal de vida para mostrar que quer o contato também. O membro de Adam não demorou a ficar semi-erguido e roçar nos meus seios, umedecendo os mamilos e também um local bem específico entre as minhas coxas, excitando-me sem estímulo manual algum. Com a mão direita, segurei a base do pênis e acabei com a distância entre a minha boca e sua glande, abocanhando-o com um desejo incontrolável.
Senti a mão do monumento sobre a minha cabeça, segurando-a no lugar e encorajando-me a iniciar o movimento de vai-e-vem. Seu desejo é uma ordem. Chupo-o com uma avidez que o excita mais e os gemidos se tornam frequentes a cada segundo que usa para acomodar o máximo dele em minha boca. De vez em quando diminuo o ritmo para lamber e levantar os olhos em sua direção para me certificar se está gostando do que eu faço, afinal, até então não tenho muito experiência nesse assunto. E o que vi em seus olhos foi o causador de um quase orgasmo.
Os olhos semicerrados sob a luz fraca do abajur me fazem ver o tesão estampados neles, em especial no momento em que sussurrou:
- Essa imagem vai me torturar e vai ser a causa das ereções fora de hora enquanto eu estiver fora. – mexeu os quadris – Vai ser uma honra ficar duro ao imaginá-la me chupando dessa forma. Continua, amor, que ainda hoje vou recompensá-la por isso.
Lambi todo o seu comprimento e voltei a preencher a minha boca por completo, sentindo Adam estocar com lentidão enquanto resmunga obscenidades. Os palavrões que já ouvi sair de sua atraente boca até agora não é nada comparado aos que ele solta neste momento, faria algumas pessoas corarem pelo tom desavergonhado que o monumento usa. Soa tão sexy e tão Adam de ser.
Continuei a estimulá-lo, excitá-lo e enlouquecê-lo com um ritmo ora lento ora rápido, sentindo seu membro inchar entre meus lábios, me fazendo engolir os primeiros resquícios do pré gozo. É engraçado lembrar o nojo que eu sentia só em pensar em "provar" o Liam quando ainda estávamos juntos e olha só agora... Eu não vejo à hora de me deliciar com a sensação do Adam chegar ao ápice em minha boca.
De repente senti sua mão agarrar os meus cabelos com mais força e os quadris a estocarem com rapidez, como sempre faz no momento em que está dentro de mim, com o intuito de prolongar a incrível sensação de formigamento no ventre, os dedos dos pés quase se contorcendo e a vontade de gemer crescer à medida que vai se aproximando da grande explosão entre os dois corpos ligados. Ao ouvir a mistura de ofego e um gemido, tinha certeza que não faltava muito tempo para que o momento chegasse.
- Puta que pariu, Heather, eu acho que vou...
Mal terminou a frase e o seu corpo inteiro estremeceu enquanto goza violentamente na minha boca, xingando o mundo em meio aos urros de desejo. Não perdi tempo e engoli tudo. Estocou mais algumas vezes contra a minha boca antes de me puxar para ficar debruçada no seu amplo peitoral.
- Um dia você ainda vai me matar, mulher! – resmungou ofegante – Mas admito que morrerei bastante feliz.
Em seguida ele soltou um "ai" em meio a uma gargalhada ao sentir o tapa que desferi em seu ombro.
- Vira essa boca para lá, Adam. Isso não se diz nem brincando, ok?
Uma chama de desejo acendeu em seus belos olhos verdes e quando percebi já havia sido empurrada para o lado para deitar de costas, com o seu corpo nu sobre o meu, roçando seus lábios nos meus de modo sensual. Será que ele já estava pronto para um terceiro round?
A carícia se prolongou por mais algum tempo com ambos em silêncio e o único som que preenche o ambiente é a minha respiração acelerada, que é o reflexo do meu coração agitado por tê-lo tão perto. Os meus mamilos roçam em seu peitoral livre de pelos, minhas mãos deslizam por suas costas e o meu sexo já está encharcado por conta de tantas sensações excitantes desde o momento em que fiquei de joelhos. Meu cérebro quase não dá conta de tanta informação e nem meu corpo. Eu vou ficar louca!
Mordi o lábio inferior assim que a sua boca iniciou uma sessão de torturantes mordidas e lambidas em meu pescoço, enquanto sua mão ia até entre as minhas coxas. Choraminguei quando senti seus longos dedos me acariciando de leve, estimulando meu sexo o suficiente para encharcá-lo ainda mais e exigir por mais toques. Antes de penetrar o dedo médio, Adam me forçou a olhá-lo e sussurrou:
- É a sua vez agora, baby.
Abri a boca para perguntar o que vem a seguir, porém, o monumento respondeu sem nem mesmo ouvir a pergunta e foi logo demonstrando o que planejara fazer comigo. Penetrou o segundo dedo me arrancando um gemido alto, meus quadris criaram vida própria e rebolaram contra a sua mão em uma velocidade lenta.
- Puta que pariu Heather, você já estava toda molhadinha antes mesmo que eu encostasse a mão em você... – fez uma trilha de beijos até um dos meus seios e lambeu o mamilo com os olhos erguidos na minha direção – Já posso imaginar o que vai acontecer quando eu usar minha boca.
Prendi a respiração à medida que seus lábios iam descendo e seus dedos continuavam a explorar entre as minhas coxas. A sua boca deslizou pelos meus seios, ventre e parou na virilha para olhar na minha direção de novo. O monumento sente prazer em me ver descontrolada, adora a ideia de ser o motivo do meu descontrole e eu adoro que ele adora essa ideia. Deu para entender? Oh caralho... Gemi alto ao senti-lo tirar os dedos rapidamente, suas mãos ágeis afastaram as minhas pernas e em seguida seus lábios alcançaram o local tão desejado. E x a t a m e n t e, ele começou a lamber e a chupar o meu sexo.
A forma como segurou as minhas coxas com força, ergueu os olhos brilhantes para não perder um segundo das minhas expressões e a carícia feita pela língua se tornando mais intensas, levou-me a um grande violento orgasmo. Comprimi os lábios para não gritar – afinal seria muito constrangedor ouvir reclamações pelos gritos soltados durante a noite – e agarrei com força o lençol sob os nossos corpos. Rebolei contra a sua boca por conta do frenesi e isso o fez rosnar antes de voltar a se colocar em cima do meu corpo, com uma incrível e potente ereção pressionada com força contra o meu abdômen que me arrancou um gemido baixo. E não é que ele já estava mais do que preparado para o próximo round?!
O Adam não desperdiçou tempo e foi logo roubando um beijo de tirar o fôlego que eu já não tinha, os quadris pressionando com força o seu pênis na minha barriga. Pude sentir o meu próprio gosto em sua boca.
- Você confia em mim, amor?
Seu tom carinhoso ao me chamar de "amor" causou um arrepio na nuca.
- De olhos fechados, tenente O'Donnell. – sorriu com os lábios roçando nos meus.
- E de quatro, confia?
Uma nova onda de calor se concentrou no meu centro ao entender do que ele se refere e também nascera a vontade de experimentar essa ideia, que parece mais um desejo guardado dentro do monumento há algum tempo. Lembrei da possível vida sexual agitadíssima de Adam antes de me conhecer e as inúmeras posições que já ousou entre quatro paredes, enquanto eu não usufruí nem 10% do que se encontra no Kama Sutra. Admito que imaginá-lo com outras mulheres quase me mata de ciúme e sempre diminui a minha autoestima, pois, tem vezes que não tenho certeza se mereço estar com ele. É uma coisa boba de pensar, eu sei... Só que é algo difícil de controlar.
Velhos hábitos, na maioria das situações, não são fáceis de serem deixados no passado.
Entretanto, ter o monumento entre os meus braços, me acariciando como se eu fosse a mulher mais atraente e linda do mundo, faz com que todas essas dúvidas pareçam infundadas, que não merecem nem um pingo da minha atenção. Quem merece a minha total atenção é este belo homem em cima de mim.
É com os beijos, as carícias, a ereção, os olhos brilhando de desejo que devo me importar agora, amanhã e para sempre.
- Hey Heather, está tudo bem? Desculpa se eu...
O interrompi dando um beijo casto em seus lábios inchados e vermelhos, transmitindo toda a confiança que um beijo poderia transmitir, tranquilizando o meu homem na hora.
- O que deseja, Adam? Me diz o que quer que eu faça.
A ideia de ter controle absoluto sobre mim na cama o deixa louco e mesmo que não tivesse dito em voz alta, vi em seus olhos que milhões de coisas se passavam por sua mente. Todas elas envolvendo nós dois nus, sedentos para explorar o corpo um do outro. Precisou de alguns instantes para reorganizar as ideias e me dar uma resposta sincera, que foi capaz de me fazer perder a sensibilidade das pernas.
- Eu te quero de quatro, invasora. – Sussurrou, roçando os lábios em meu queixo – Eu te quero de quatro e gemendo o meu nome bem alto, para que todos os filhos da puta do mundo ouçam que você é só minha.
Deslizei as mãos por suas costas e com um sorriso travesso agarrei suas nádegas, aproximei a minha boca da sua orelha, mordiscando-a antes de lhe desafiar como nunca desafiei alguém.
- E está esperando o que para satisfazer logo o seu desejo, tenente?
Minha punição por ser uma garota má foi ganhar um beijo intenso, com direto a mordida, línguas entrelaças em uma dança de ritmo frenético capaz de fazer a minha respiração faltar e o coração acelerar, suas fortes mãos me explorando com entusiasmo enquanto isso. Quase violento. E eu amei cada segundo.
Não houve aviso nenhum quando Adam interrompeu o beijo e afastou-se o suficiente para me colocar de quatro, como se meu corpo tivesse o peso de uma pena, soltando um rosnado ao me observar empinar o bumbum na sua direção. Como se estivesse encarando uma obra-de-arte mais do que interessante, olhei para trás a tempo de vê-lo acariciar as minhas nádegas com devoção e morder o lábio ao levar uma de suas mãos até a minha cintura, segurando-me no lugar. Arfei assim que segurou seu membro ereto e começou a roçar ele entre as nádegas, a outra mão estimula o meu clitóris.
- Oh Adam... Isso é... Isso é uma covardia! – gemi ao receber uma investida tanto dos seus quadris quanto dos seus dedos.
Ele soltou uma gargalhada rouca jogando a cabeça para trás.
- Calma, baby! Nunca te falaram que a noite é uma criança?
Abaixou o tronco para selar nossos lábios por breves segundos, então, logo que voltou a endireitar o corpo, o vi e senti tirar o seu membro de entre as nádegas para posicioná-lo na minha entrada, que clama por sua atenção desde que pôs a boca ali. Choraminguei só de pensar nele fosse continuando com a tortura por mais algum tempo, contudo, mais uma vez sem avisar, o monumento me penetrou com força.
É um alívio senti-lo me preencher por completo, os beijos carinhosos depositados em minhas costas enquanto espera me acostumar com o seu tamanho. Impossível não sorrir com os seus lábios junto a minha orelha, sussurrando:
- Tenho desejado você nessa posição desde a nossa noite em cima da mesa da cozinha.
- Adam, eu...
A investida que deu de repente acabou com a minha linha de raciocínio ou qualquer vontade de soltar algum comentário sobre a sua declaração envolvendo tanta testosterona explícita, dando espaço para soltar um gemido alto. E veio outra investida, outra e outra, com uma força maior que a interior, me levando a um nível de excitação jamais atingida.
- Oh caralho! Mais forte Adam! – quase gritei.
E o pedido foi acatado imediatamente depois de agarrar os meus quadris com força e rugir feito um animal, usando todo o entusiasmo para meter contra o meu interior. Provavelmente amanhã não conseguirei caminhar direito, mas foda-se, porque é o melhor sexo da minha vida e já não vejo a hora da próxima experiência superar essa. Outra onda de calor se alojou entre as minhas coxas, senti meu ventre formigar à medida que a velocidade das estocadas são aceleradas. O ruído alto que o atrito entre os nossos corpos produz é como ouvir uma música clássica ou a sensação de leveza depois de uma boa conversa com um terapeuta. Estar com Adam dessa forma é libertador! É sentir raiva, tesão, ciúme e soltar o meu lado selvagem adormecido.
Amar o tenente Adam O'Donnell é sentir um turbilhão de emoções toda a vez que o vê, que o sente e que conversa com ele. Me sinto livre para ser quem eu sou. Urrei quando sua mão agarrou meu cabelo e me obrigou a ficar olhando em sua direção para que não quebrássemos o contato visual até o fim.
- Quero que olhe para mim quando gozar, baby.
Apoiei minhas mãos com força quando senti que o meu corpo começou a ser jogado para frente por causa do ritmo acelerado da penetração e reprimi a vontade de gritar alto seu nome ao sentir aquele formigamento no ventre de novo. Faltava muito pouco para chegar ao ápice e por seu membro estar me apertando cada vez mais, era sinal de que também ocorreria o mesmo com o Adam.
- Oh caralho! – xingou alto, nem se importando se alguém ouviria – Vem comigo, Heather... Vem comigo, porra!
Seus quadris bombearam a todo vapor contra meu sexo no momento em que ambos chegamos lá e posso afirmar que eu vi estrelas ao receber seu líquido quente em meu interior, como se tivesse ido até o paraíso e voltasse em menos em poucos segundos. Conforme havia exigido, não desviei a atenção de seus olhos e foi um prazer vê-lo espremer os seus no ato, assim como suas bochechas corarem pelo esforço físico. Necessitou de mais de cinco estocadas para que estivéssemos satisfeitos e leves, sem toda aquela tensão que o desejo traz de bagagem. Me senti tão maravilhosa nos momentos seguintes, onde meus lábios foram beijados docemente e fui colocada deitada de lado com cuidado para ele poder se deitar me abraçando por trás, com o rosto escondido na curva do pescoço. Sorri cansada ao entrelaçar minhas mãos nas suas. O corpo todo doía e os olhos pesavam de cansaço, mas mesmo assim me senti estupenda.
- Pode dormir, amor, que amanhã temos um longo dia juntos. – deu um beijo estalado no pescoço – Eu amo você.
- Eu também amo você...
Minha voz saiu em um sussurro e não sei ao certo quando caí no sono, entretanto lembro que a última coisa que escutei foi o seu sussurro transbordando gratidão.
- Obrigada por isso.
Sou eu quem deveria estar agradecendo por isso, certo?
Oi, gente! Tudo bem?
Cá estou, mais atrasada do que nunca (e muito consciente disso), com mais um capítulo, já deixei mais alguns revisados para publicar nos próximos dias. <3 Estou aproveitando uns dias de férias que tirei para adiantar algumas coisas e não deixar vocês mais sem atualização. <3
Muito obrigada a todo mundo que continua acompanhando, comentando e me apoiando! Não sei o que seria de mim sem vocês!
Espero que tenham gostado do capítulo super hot e cheio de momentos do nosso casal favorito! <3
Beeeeeijos