O GRANDE DIA - PARTE 3 - A PROMESSA

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Não demorou muito tempo até que o meu tio Morgan corresse até onde eu estava e me puxar em direção ao centro da pista, já que tinha conseguido junto com o irmão e o pai, fazer a maioria dos convidados participarem daquele momento bastante tradicional entre eles. Tentei resistir, porém, logo fui colocada no centro da roda e o braço do vovô Henry enlaçou a minha cintura, quase me obrigando a acompanhar os seus passos.

Meus tios bêbados apenas erguiam os joelhos e pulavam no ritmo na música ao mesmo tempo que revezavam entre beber cerveja e cantar alto, o irlandês orgulhoso ao meu lado dançava feito um profissional, executando passos de sapateado com perfeição.

- Vamos, fadinha, eu sei que pode dançar como o vovô! - sussurrou.

Respirei fundo antes de tentar lembrar cada movimento aprendido há muito tempo e assim que ele sentiu que estava sendo acompanhado, começou a nos girar no meio da roda. Pude olhar para o rosto de cada pessoa participando, todas estavam tão animadas e felizes, também hipnotizadas por duas mulheres ruivas dançando perto de nós. Era a mamãe e vovó Molly.

Então meus olhos foram para o esquadrão, que gargalhavam ao assistirem John se juntar aos meus tios e arriscando alguns movimentos, algo captou minha atenção em especial... Tia Helen estava olhando para ele e era obvio que o analisava, aprovando-o com um sorriso no rosto. Preciso arrumar um pretexto para apresentar os dois!

Corei ao perceber que Adam estava me fitando, mordendo o lábio inferior e a testa franzida, como se esforçasse para controlar algum desejo quase incontrolável. Fiquei tão concentrada no modo como me olhava e mordia aquela boca gostosa, que quase pulei de susto ao ouvir aplausos altos anunciando que a música havia terminado. Seguindo o exemplo de Henry Callaghan, curvei meu tronco em agradecimento e voltei a endireitar o corpo sorrindo, enquanto sentia meu rosto esquentar ainda mais. Beijei o rosto do vovô e fui dar um beijo nas minhas dançarinas ruivas prediletas, elogiando-as com sinceridade.

Ergui as sobrancelhas ao flagrar Liam e Grace saindo de fininho, aproveitando que todos estavam distraídos, correram para dentro da minha casa. Apostaria um milhão de dólares que os dois seguiam para o quarto, especificamente para o meu quarto. Meus pensamentos foram interrompidos por Chloe colocando os braços em torno da minha cintura e murmurando:

- Sua prima é uma grande fura-olho, eim?! Quer que eu vá lá interromper aqueles traidores filhos da mãe?

Em primeiro momento pensei que fosse brincadeira dela, no entanto, a sua expressão dizia o contrário.

- O que? Não, Chloe, deixa os dois se divertirem um pouco...

- Também posso dar uma surra nela se quiser.- continuou a insistir na ideia maluca.

Suspirei alto e puxei a minha defensora para um canto mais privado com o intuito de esclarecer de uma vez por todas aquele assunto.

- Okay, olhe em meus olhos agora. - quando ela o fez, expliquei - Liam e eu não vamos reatar o namoro, Chloe!

- Mas eu achei...

Eu a interrompi com firmeza.

- Ele é o meu melhor amigo desde sempre e nada mudou após terminarmos, então torço para que encontre alguém maravilhosa, como a Grace é.

Finalmente sua expressão se suavizou e a vi assentir.

- Está bem, mas não retiro a minha proposta da surra.

Acabei rindo ao me deparar com o sorriso carinhoso dela, nem parecendo a assassina de minutos atrás.

- Já que estamos esclarecidas, vamos nos juntar ao restante do pessoal?

O Pai da Minha Melhor AmigaOnde as histórias ganham vida. Descobre agora