Love Again ♥ JIKOOK ABO

De Sweet_Kpopper

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Após perder seu grande amor para um acidente trágico, o alfa Jungkook jurou nunca mais amar ninguém. Bom... Mai multe

♥ PROLOGUE ♥
♥ 01 || Chains of the Past ♥
♥ 02 || Mystery behind the truth ♥
♥ 03 || Business ♥
♥ 04 || Parts of the destination ♥
♥ 05 || War Of Feelings ♥
♥ 06 || Scare ♥
♥ 07 || New Promise ♥
♥ 08 || Destiny is by my side ♥
♥ 09 || Sorry, My babe! ♥
♥ 10 || I Want You ♥
♥ 11 || You Are Mine ♥
♥ 12 || Best Moments ♥
♥ 13 || I Need U ♥
♥ 14 || Learning to live together ♥
♥ 15 || Intensity ♥
♥ 16 || The past back ♥
♥ 17 || My Little Sly ♥
♥ 18 || Completely Insane ♥
♥ 19 || In My Defense ♥
♥ 20 || Danger! Double Protection ♥
♥ 21 || Yes! He's My Alpha ♥
♥ 22 || My Lovely Omega ♥
♥ 23 || Therapy ♥
♥ 24 || The Reality Of A Dream ♥
♥ 25 || My Soothing ♥
♥ 26 || Protected In His Arms ♥
♥ 27 || Yes! I'm Jealous ♥
♥ 28 || Hot Night, My Love! ♥
♥ 29 || Poison In Words ♥
♥ 30 || Wounds Of The Soul ♥
♥ 31 || My Protector Angel ♥
♥ 32 || Our Refuge ♥
♥ 33 || Living in Paris ♥
♥ 34 || Unforgettable ♥
♥ 35 || Love In Every Way ♥
♥ 36 || My Shields ♥
♥ 37 || A Little More Love ♥
♥ 38 || Our Private Paradise ♥
♥ 39 || A Little Peace ♥
♥ 40 || Consequences Of Disobedience ♥
♥ 41 || Bad Day ♥
♥ 42 || Plans Discovered ♥
♥ 43 || Day Of Surprises ♥
♥ 44 || Commitments ♥
♥ 45 || Night Of Celebration ♥
♥ 46 || Confusion Of An Angel ♥
♥ 47 || Welcome, Little Sister! ♥
♥ 48 - Busy Life ♥
♥ 49 || Unpredicted ♥
♥ 50 || Allies Or Enemies ♥
♥ 51 || Innocent ♥
♥ 52 || Yes! I Marry U! ♥
♥ 53 || Emotion Day ♥
♥ 54 || New Routine ♥
♥ 55 || Affection That Soothes ♥
♥ 56 || Beautiful Discovery ♥
♥ 57 || Great Day ♥
♥ 58 || Honeymoon ♥
♥ 59 || Our Peace ♥
♥ 60 || Our Eternity ♥
♥ 61 || Real Threat ♥
♥ 62 || Paternal Instinct ♥
♥ 63 || Always By Your Side ♥
♥ 64 || Tears Of Happiness ♥
♥ 65 || Routine Cute ♥
♥ 67 || Our Family ♥
♥ 68 || Little Jeon ♥
♥ 69 || The Future I Wished ♥
♥ 70 || Stronghold Of Peace ♥
♥ EPILOGUE ♥
♥ Bônus I - Complete Happiness ♥
♥ Bônus II - Love Moments ♥
♥ Bônus III - Happy Forever ♥
♥ EXTRA ♥
♥ EXTRA² ♥

♥ 66 || Last Moments ♥

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De Sweet_Kpopper

Boa Leitura!

“Hoje, nós deixamos de ser dois para nos tornarmos três. Hoje, deixamos de ser um casal para ser uma família. E eu não poderia estar mais feliz.”Autor Desconhecido

Jimin P.O.V's

Três meses e meio depois...

     Nossa vida se tornou uma completa loucura nas últimas semanas, teve o nascimento de Hyesoo que está prestes a completar seu primeiro mês de vida, os preparativos para a chegada de Yujin e o veredito da médica ao dizer que nosso bebê pode nascer a qualquer momento. Enquanto nosso anjinho espera o momento certo para vir ao mundo, meu marido e eu vamos treinando pegando nossa sobrinha no colo e até mesmo trocando fraldas. Sim, Jungkook foi aprovado nas aulas de paternidade e está se achando o máximo por isso. Não ouso tirar aquele sorriso gostoso de seu rosto, isso o torna mais lindo se é que isso seja possível. 

