O Pai da Minha Melhor Amiga

ANÚNCIO OFICIAL - PARTE 2

Heather

A caminho da casa do Brandon, fiquei aliviada por Chloe ter ido com o Evan de carro, enquanto Adam e eu resolvemos ir a pé, pois o destino fica a duas quadras de distância. E qual o motivo do meu alívio? Bem, depois do nosso momento super quente no closet, o monumento não tira a maldita expressão de satisfação do rosto, deixando claro para quem notasse o que havíamos feito recentemente. O meu rosto corado só afirma mais o acontecimento. Durante a nossa caminhada, algumas pessoas nos pararam para dar um "olá", sendo que a maioria delas eu não conhecia, porém, o meu belo homem me apresentou com todo orgulho do mundo como sua noiva. Me diverti com o espanto de alguns fuzileiros – que por um milagre não tinham ouvido falar sobre mim – e também me senti agradecida pelos votos de felicidade de outros. Com o braço protetoramente colocado em torno da minha cintura, continuamos a seguir o percurso em meio aos meus resmungos para que disfarçasse a expressão e ele retrucando para que relaxasse, acreditado que ninguém perceberia. Mas sei que isso jamais aconteceria, principalmente por estarmos indo para uma festa com convidados feito John Bates e o seu sensor de descobrir coisas para deixar os outros constrangidos.

Chegamos ao nosso destino em menos de 10 minutos, sorri ao me deparar com um pequeno jardim de rosas perto da varanda, algo que as outras casas idênticas de toda a rua não possuem e tive a certeza de que aquilo é obra da minha amiga Lucy. Em uma das nossas milhares de conversas pelo Skype, a mesma me contou que havia descoberto uma paixão por jardinagem e o quanto a fazia relaxar, lembro-me de ter retrucado que sou mais apta pintando uma parede do que a delicadeza em mexer na terra. Também sou ótima em pregar pregos e montar móveis, mas cuidar de lindas rosas como essas que enfeitam sua casa, jamais.

Os carros dos nossos colegas já estavam na frente da residência, dando para perceber que seremos os últimos a chegar e assim, eles tentariam arrancar de nós o motivo do atraso, ao mesmo tempo em que John já nos acusaria do óbvio. Muito legal. Foquei a atenção no rosto do Adam e corei ao vê-lo que me encarar de volta, com um brilho no olhar capaz de desarmar qualquer mulher. Imediatamente esqueci do possível constrangimento que eu sentiria pelas piadas e as respostas com teor de macho alfa que provavelmente o monumento usaria. Dane-se. Uma hora terei que me acostumar com as piadas dos nossos amigos e a estranha mania que os homens têm de compartilhar, assim como se orgulhar da vida sexual satisfatória que vive. Na verdade, deveria me sentir tranqüila pelo Adam querer compartilhar um pouco, pois, se não fosse tão boa assim, o mesmo não compartilharia. Certo?

Ao invés de entrarmos pela porta principal, decidimos passar pelo portão lateral para irmos direto para o quintal do fundo, onde a festa acontece. Quanto mais nos aproximávamos, ouvíamos conversas animadas e vozes misturadas por cima de uma música que não consegui identificar. Com a mão do Adam entrelaçada a minha, andei na frente para dar um "olá" animado antes dele. Portanto, assim que pus os pés no quintal do fundo e encontrei os nossos amigos em clima de festa, gritei:

- Hey galera!

Vi a cabeça de todos virarem na nossa direção, apesar da música alta. Sorri ao ouvir um "hey casal" em resposta e antes que pudesse me adiantar mais uma vez, senti os braços do tenente me abraçando por trás e beijando o meu pescoço.

- Hoje eu vou beber um pouco mais do que o costume, ok? – sussurrou contra o meu pescoço.

Estreitei os olhos numa expressão curiosa.

- Ok. Mas porque está me avisando?

- Eu não sei, só achei que deveria avisá-la.

Girei o corpo entre os seus braços para ficar frente a frente com o mesmo e o abracei em torno do seu pescoço, selando nossos lábios antes de sussurrar: