PLANEJANDO A FESTA DE ANIVERSÁRIO

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Nos últimos meses estive tão focada em Chloe, Adam e o nosso relacionamento secreto, que acabei esquecendo completamente que o dia do meu aniversário de 18 anos se aproximava. Como todos os anos, a tradição era convidar meus avós, meus tios e alguns primos para um jantar em família, mas quando a minha melhor amiga soube disso, Já não tive mais certeza se a tradição continuaria. Minha mãe, Chloe e eu estávamos tomando um café no final do dia, até que o assunto em pauta foi como comemoraríamos o meu envelhecimento.

- Já é uma tradição reunir a família em um jantar e rezar para que os meus parentes não quebrem os vasos durante as brigas. – explicou a linda e ruiva Sarah Carter.

Ri ao lembrar do jantar do ano anterior, onde os irmãos da minha mãe acabaram resolvendo as suas diferenças com os punhos e ao invés dos outros separarem, estavam apostando em quem sairia com o nariz quebrado.

- As brigas? Como assim?

Decidi me intrometer na conversa.

- Você nunca foi em uma festa de uma família típica irlandesa, certo, amiga?

- Não, porquê? – respondeu Chloe – Por acaso é muito tradicional?

Olhei para a minha mãe e juntas caímos na gargalhada, deixando a doidinha da minha melhor amiga mais confusa. Então mamãe resolveu explicar:

- Quando meus pais e irmãos estão juntos costumam beber mais do que costume, como todo bom irlandês... O único problema é que as conversas sempre acabam em atritos e nós, bons irlandeses, não acreditamos na conversa civilizada nesses momentos.

- Meus tios e meu avô acreditam em acertar as diferenças com os punhos, ensinam o mesmo para os seus sucessores. – Completei.

A boca de Chloe estava aberta, fazendo um "o" perfeito e isso me fez rir mais ainda.

- Ensinaram para você? – quis saber com curiosidade.

- Infelizmente viajamos pouco para a Irlanda, então meus conhecimentos sobre brigas de bares não são completos e admito que tenho uma vontade enorme de aprender a quebrar o nariz de alguém.

- Heather! – ouvi uma repreenda vinda da minha mãe, enquanto Chloe ria alto.

Dei de ombros como se não fosse nada demais (e não era!) e tomei um gole de café depois de dar uma mordida no brownie delicioso, escutando as duas compartilharem suas ideias para a festa do meu aniversário desse ano. Me mantive alheia da conversa ao lembrar de alguns dias atrás, onde Adam e eu começamos a fazer sexo na mesa da cozinha, terminando comigo prensada contra a parede.

Sem dúvida nunca mais conseguirei entrar na cozinha sem ficar vermelha.

Eu ainda estava no colo do Adam completamente nua, ele já tinha erguido o seu calção, sentindo o seu cheiro e os dedos acariciando a barba por fazer, sorrindo feito boba por estar sendo abraçada com carinho. A respiração continuava ofegante e ia normalizando a cada segundo que o monumento deslizava sua mão por minhas costas, repetindo a carícia várias vezes.

- Não posso acreditar no que acabamos de fazer...

Minha voz saiu abafada.

- Foi incrível! – sorri ao ouvir o seu sussurro.

Afastei o rosto de seu pescoço e olhei em seus olhos, ampliando o sorriso ao ver sua expressão tão relaxada.

- Você está parecendo uma criança feliz por ganhar o brinquedo que queria.

Senti sua mão apertar meu bumbum, antes de sussurrar:

- Mas acabei de ganhar o que eu queria, invasora!

O Pai da Minha Melhor AmigaOnde as histórias ganham vida. Descobre agora