     Como entrei no último mês de gestação fui proibido pela médica de pegar na direção de um carro e isso me tornou dependente outra vez. Por sorte tia Yoo voltou de vez para a Coréia e como está se relacionando com senhorita Kun sua presença é mais que carimbada em nossa casa, se bem que a mais nova apenas não se mudou para um apartamento com a alfa por ainda querer cuidar de mim. Sim, depois de tudo o que fizemos Myunghee é mais que uma simples funcionária, aliás até isso está prestes a mudar com sua formação universitária. Em nosso último jantar em família meu avô paterno ofereceu abrir um restaurante para minha tia administrar e a ômega ser seu braço direito.

     As coisas têm se encaminhado bem, apesar de que ainda sinto um medo bobo de enfrentar o parto. Tae disse que é super tranquilo, segundo meu amigo não sentiu nada graças a anestesia e Hoseok esteve o tempo inteiro ao seu lado. A descrição foi algo funcionamento e a expectativa de Jungkook realmente me enche de segurança. Meu alfa de fato me apoiou durante todo o processo, sofreu comigo durante os enjoos e até mesmo nos surtos quando sentia desejo durante a madrugada. Literalmente fiz Jeon atravessar a cidade para buscar maçãs caramelizadas por simplesmente só haver uma loja aberta naquele horário.

     Meu marido foi, cheio de sono e extremamente cansado. Ainda me lembro de tia Yoo rindo quando ele vestiu apenas um casaco e saiu pela porta de pantufas, nem se deu o trabalho de tirar o pijama e colocar uma roupa decente. Jungkook voltou cerca de duas horas depois com as maçãs que havia desejado e mesmo com aquela carinha preguiçosa sorriu ao meu ver comendo tudo o que ela havia trazido. Me recordo também das noites em que acordei com câimbras e ele fez massagens para aliviar meus músculos, ou das madrugadas que acordei procurando por sexo e mesmo inseguro o alfa me atendeu todo cuidadoso.

     Tenho orgulho de todo seu esforço, de tudo o que meu homem fez para trazer tranquilidade a essa gestação, mesmo quando o mundo desabou logo no início. Nós três resistimos bem a cada situação, nosso anjinho realmente foi forte o bastante, tinha forças para viver. Agora estou aqui contando os segundos para ver seu rostinho lindo, não é como se não soubéssemos como ele irá vir ao mundo. Jeon ainda fica todo bobo a cada vez que observa as imagens do ultrassom 4D, aquele alfa babão ficou todo feliz ao imaginar que nosso pequeno será como uma mistura perfeita de nós dois, ainda que boa parte do seu rostinho lembre a mim durante a infância.

     – Jimin, onde você está? – Jungkook gritou da sala, sua forma de dizer que acabou de chegar em casa.

     – Você sabe que estou no quarto, Jungkook. – Contei os segundos até vê-lo entrar pela porta. – O que eu posso fazer com essa barriga enorme?

     – Você está lindo, vida. – Disse ele se livrando da gravata antes de vir em minha direção e me roubar um beijo. – Como foi seu dia?

     – Cheio de dores lombares e o seu? – Perguntei acariciando suas bochecha.

     – O de sempre. Trabalho e mais trabalho, estou louco para Yujin nascer só assim terei desculpa para me ausentar. – Fez manha sabendo que aquele é meu ponto fraco. Odeio a possibilidade de ver meu marido estressado com aqueles acionistas, já basta conviver dezoito anos com senhor Min na mesma situação. – Como ele se comportou hoje?

     – Meio mal educado. – Jungkook me observou confuso enquanto tentava se livrar das roupas do escritório. – Seu filho chutou a irmã mais velha quando ela se deitou em minha barriga mais cedo, Sky não voltou mais para quarto.

     – Ela está dormindo em cima do painel lá na sala. – Disse Jungkook abrindo lentamente os botões da camisa social. – O que foi, bebê?

     – Isso é tortura, Jungkookie. Está fazendo isso porque não aguento me mover sem sentir um desconforto. – Fiz um pouco de drama percebendo ele rir e parar de abrir a camisa. – Por que parou?

     – Perdão, majestade. – O mais velho se curvou me fazendo rir ao ouvir seu gemido por algumas dores musculares. – Vou me retirar com essa visão aterradora. Sinto muito por perturbar a ordem da sua libido. Seu servo retornará assim que terminar o banho.

     – Palhaço. – Uma risada escapou enquanto o assistia seguir até o banheiro.

     Me distrai com nossas lembranças na galeria de seu celular, local dominado por fotos e vídeos de nós dois. Ali também Jungkook guarda uma pasta de fotos especiais, todas tiradas em momentos onde estou completamente distraído. É diante destas fotos, lembranças feitas sob seu ponto de vista que meu sinto mais seguro comigo mesmo. Sei que meu marido ama casa uma de minhas manias, assim como ele faz questão de apreciar cada um de meus sorrisos. Jeon foi quem me tirou do fundo do poço e me devolveu a vontade de viver, é irônico pensar que fiz o mesmo em relação a ele, ainda que essa seja a nossa realidade. Vai ver esse é o principal motivo de completarmos um ao outro, ainda que existam algumas pequena e insignificantes diferenças.

     Quando Jungkook retornou já vestido e de banho tomado o mais velho se ajoelhou ao lado da cama. Sorrindo de um jeito que só ele sabe sentir suas mãos tocarem suavemente minha barriga, Yujin o chutou no mesmo instante e como sempre vi meu marido extremamente mexido com aquilo. Já virou rotina todas as vezes que ele chega em casa após o trabalho, toma um banho morno e mais relaxado volta para conversar com nosso bebê. Essas ações simplesmente me acalmam, vê-lo conversando de forma amorosa com nosso anjinho me enche de emoção, me sinto cada vez mais amado simplesmente por realizar seu maior sonho.

     – Anjinho, acho que está na hora de nascer. Estamos bem ansiosos a sua espera, filho. Papai está contando os segundos para vê-lo. – Lhe dei um tapa fraco para lembrar que ele não é o único a espera do pequeno. – Seus papais estão contando os segundos.

     – Eu não aguento mais essa espera, Jungkookie. – Confessei recebendo alguns beijinhos nas mãos. – Sabe, tenho sentido dores horríveis.

     – Enviou mensagem para a médica? – Apenas balancei positivamente a cabeça. – E o que ela disse?

     – Que como estou na trigésima nona semana preciso esperar. – Suspirei ao sentir Yujin se acomodando embaixo das minhas costelas. – Seu filho realmente não colabora.

     – Ele está sob suas costelas outra vez? – Apenas afirmei enquanto sentia Jungkook acariciando a barriga na tentativa de fazer o pequeno mudar de posição. – Eu sinto muito, vida. Não achei que fosse ficar tão ruim assim.

     – Não, meu amor. É uma sensação boa, mas é cansativo. – Sorri observando seu rostinho preocupado. – Yujin está pesadinho para ficar carregando e bom... Você sabe que odeio ficar o tempo inteiro parado em um lugar.

     – Poxa, pensei em chamar você para dar uma volta hoje. Jantar fora, visitar o Tae, mas acho que está cansadinho, não é? – Chantagista, ele literalmente sabe que não negaria isso, além do mais a médica recomendou algumas caminhadas para ajudar na hora do parto.

     – O que você pretende? – Ele estava novamente distraído com minha barriga e as ondas que Yujin fazia quando o questionei.

     – Quero te levar a loja da senhora Song. – Me surpreendi ao ouvir aquele nome. – Sim, acho que nossas indicações trouxeram resultado e ela não atende mais naquela barraquinha.

     – Ela conseguiu inaugurar um restaurante, Jungkookie? – Fiquei feliz por ela sabendo o quanto batalhou para realizar esse sonho. – Meu Deus, amor. Quando foi a inauguração?

     – Na verdade é hoje, eu havia me esquecido dos convites por conta da agitação da semana. – Disse ele se sentindo um pouco culpado. – Você se sente bem o bastante para ir?

     – Claro que sim. – Ignorei as dores nas costas e me levantei de uma vez.

     – Não precisa correr, Jeon Jimin. – Alertou me fazendo agir de forma mais calma. – Ainda temos tempo, até iria sugerir passarmos em uma floricultura para comprarmos algo de presente para ela.

     – Podemos chamar tia Yoo e Myunghee para nos acompanhar? O Tae ainda está de repouso. – Sugeri vendo meu alfa sorrir de forma suspeita. – Você já convidou elas, não é?

     – Olha bem para esse rostinho, vida. Acha que eu perderia a chance de ver como aquelas duas se comportam em um encontro? – Segurei a vontade de rir, pode parecer bobo, mas essa também é uma curiosidade minha.

     – Você perdeu o respeito mesmo, não é? – Meu marido me encarou com um misto de confusão e divertimento. – Fica mais velho a cada dia, mas diminuiu consideravelmente a vergonha na cara.

     – Também não precisava humilhar, bebê. – Apenas senti um tapa nas nádegas quando virei de costas para ir até o closet. – Gostoso!

     – Jungkook! – Ele ficou ali me encarando com expressão de desentendido. – Isso é abuso de gestante, sabia? Não pode sair me dando tapas.

     – Minha mão não resiste às circunstâncias, vida. Amo essa bundinha gostosa. – Disse o mais velho me abraçando por trás e me guiando até o closet.

     Não demorei com a escolha das roupas, optei por algo mais aconchegante enquanto meu alfa não fugiu de seu jeans e camisa social. Bom, Jungkook fica atraente de todas as formas e sou suspeito em dizer que o tempo faz bem a ele. Ainda me recordo de quando questionei meu melhor amigo o que de chamativo havia em um velho que vivia recluso em sua fazenda, agora eu sei a resposta. Naquele homem aparentemente bruto se escondia um alfa sensível que tinha medo de corresponder o amor e acabar sendo ferido novamente. Dois corações estilhaçados pelo destino, unidos pela mesma força e que hoje se completam.

     Saímos na companhia de Myunghee e minha tia, passamos na tal floricultura para comprar um vaso de flor e presentear senhora Song junto a uma mensagem positiva. De tanto frequentarmos sua barraquinha meu alfa e eu acabamos sendo acolhidos como parte de sua família, até conhecemos seu filho que há pouco tempo se tornou um oficial de alta patente no exército. O jovem beta se emocionou ao saber que meu marido e eu damos algum apoio a mais velha, em sua visão sou como o ômega que não deixou que sua mãe se tornassem alguém completamente solitária. Magnífico foi o dia que Jungkook comprou briga para defendê-la de um adolescente engraçadinho, o malcriado estava a humilhando por simplesmente se achar no direito já que estava pagando.

     É complicado pensar assim, mas na realidade estamos cercados de pessoas arrogantes. Jungkook até foi um pouco no começo, no entanto, não demorou a retornar suas origens deixando evidente o quão bem educado ele foi. Naquele dia acompanhamos a mais velha até o momento em que ela fechou a barraca, a levamos em casa e Jeon ainda solicitou a ronda de alguns policiais durante uns dias, apenas para afugentar qualquer represália. Muitos jovens se acham no direito de humilhar os mais velhos, apenas se esquecem que em algum momento da vida eles também terão aquela idade. Simplesmente são crianças que não têm bons exemplos dentro de casa ou foram criado sem limites.

     De certa forma aquilo foi traumático para mim, foi a noite que Jungkook precisou me acalmar já que como estava bem sensível se tornou complicado aceitar aquilo. Agora estamos em frente ao seu pequeno e aconchegante restaurante, não é mais as margens do rio Han, mas ainda continua sendo um ambiente familiar agradável. Pude ver os olhos daquela senhora brilharem ao me ver ali e saber que havia até uma mesa reservada para nós foi a certeza de que ela nos esperava. Eu jamais perdoaria Jeon se ele tivesse se esquecido mesmo desta ocasião, é algo tão importante para ela que me fez sentir a mesma felicidade no rosto daquela ômega. Sua expressão amorosa me faz lembrar de minha avó Kim, por isso meu sinto mais acolhido.

     – Fico feliz em vê-los. – Disse ela totalmente animada.

     – Está tudo tão lindo, Ajumma. – Lhe abracei entregando em suas mãos o vaso com as flores. – Peguei, Jungkook e eu compramos para parabenizá-la pela inauguração.

     – Só de tê-los aqui já é um presente, querido. – Ela respondeu com sua forma educada. – Só por isso irei trazer uma porção caprichada de Kimbap para você.

     – Olha, Yujin já está rodopiando de alegria. – Disse arrancando risada de todos a mesa.

     Ficamos ali por cerca de duas horas, prestigiando a mais velha pela ótima inauguração e desejando sucesso para o novo negócio. Claro, Jungkook e eu somos seus clientes de carteirinha, ainda que só aparecemos por lá quando sobra tempo. No fim daquele jantar Myunghee seguiu com minha tia para outro passeio, desconfiamos que seja um hotel pela forma amorosa que estava se tratando. Pode não parecer, mas tia Yoo transformou a ômega em uma pervertida, ainda que ela insista em manter as aparências ao nosso lado. Eram pouco mais de nove da noite quando chegamos em frente a casa de Tae e Hoseok, por sinal tudo estava sob controle e parecia em paz.

     De fato a paz reinava naquele ambiente, Hobi tentava acalmar a pequena Hyesoo enquanto Tae cochilava no quarto. Segundo eles as primeiras semanas são o terror, desde noites perdidas de sono a sustos com as choradeiras sem limites. Percebo isso pela expressão cansada de Hoseok e já imagino Jungkook da mesma forma, sei que meu alfa ficará ainda pior já que terá a empresa e o nosso filho como preocupação. No entanto, nossa presença acabou despertando meu melhor amigo, o mais novo veio todo sonolento até a sala vestindo apenas um pijama. Primeiro cumprimentou o tio e depois que cumprimentou, é bem complicado raciocinar que agora temos um grau de parentesco, ainda que nos tratamos apenas como amigos.

     – Yujin não vai nascer mais? – Tae questionou ao me ver ainda com a barriga enorme, por sinal espantei ao perceber que seu corpo voltou ao normal em menos de um mês. – Quer saber, aproveitem enquanto vocês conseguem dormir.

     – Não deve ser tão ruim assim. Olha esse rostinho fofo. – Disse Jungkook balançando a sobrinha nos braços. – É tão fofinha.

     – Kookie Hyung, é choro para cólica, choro para fome, choro para manha e acredite, até choro para sono quando ela briga para não dormir. – Apenas ri diante daquela declaração, risada de desespero em saber que poucas semanas estarei vivendo a mesma coisa.

     – É junção de duas personalidades terríveis, o que esperava? – Falei conseguindo a atenção de todos.

     – Jimin, você sabe que seu filho é um ômega, certo? Pense no dobro da manha. – Tae me em encarou como se eu houvesse dito um absurdo. – E se tratando do seu filho, meu bem. Triplica essa manha.

     – Jungkook, eu vou te deixar órfão de sobrinho. – Taehyung apenas ria daquela pequena ameaça. – Ele está insultando o nosso anjinho.

     – Você chamou a personalidade de Hyesoo de terrível, Jimin. – Meu alfa fez questão de me lembrar. – A gente não explana a verdade, vida.

     – Os dois para fora da minha casa agora. – O mais novo pareceu bem irritado, ação clara de quem não dorme a dia. – Como pode? Recebemos vocês com tanto carinho e assim que retribui.

     – A babe Tae, você precisa baixar esse fogo. – Disse Hoseok na tentativa de acalmá-lo. – Só espere mais duas semanas, o médico vai te liberar.

     – Seis semanas sem sexo durante a recuperação? Isso é loucura. – Meu marido disse como se aquilo fosse um absurdo.

     – O que são quarenta dias perto dos dois meses que ficou sem me tocar? – Jungkook me encarou surpreso com minha lavação de roupa suja. – Que foi? Também tenho direito de protestar.

     – Ok, isso é sinal de que devemos ir para casa. – Meu marido entregou a pequena para Taehyung que apenas observava surpreso. – Vamos, Jeon Jimin.

     – Até qualquer dia, Tae. Espero que Yujin já tenha chegado ao mundo, está tão difícil aguentar. – Suspirei sentindo o peso da barriga. – Boa noite.

     – Boa sorte, Jiminnie. – Ouvi meu amigo dizer enquanto me via seguir o mais velho.

     Seguimos para casa em completo silêncio, não pela troca de provocações, mas porque definitivamente de uma hora para outra a dor nas costas começou a irradiar para minhas pernas. Quando chegamos em casa Jungkook me ajudou a descer do carro ao observar minha dificuldade, se mostrou preocupado e nem sequer me obrigou a tomar banho. Apenas levou até nosso quarto e me deixou sobre a cama, retirando meus sapatos para me deixar mais à vontade. Como sempre ele seguiu até o banheiro para se banhar antes de dormir, conseguia ouvir claramente o barulho do chuveiro e sua voz calma em mais uma das canções.

     Assim que a dor passou me levantei e fui caminhando até o quartinho de Yujin, havíamos projetos junto ao nosso arquiteto, mas cada detalhe fizemos com nossas próprias mãos. Desde a pintura até a colocação do papel de parede, passamos o fim de semana inteiro montando aquele cômodo. Me sentei na poltrona que Jungkook colocou ali para ficar mais fácil fazer nosso bebê dormir e alimentá-lo quando necessário, mas antes de me acomodar sentindo o cheirinho de talco pairando no ambiente liguei a caixinha de música para ficar ainda mais conectado aquelas sensações. Literalmente me emocionei na medida em que acariciava minha barriga, sentindo as lágrimas escorrerem pelas bochechas apenas por imaginar a sensação mágica que será o dia do nascimento.

     – Aqui está você. – Fui surpreendido pela voz calma do meu alfa. – O que está fazendo aqui, vida?

     – Esse lugar me acalma. – Respondi apenas sentindo meu corpo ser erguido antes dele se sentar e me colocar sobre seu colo. – Eu estava me sentindo ansioso e com algumas dores, decidi vir para cá.

     – Descanse um pouco. Acho que exagerei te levando para todos esses lugares. – Aconcheguei a cabeça entre seu ombro e seu pescoço. – Eu te amo tanto, Jimin.

     – Eu sei que ama. – Brinquei logo ouvindo sua risada. – Também amo você, alfa safado.

     – Sou o único safado nessa história, não é? – Entendi bem aquele tom acusatório. – Mas deixo claro que amo todas às vezes que me acorda de madrugada procurando sexo.

     – Hum... – Murmurei sentindo o sono tomando meus músculos aos poucos. – Jungkook, me leva para nosso quarto? Eu estou com sono.

     – Sim, vida. – Apenas enlacei os braços em torno de seu pescoço sentindo meu corpo ser erguido.

     Não vi mais nada nem senti meu corpo ser deixado sobre a cama. Apenas aquela música calma e o calor de meu marido foi o bastante para me fazer relaxar. Foi uma noite tranquila, principalmente pelo sonho incrível que tive com nosso bebê. É bom dormir e acordar tendo a certeza que estamos em paz, todos os pesadelos foram deixados no passado e nossa vida está na melhor fase. Está tudo pronto e todos na expectativa do nascimento de nosso pequeno guerreiro, Yujin passou a ser chamado por minha médica dessa forma após ela descobrir tudo o que vivemos nas mãos daquele maluco.

     Acordei pela manhã sentindo o corpo do meu alfa encaixado atrás do meu, até mesmo sua ereção matinal que ele sequer faz questão de esconder, aliás se tornou algo tão íntimo entre nós que momentos assim nem são constrangedores, se tornou um simples detalhe que meu marido resolve com banho frio. Para provocá-lo ainda mais, mesmo que isso não resulte em nada apenas costumo rebolar pressionando minhas nádegas ali. Lhe arranco suspiros e frustração, raramente termina em sexo já que Jeon se tornou cuidadoso demais com a questão da barriga. Há meses não reclamo, até porque não tenho energia e nem forças para aguentar seus ânimos, acabei aderindo sua abstinência de sexo por simplesmente me sentir desconfortável.

     – Bom dia, Jeon Jimin. – Ali estava seu tom de acusação misturado a voz rouca. – Sabia que quem provoca assim vai parar no inferno?

     – Fala como se não tivesse culpa. – Ouvi sua risada antes de sentir ele se afastar. – Onde está indo?

     – Para baixo do chuveiro ter um encontro romântico com minha mão direita. – Me fez rir imaginando a cena impagável.

     – Não se esqueça de imaginar minha boquinha que você tanto ama. – Gritei ouvindo um “Oh, céus!” deixar seus lábios.

     Sim, fiquei ali escutando seus gemidos como uma música maravilhosa, difícil é conseguir me controlar para não excitar diante de tudo aquilo. Sei que suas atividades se encerram quando o chuveiro é ligado, o que demorou menos desta vez. Jeon está tão sedento que seus limites nem demoram mais para serem alcançados, mas ele é orgulhoso ou sensato demais para me pedir ajuda. Acabei me levantando e seguindo até o banheiro apenas para escovar os dentes, lavar o rosto e aliviar minha bexiga. O deixei no cômodo terminando de lavar os cabelos e saí do quarto sendo atraído pelo aroma maravilhoso do café preparado por Myunghee.

     Como imaginei tia Yoo estava ali, mas não esperou que Jungkook saísse do banho. Apenas meu cumprimentou de beijou sua namorada antes de sair, está mais ocupada que nunca resolvendo os assuntos do restaurante que irá abrir futuramente. O lado positivo é que tenho Myunghee só para mim durante as manhãs, isso significa a vitamina de frutas incrível que somente ela sabe fazer, o que tem me feito ganhar peso nas últimas semanas. Desde que descobri a gestação ganhei no total de quinze quilos, o que a médica considera normal dentro dos limites. Ao menos reconheço que será fácil voltar ao peso normal tendo o acompanhamento da nutricionista e fazendo exercícios assim que for liberado.

     – Quer um pouco de vitamina, Jimin-ah? – A mais velha questionou já sabendo de minha resposta.

     – Por favor, noona. – Disse já atacando os biscoitos caseiros que ela colocou sobre a mesa. – Sabe se a veterinária ligou para buscarmos o Fofo? Sinto falta do meu bebêzão.

     – Sua tia vai pegá-lo mais tarde. – Fiquei aliviado ao saber que tia Yoo está ajudando agora que Jungkook anda um pouco desligado das coisas.

     – Jungkook anda tão atordoado com a empresa e o nascimento de Yujin que até se esquece das coisas. – A ômega sorriu diante do meu comentário.

     – Senhor Jeon sempre foi desligado, ainda me pergunto como ele não surtou. – Ela riu colocando o copo em minha frente. – Veja se está a seu gosto. Posso adicionar mais açúcar se quiser.

     – Não, assim está ótimo. Obrigado, Noona. – Agradeci apreciando o gosto incrível daquela bebida.

     Jungkook logo se juntou a nós dois, ou melhor, nós três. O alfa veio trazendo Sky no colo que literalmente rosnou ao seu aproximar de mim. Não sei o que houve com ela, mas desde que Yujin a chutou a felina se afastou de mim. Talvez seja uma fase já que ninguém consegue explicar tal comportamento, mas também não vou ficar estressando a pequena a forçando ficar ao meu lado. Meu marido se sentou a mesa para tomar café, no entanto, acabou se distraindo com as notícias do jornal que minha tia havia deixado sobre a mesa. Literalmente incorporou o comportamento do meu pai e meu avô, esquecendo do mundo a sua volta por conta daquelas letras impressas.

     – Hoje Yoo e eu iremos visitar o salão onde será aberto o restaurante, não poderei fazer o almoço, tudo bem? – Myunghee indagou como se tivesse a obrigação de nos alimentar, coisa que acabou faz tempo.

     – Noona, você não tem que nos dar satisfação. Quando lhe trouxemos para Seul nosso objetivo era retribuir tudo o que aturou de Jungkook durante anos. – Meu alfa até parou de dar atenção ao jornal ao me ouvir falando daquela forma. – Você está se formando em gastronomia, vai inaugurar o próprio restaurante, acho que nosso objetivo foi atingido. Estou orgulhoso de você.

     – Você é tão precioso, Jiminnie. – Disse ela completamente emocionada. – Só tenho a agradecer vocês dois. 

     – Agradeça fazendo sucesso naquele restaurante. – Dei a volta no balcão para abraçá-la. – Eu te amo, tia Myun.

     – É um prazer ocupar essa função em sua vida, pequeno. – Ela se emocionou assim como eu. – Sabe, eu jamais imaginei que minha vida fosse mudar assim. Sou muito grata a vocês.

     – Olha, vocês dois parem com isso. – Jungkook me fez rir com aquela voz de choro. – Eu não nasci para isso, ok?

     – A gente sabe que seu coração é de manteiga, patrão. – A mais velha comentou nos fazendo rir. De fato vivemos como uma família há pelo menos dois anos.

     Tomamos aquele café da manhã reforçado e assim que a mais velha terminou de limpar a cozinha saiu para encontrar minha tia a fim de irem até o tal salão. Jungkook e eu ficamos ali assistindo um programa qualquer na televisão enquanto tentávamos entrar em consenso quanto ao nosso almoço, a culinária tailandesa acabou vencendo. No entanto, ainda estava distante da hora desta refeição e acabamos nos distraindo com um filme. Na verdade eu me liguei ao filme enquanto o alfa voltava a infância fazendo desenhos imaginários em minha barriga, momento fofo que acabei registrando em vídeo nos minutos que tivemos intervalo entre uma parte e outra da exibição.

     Estava bem distraído com o filme quando senti uma pontada na barriga, mas não achei que fosse tão incômodo. Apenas deixei Jungkook deitado e fui até o banheiro para aliviar minha bexiga, foi quando passei tempo demais ali que percebi que algo estava errado. Então comecei a sentir dores mais fortes o que ocasionou uma respiração mais acelerada, pude ter a certeza de que Yujin está a caminho. Tentei caminhar tranquilamente, mas as pernas fraquejaram antes mesmo de chegar a porta. Foi quando a dor apertou ainda mais, como se algo estivesse pressionando minha área pélvica.

     – JEON JUNGKOOK! – Gritei ouvindo seus passos apressados pelo corredor.

     – O que houve? Você está bem? – Ele parecia procurar qualquer resquício de anormalidade.

     – Eu pareço bem para você? – Falei segurando minha barriga, como se aquilo fosse diminuir a maldita dor. – Juro que se eu sair vivo dessa você não vai meter outra criança em mim.

     – Do que você está falando, Jimin? – O mais velho ainda não havia se tocado do que estava acontecendo.

     – Vou precisar fazer pintura rupestre para você entender que estou parindo seu filho? – Seu olhar assustado ainda ficou vagando durante segunda entre meu rosto e minha barriga.

     – Ele vai nascer? Vai nascer tipo agora? – Não sei dizer se sua expressão era de surpresa ou simplesmente confuso, apenas queria matá-lo por conta daquela maldita dor.

     – Não, ele vai esperar o pai dele fazer cinquenta. – Ele nem sequer se deu conta da provocação. – Claro que é agora, anda logo!

     – E o que eu faço? – Todo enrolado ele tentou me guiar para dentro do quarto novamente.

     – Santo Cristo, eu devo ter pisoteado a cruz com salto quinze. – Tentei juntar forças para me comunicar de uma forma que ele me entenderia. – Meu amor, apenas pegue a bolsa e me leva para o hospital. Pelo bem dos seus possíveis futuros filhos.

     – Ah, o hospital. Claro, vamos. – Disse ele pegando minha bolsa e a do bebê antes de me levar até nosso carro.

     No caminho até o hospital ele avisou aos meus pais e ao meu sogro, Jungkook não conseguia esconder a felicidade com a chegada repentina do nosso bebê. Sem bem que a médica disse que poderia ocorrer nas próximas semanas, apenas não imaginei que fosse de imediato. Enfim, a equipe já nos esperava já que tive forças de ligar para a médica. Aquela maldita dor só passou quando me aplicaram a anestesia, mas só de pensar no processo cirúrgico me sentia com medo. No entanto, na medida em que eles me preparavam em uma sala meu marido se arrumava em outra, ele decidiu acompanhar o parto para me dar forças e um pouco de coragem. Quanto a vontade de matá-lo? Essa passou junto com a dor, porém, ainda tenho dúvidas sobre querer ou não futuros filhos.

     – Eu estou cheio de medo, Jungkook. – Falei assim que notei sua presença ao meu lado na sala de operações. – Se eu morrer...

     – Fica calado, bebê. – O mais velho pediu acariciando meu rosto.

     Ouvi quando a médica mencionou o início do procedimento, mas não senti absolutamente nada enquanto faziam tudo. Não sei como o corte foi feito, ou como tiraram o meu bebê. O tempo inteiro me vi distraído com meu marido cantando baixinho para me acalmar, passando cuidadosamente as pontas dos dedos em minhas bochechas e secando cada lágrimas que escorria por meu rosto. Mesmo de máscara o mais velho me dava alguns selinhos, mas o momento mágico aconteceu quando ouvimos o primeiro choro. Jungkook chorou, eu chorei, alguns enfermeiros também se emocionaram com aquela cena. Meu alfa até pode cortar o cordão umbilical deixando que um enfermeiro registrasse o momento em foto.

     No entanto, a cena que jamais irá sair de minha mente é quando Jungkook o trouxe em seu colo. Não se dizer quem chorava mais, meu marido ou nosso pequeno, mas Yujin se acalmou quando foi colocado próximo ao meu rosto. Pude beijar sua testinha antes de o levarem para os primeiros cuidados, Jeon voltou para me acompanhar até que os médicos me levaram para um quarto onde iria me recuperar da anestesia. O pequeno é realmente um anjo, suas bochechinhas cheinhas da mesma forma que foi possível observar na última ultrassonografia. Sei que enquanto me recupero meu alfa deve estar babando o filho, um alfa babão como Hyunjae disse. 

     Não sei dizer com exatidão quantas horas se passaram, acabei adormecendo enquanto o efeito do anestésico passava. Durante o sono voltei a ver Hyunjae, ele parecia feliz ao nos parabenizar pelo nascimento de Yujin. Então voltei a consciência e abri os olhos, já em uma sala diferente, o quarto que Jungkook reservou no hospital para que eu fique em observação longe dos demais pacientes. É realmente algo caro, mas que garante privacidade para recebermos nossas visitas. O que me surpreendeu foi o fato do local já está repleto de flores e balões, até mesmo alguns ursos para nosso pequeno.

     – Amor... – O chamei percebendo outra pessoa se aproximar. – Omma? Onde está meu marido?

     – Jungkook foi até a lanchonete comer alguma coisa, passou horas sem se alimentar. – Disse ela me acalmando. – Se sente bem?

     – Apenas algumas dores, mas acho que é normal. – A mais velha sorriu me ajudando a acomodar na maca. – Onde está meu bebê?

     – Ele ainda não foi trazido para o quarto. Geralmente eles esperam a recuperação do anestésico para trazer o bebê. – Senti uma carícia em minhas bochechas. – Ele é tão lindo, meu filho. Me lembra muito você quando nasceu, Jungkook não para de dizer o quão lindo é o filho.

     – Um alfa babão. – Sorri imaginando a cena.

     Agora sei que a presença de meu bebê é real, mal posso esperar para tê-lo em meus braços e poder mimar aquele serzinho que carreguei durante meses, nosso lindo anjinho.


Olá, Preguicinhas! 😊

O que acharam do capítulo?

Espero que tenham gostado. 😃

Deixem seu voto (⭐) e seu comentário (🗨); irão me incentivar muito com a opinião de vocês. 😉

Acompanhem minhas outras obras. 🙃

Beijos e até o próximo capítulo! 😘

AMO VOCÊS! 💜

타이스 ❤

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