O Pai da Minha Melhor Amiga

By fernandavs_

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Heather Carter tem 17 anos e recentemente terminou o relacionamento de 3 anos com Liam, pois, segundo ele não... More

PRÓLOGO
CONHECENDO A MINHA MELHOR AMIGA
DE TIO ELE NÃO TEM NADA!
SEJA BEM-VINDO DE VOLTA, MONUMENTO!
O PRIMEIRO ENCONTRO COM A EX PSICOPATA
MISSÃO: EVITAR E SER EVITADA PELO "TIO" O'DONNELL
O "MELHOR" PIOR LUGAR DA ARQUIBANCADA
CONFUSÃO E RISADAS NO JOGO DE BASEBALL
A VINGANÇA DE MAX
A HORA DA VERDADE
NOSSO SEGUNDO "ENCONTRO" - PARTE I
NOSSO SEGUNDO "ENCONTRO" - PARTE II
O PLANO DA CHLOE
A LUZ NO FIM DO TÚNEL
DESCOBRINDO O PODER SOBRE O ADAM
UMA NOITE PERFEITA - PARTE 1
UMA NOITE PERFEITA - PARTE 2
E OS PESADELOS SEMPRE VOLTAM
A FILHA DO TENENTE
A VIZINHA GOSTOSONA
A CHUVA, AS LÁGRIMAS E A COMPRESSA DE GELO
A VISITA SURPRESA
A ACUSAÇÃO E DESCOBRINDO UMA NOVA AMIGA
COLOCANDO UM FIM NO PASSADO
PLANEJANDO A FESTA DE ANIVERSÁRIO
LUTANDO BRAVAMENTE POR ELE
O GRANDE DIA - PARTE 1
O GRANDE DIA - PARTE 2 - OPERAÇÃO CUPIDO
O GRANDE DIA - PARTE 3 - A PROMESSA
ESPERANÇA PERDIDA E PLANOS FALHOS
UM ADEUS TEMPORÁRIO
SAUDADE E INTOLERÂNCIA SÃO PÉSSIMAS COMPANHEIRAS
DESCOBRINDO A VERDADE E ADMITINDO ERROS
ESPERANÇA RENOVADA
NA MIRA DA FAMÍLIA CARTER - PARTE 1
NA MIRA DA FAMÍLIA CARTER - PARTE 2
NA MIRA DA FAMÍLIA CARTER - PARTE 3
O RETORNO DA PAZ
CONHECENDO O SR. E A SRA. O'DONNELL
A CONVERSA FRANCA E O PEDIDO OFICIAL
HORA DE DORMIR
ENTRE OS LENÇÓIS
A FORMATURA E A FESTA DO "ATÉ LOGO" - PARTE 1
A FORMATURA E A FESTA DO "ATÉ LOGO" - PARTE 2 - O CLONE
A FORMATURA E A FESTA DO "ATÉ LOGO" - PARTE 3 - PERMANEÇAM SALVOS
DOLOROSA DESPEDIDA
A PROCURA DE LUCY
O CURSO À DISTÂNCIA
FELIZMENTE, O TEMPO PASSA
BRAVURA & HONRA
DECISÕES EXTREMAS
O RETORNO
SIM
COMO SE FOSSE A PRIMEIRA VEZ
DESPERTANDO PARA A VIDA
AMOR Á SEGUNDA VISTA
ANÚNCIO OFICIAL - PARTE 1
ANÚNCIO OFICIAL - PARTE 2
O PRIMEIRO NATAL
EPÍLOGO
CAPÍTULO BÔNUS: MINHA PRIMEIRA VEZ - PARTE 1
CAPÍTULO BÔNUS: MINHA PRIMEIRA VEZ - PARTE 2
CAPÍTULO BÔNUS: O LADO OBSCURO DO NATAL
CAPÍTULO BÔNUS: O HOMEM SEXY DA BIBLIOTECA
CAPÍTULO BÔNUS: O CASAMENTO
CAPÍTULO BÔNUS: DECLARANDO-SE CULPADA
CAPÍTULO BÔNUS: COISA DE ADULTO

O MELHOR DE MIM

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By fernandavs_

John Bates

A vida gosta de nos surpreender de várias formas e em momentos indesejáveis, mas colocar a atraente Helen Carter foi o grande ápice de todas as surpresas que ela, a vida, me presenteou. Ok, nunca fiz o tipo de homem que acredita em baboseiras de que uma pessoa já nasce destinada a outra e blá blá blá... Sempre acreditei na compatibilidade, atração e lealdade, só depois vem o amor com o ciúme bem atrás dele. Entretanto, quando pus os olhos na tia da namorada do tenente, esqueci completamente das crenças criadas pelo lado racional e deixei que os sentimentos aflorados tomassem conta do meu corpo, desejando que aquela mulher elegante fosse minha. Também fiquei assustado ao me sentir dessa maneira, além de pôr a culpa na quantidade exagerada de bebida alcoólica ingerida, tentei, de maneira muito frustrada, ignorar aqueles sentimentos até então desconhecidos. É claro que não consegui segurar a língua no momento em que Heather se juntou à nossa mesa na noite do seu aniversário.

Já senti tesão e desejo por muitas mulheres, assim como dormi com mais da metade. Era sempre aparência e não conteúdo. Muitas delas não entendiam nem mesmo os meus comentários ou piadas, fazendo assim da minha vida "amorosa" um terrível desastre e também inúmeros motivos de vergonha, afinal de contas, um homem decente não se mete entre as pernas de qualquer uma que aparece em sua frente. Eu não me senti íntegro o suficiente para a tia da Heather depois de lembrar de alguns rostos que conheci e as coisas que já fiz, porém, a adorável namorada do Adam elevou minha autoestima ao extremo. Ouvir dos lábios de uma garota tão extraordinária feito à Heather que ficaria feliz se eu fosse o cara bacana que sempre quis que a tia conhecesse, faz todo vilão se sentir um super-herói de uma hora para outra. Meu carinho por ela, que já havia me conquistado desde que se apresentou, aumentou no instante que praticamente empurrou a Helen para aceitar a minha carona no fim da festa.

Nos reunimos na varanda da casa da Heather perto das cinco da manhã, os demais convidados já tinham ido embora e os parentes da aniversariante haviam se recolhido, com exceção da Helen e a Grace. Era uma verdadeira comédia olhar para a expressão carrancuda do Adam tentando ignorar a filha trocando carinho com o novato, a irmã e o cunhado visivelmente satisfeitos após o sexo selvagem dentro do carro,e o ex namorado da sua garota espremido contra a prima da mesma, como se fossem um irritante casal apaixonado. Ele odeia ter que manter o relacionamento escondido, em especial porque nessas situações é obrigado a ficar longe e isso quase o mata.

Ainda bem que posso olhar, falar e se pudesse, tocaria a Helen sem receio algum de alguém olhar para o que estávamos fazendo. Mentira! Nunca me senti confortável com casais exibicionistas por natureza, sem estar sob efeito de bebidas alcoólicas e desde sempre jurei que não me tornaria um exibicionista nisso.

- Tem certeza que não quer passar a noite aqui, tia? - a voz suave e cheia de segundas intenções interrompeu meus pensamentos.

Pude sentir Helen ficar tensa ao se encostar no corrimão ao meu lado.

- Você sabe que também estou em Jacksonville a trabalho por alguns dias e o James vai querer ficar me vigiando o tempo todo, então me hospedar no hotel é a melhor opção.

Usei todo o meu autocontrole para não erguer o punho num gesto comemorativo e soltar um palavrão em voz alta, limitando-me a olhar para a garrafinha de água em minha mão, enquanto ouvia Heather "discretamente" facilitar as coisas pra mim.

- Com quem vai pegar carona até o hotel?

Quase joguei a garrafa d'água na cabeça do tenente ao vê-lo fazer menção de se oferecer ao ouvir a pergunta da namorada, no entanto a própria Heather o fez ficar quieto apenas com a troca de olhares ameaçadora. O que resultou no aumento da carranca do pobre homem.

- O papai me emprestou o carro. - Helen respondeu tentando colocar um fim no assunto.

A sua sobrinha não estava disposta a desistir tão rápida, replicando:

- É contra lei dirigir depois de ingerir bebida alcoólica ou se esqueceu disso?

Todos caíram na gargalhada, com exceção da bela mulher ao meu lado, que tinha cruzado os braços e travado o maxilar, demonstrando que não gostava nem um pouco da abordagem da sobrinha. Um sentimento de proteção atingiu meu corpo como um forte raio, permitindo sacrificar o tempo que poderia passar com ela durante uma carona e colocar sua vontade em primeiro lugar, que é ser deixada em paz. Sim, estava muito disposto a tentar algo em uma outra oportunidade.

- Se passássemos pelo teste do bafômetro agora... - Ruby tomou um gole de cerveja antes de completar - Estaríamos fodidos.

- Exceto a Grace, Heather e eu. - interveio Chloe, mas não continuou seu protesto ao receber uma cutucada nada discreta da melhor amiga.

Não havia conhecido esse lado determinado e mandão da garota do tenente, porém algo me dizia que ele vai adorar esse temperamento novo.

- Lido com leis há mais de 15 anos e sei todas de trás para a frente, então posso afirmar que estarei bem sozinha.

A resposta da tia da Heather saiu em um tom duro.

Ambas estavam mostrando-se bem duronas, não me dando dúvida de que em suas veias corria o mesmo sangue. Graças a essa semelhança, a situação parecia um campo de guerra cheio de trincheiras e eu me encontro no meio delas, não facilitando em nada a tarefa de tomar uma posição na linha do tiro. Vi a namorada do chefe revirar os olhos com impaciência antes de soltar sua última carta na manga, o que me deixou constrangido por completo.

- O único que se preocupou em manter-se hidratado durante a festa foi o John.

Neste instante, Zoe, que permaneceu tanto tempo quieta após a atividade física dentro do carro, resolveu se intrometer na conversa sendo mais indiscreta que a minha cupido.

- Tentando arranjar um casamento para os dois, Heather?

Não houve tempo para que ninguém esboçasse uma reação ou a mandasse calar a boca, pois em menos de um segundo, um dos alvos da conversa simplesmente deu um "tchauzinho" e um rápido boa noite, logo em seguida começou a se afastar de nós saindo da varanda. Voltei a minha atenção para os meus amigos, nos quais não morria de amores no momento e balancei a cabeça de um lado para o outro não acreditando na merda que acabaram de fazer. Destruíram todos os meus avanços conseguidos para conhecer um pouco mais da Helen.

Sem esperar qualquer pedido de desculpas, nem mesmo outro comentário da irmã do Adam, desci a escada da varanda em passos largos e deixei a garrafa de água vazia no fim do corrimão, tentando alcançá-la antes de entrar na Mercedes prata do seu pai. Ela, quando sentiu aproximação, não poupou o tom defensivo.

- O que quer? Se veio até aqui para insistir na carona...

Interrompi-a erguendo a mão e expliquei:

- Quero me desculpar pela indiscrição deles. - Apontei para os idiotas na varanda - Acho que ser brincalhão o tempo todo e fazer piada de tudo, acabou dando a impressão de que tinham permissão também de falarem sobre tudo.

Helen parece ter se acalmado e parou de procurar a chave do carro, me encarando de volta com firmeza.

- Não gosta de exibição?

Ri diante da sua pergunta.

- Admito que gosto de expor algumas coisas sobre os meus colegas, mas quando se trata dos aspectos mais sérios da minha vida prefiro evitar compartilhar.

- Histórico ruim? - mais uma vez ela optou por ser direta.

Sentindo-me mais relaxado, apoiei o quadril na lateral do carro e cruzei os braços junto ao peito, pensando um pouco mais antes de responder.

- Apenas não me orgulho dele.

Ela não se satisfez com a resposta um tanto quanto evasiva, porém por respeito, não insistiu ou exigiu mais detalhes, somente assentiu com compreensão.

- Todos temos um momento no qual não sentimos orgulho, então com certeza não está sozinho nessa.

Um silêncio constrangedor instalou-se entre nós, controlei-me para não pôr um sorriso estúpido no rosto, ao mesmo tempo em que ela olhava para os pés, fazendo o longo cabelo castanho esconder sua bela face. Helen Carter é dois anos mais velha do que eu, no entanto é mais atraente que muitas garotinhas que costumo encontrar aos montes nos bares de fuzileiros, além de ter o sorriso mais deslumbrante que já vi em todos os meus 30 anos. Caramba, eu seria a porra de um sortudo ao ter a oportunidade de conhecê-la melhor!

Morreria para ter a honra de olhar para seus olhos castanho-amendoados de perto, tocar seu cabelo castanho macio com discretas mechas mais claras, rodear o braço na sua cintura e repousar as mãos nos quadris sedutoramente largos ao mesmo tempo em que presenciava o seu rosto se inclinar para trás ao soltar uma deliciosa gargalhada. Morreria para ganhar um beijo dela.

O modo como a olho começou a incomodar, então Helen limpou a garganta e decidiu quebrar o silêncio, dizendo:

- Já está na minha hora. - estendeu a mão - Foi um prazer te conhecer, John Bates!

Reprimi um suspiro desanimado ao apertar sua mão.

-Foi um enorme prazer te conhecer, Helen Carter.

Afastou nossas mãos para pôr a chave na porta da Mercedes, tentando esconder o rosto corado e também se manter o mais distante possível de mim, nascendo uma vontade de explicar a decisão de segui-la até ali. Então, segurei a porta do carro, mais uma vez chamando a sua atenção e quando ergueu os belos olhos castanho-amendoados, escolhi tomar a postura do lado bom que sempre tive. Ser sincero até as últimas palavras.

- Tenho que confessar que não consegui tirar os olhos de você e pedi ajuda para a Heather para chamá-la a fazer parte do plano de vigiar a sala enquanto os pombinhos matavam um pouco da saudade. - esbocei um sorriso tímido - Juro que em nenhum momento planejei a ideia da conversa sobre a carona e muito mesmo que a fizessem se sentir pressionada. A única coisa que quis desde o início da festa é poder conhecer a mulher mais linda que os meus pobres olhos já avistaram e ser o homem mais decente do mundo pelas horas que estivesse em sua companhia.

Nem me dei o trabalho de pensar e beijei sua testa com carinho, antes de olhar em seus olhos ao sussurrar:

- Essa noite você fez o melhor de mim renascer depois de muito tempo. Sou muito grato por isso, Helen!

Sem esperar uma resposta e evitando ver sua expressão, dei as costas para ela sentindo uma sensação sufocante tomar conta do meu corpo nos dois primeiros passos e no terceiro, não sentia direito as minhas pernas. Afinal, elas queriam estar andando na direção contrária. Queriam estar se aproximando e não se afastando. Porra, toda a minha fodida alma desejava isso também. O meu pé esquerdo havia pousado na calçada do outro lado da rua quando a ouvi chamando por mim e sem pestanejar olhei em sua direção.

- Sim? - limitei-me a questionar.

De braços cruzados, com o rosto corado e mordendo o lábio inferior muito nervosa, indagou:

- Estava pensando se, bem, você poderia me dar uma carona?

Controlei uma gargalhada repleta de satisfação de topar com aquela incrível chance de deixar de ser um fodido e conhecer uma mulher de verdade, uma mulher que de fato valesse a pena. Pus a mão sob o peito e abaixei o tronco um pouco, numa reverência ao espremer todo o sentimento de felicidade em uma só resposta.

- Ficarei completamente feliz e honrado em lhe dar uma carona, madame!

Por breves segundos fechei os meus olhos e me deliciei com a risada mais sincera e contagiante do mundo. Eu sou um sortudo do caralho elevado ao quadrado.

Ainda me lembro das expressões assombradas dos meus amigos ao entregar a chave da Mercedes para a Heather, já que a Helen preferiu esperar ao lado picape e não encarar o bando de urubus loucos por um pedaço de carniça. Completamente preparado, ignorei os olhares curiosos enviados na minha direção e não fiquei surpreso de topar com o sorriso gentil da namorada do Adam ao desejar boa sorte, não exigindo detalhes como os demais. Se eles até então não haviam entendido, com certeza acabaram entendendo assim que comecei a assoviar ao descer da varanda mais uma vez e fui obrigado a rir ao ouvir as provocações que vieram a seguir. Meus amigos são uns verdadeiros filhos da mãe.

Era óbvio que em nenhum momento pensei no sexo e nem levei adiante os pensamentos indiscretos que surgiam ao vê-la mexer os quadris, assim como o jeito desafiador de me encarar. Sou um homem apaixonado por sexo, porém, sei a ocasião certa e com certeza não poderia ser justo aquela noite.

Durante o percurso até o hotel tentei manter os limites e as regras também em mente, a Helen destruiu com todo o esforço silencioso. Como? Me convidando para subir até ao seu quarto. E porque me senti frustrado? Não me restou forças pra dizer-lhe "não" ao maldito e tão maravilhoso convite.

Roguei por forças que não vieram, muito menos a sabedoria não voltou a reinar em meus pensamentos, a única coisa na qual conseguia me concentrar era o balanço dos quadris da mulher andando na minha frente. Eles continham um ritmo único e tentador, impedindo qualquer homem que honra o que tem entre suas pernas desviar o olhar por um segundo.

Senti meu rosto expressar constrangimento no momento em que ela olhou para trás e percebeu para onde de fato os meus olhos estavam e ao invés de me repreender como esperava, Helen Carter simplesmente lançou um desafio através da encarada que enviou. Enquanto ela continuava a caminhar para o quarto alugado, localizado no fim do corredor decorado com papéis de parede em tons pastéis e o chão com carpete vermelho, mordi a mão para tentar aliviar a onda de desejo que atravessou meu corpo.

Quase entrei em desespero ao ver novamente o olhar desafiador no seu rosto no instante que abriu a porta e fez um sinal para que o visitante entrasse primeiro, vulgo eu, o tarado filho da mãe.

- O quarto não é muito grande, mas aluguei-o justamente por ter uma cozinha espaçosa.. - comentou orgulhosa ao entrar e fechar a porta atrás de si.

Coloquei o paletó dobrado na poltrona de veludo negro ao lado da confortável e atraente cama, deixando meus olhos passear pelo cômodo. Em frente a cama havia uma televisão de 60 polegadas, ao lado da mesma tinha uma porta e que sem dúvida era o banheiro.

Do meu lado direito estava a cozinha e como ela dissera, era bastante espaçosa.

- Gosta de cozinhar? - me senti estúpido por perguntar o óbvio.

Helen passou por mim e sentou-se na beirada da cama para tirar os sapatos, abaixando o tronco ao fazê-lo. Caralho, pude ver com clareza a curva dos seios firmes!

- Uma paixão que herdei da minha mãe.

Ergueu o corpo e atravessou o cômodo, parando em frente ao balcão de mármore italiano, onde estava a cafeteira.

- Qual é a sua especialidade?

Virou-se para a minha direção e indicou a cadeira a sua frente antes de responder:

- Os meus assados sempre fazem sucesso na ceia de natal - me acomodei na que indicou - Com o relacionamento do seu amigo e da Heather, com certeza você vai ser um dos convidados de honra da ceia.

Franzi o cenho diante do tom receoso e não consegui reprimir a minha dúvida.

- Não gostou do Adam, Helen?

Admito que estava pronto para contar-lhe todos as qualidades e as coisas mais bacanas que o meu bom amigo fez, nem me importando se parecesse um verdadeiro puxa-saco.

Esperei que ela sentasse ao meu lado, logo depois respondeu à questão e isso gerou uma sensação de alívio, afinal, zerou as possibilidades de ser obrigado a defender o tenente.

- O problema não está no seu amigo e sim na Heather.

- Como? O que a Heather...

Ela me interrompeu para explicar sua preocupação.

- Minha sobrinha está completamente apaixonada por ele e assumindo esse sentimento, assim como o próprio relacionamento... - respirou fundo - Não tenho mais certeza se ela irá para uma boa faculdade.

- Porque pensa dessa maneira?

Um sorriso apareceu em seu rosto ao replicar:

- Diga-me você. - voltei a franzir o cenho confuso - Qual a primeira coisa na vida de um militar? A namorada ou a carreira?

Não era necessário responder ou tentar replicar, pois, só quem faz parte da vida de um militar sabe dizer como é viver entre a honra e a tristeza de ficar sempre em segundo lugar. Mudando de cidade em cidade a cada 2 ou 3 anos, sendo obrigado a se despedir de amigos nos quais criara laços e ver o seu marido (ou esposa) pouquíssimas vezes ao ano. É muito duro passar por tudo isso, principalmente se o seu ente querido voltar em um caixão.

Limpei a garganta em busca de fôlego para defender o meu casal predileto.

- A Heather é uma garota espetacular e vive surpreendendo a todos do esquadrão, então tenho certeza que os dois juntos acharão um jeito de resolverem essas questões.

Por qual razão não sei, mais o sorriso dela aumentou ao ouvir o meu apoio e quando abri a boca para lhe perguntar a razão daquilo, Helen ficou de pé após a cafeteira avisar com um "bip" que o café estava pronto. Observei-a caminhar com os pés descalços até o balcão e tirar do armário de cima duas canecas, preenchendo ambas com a bebida perfeita depois de uma festa agitada.

Seria estúpido dizer que era perfeito fazer isso com ela? Porque era fodidamente perfeito!

- Vamos deixar um pouco o assunto Heather e Adam de lado... - pegou as duas canecas e retornou para o seu lugar, colocando uma delas em minha frente - Agora é hora de falar sobre você.

- O que?

Por sorte eu não havia tomado nenhum gole da bebida, se não provavelmente teria cuspido tudo nela.

- Quero saber mais do fuzileiro que foi uma grande companhia esta noite e também não teve vergonha alguma de pôr os olhos no meu traseiro.

Foi impossível não soltar uma gargalhada e ali percebi que poderia ser eu mesmo com ela, sem receio de ser chamado de tolo no fim da conversa. Contei sobre as coisas tristes, engraçadas e perigosas da minha vida, sentindo uma imensa felicidade ao presenciá-la rir ou ficar tensa a cada minuto, agindo como se me conhecesse há anos. Helen se mostrou uma pessoa sincera, engraçada e extremamente corajosa, pois, o seu trabalho não é nem um pouco fácil. Assumo que fazia muito tempo em que não tocava no nome dos meus pais e nem lembrava o acidente que causou a morte de ambos, me tornando um garoto órfão de 14 anos. Também narrei toda a fase difícil de adaptação ao morar com a irmã da minha mãe e como fui tratado mal por parte do marido da mesma, entretanto ao longo dos anos ele fora se acostumando com a minha presença. Ficar anos sem visitá-los é o detalhe no qual não me orgulho e pretendo mudar essa situação na volta da próxima missão.

Nós não percebemos o tempo passar até que reparamos que a luz da manhã refletir entre as brechas da cortina de venezianas brancas e seguindo a regra de etiqueta, decidi que já tinha passado da hora de ir embora. Suspirando, fiquei de pé e caminhei até a poltrona para pegar o meu paletó, porém, fui impedido por sua mão segurando o meu braço com carinho. Olhei de modo curioso em sua direção e deparei-me com uma expressão nervosa, enquanto mordiscava o lábio inferior.

- Algum problema, Helen? - disse a única coisa que veio em minha mente.

Soltou um suspiro antes de responder, fazendo renascer o desejo dentro de mim.

- Fique mais um pouco, John.

Tive que controlar as mãos, já que estavam loucas para segurar os quadris e puxá-la para mais perto, para que pudesse ouvir sua voz com muita clareza. Entretanto eu queria saber exatamente o que pedia, para então pôr o desejo no controle.

- O que exatamente está me pedindo?

A minha voz saiu em um tom baixo e rouco, demonstrando que faltava um fio se romper e eu iria para ela. Foda-se tudo e toda a merda de controle que pratiquei essa madrugada, estava mais que evidente, quero a Helen Carter.

- Tudo em você emana problema, no qual eu não posso ter no momento, porém é a primeira vez que me deparo com um problema que mais aparenta uma solução. - sussurrou corando - Conheci alguns homens, John, mas nenhum como você.

Ri alto diante da última parte da sua declaração e sem vergonha alguma, a puxei pela cintura lentamente até que encostasse seu corpo no meu. Curvei-me para deixar nossas bocas a centímetros uma da outra e sorri de modo provocativo.

- E isso é bom? Quer dizer, eu ainda sou um fuzileiro e não um advogado.

- Oh querido, você não gostaria de ser os almofadinhas que trabalham na minha área.

Pôs suas mãos em meus ombros e roçou os lábios em meu queixo, arfei contra seu rosto.

- Me conte então quem gostaria que eu fosse. - pedi.

Segurou minha nuca arrastando as unhas no local e deslizando até o couro cabeludo, gerando tantas sensações até então desconhecidas. No entanto, nada se compara quando ela me encarou com intensidade e disse a coisa mais bonita que alguém poderia dizer.

- Quero que seja o fuzileiro John Bates, o homem com um senso de humor incrível e a pessoa mais transparente que conheci, além de não ter vergonha nenhuma de ficar olhando para o meu traseiro. - roubou um rápido selinho - Fica comigo, fuzileiro.

- Seu desejo é uma ordem, madame.

Acabei com a distância entre as nossas bocas, gemendo ao provar pela primeira vez o sabor dos seus deliciosos lábios e a extraordinária sensação que era ter seus braços em torno dos meus ombros enquanto retribuía ao beijo. Levei uma das mãos até as nádegas dela e apertei-as, ouvindo o seu gemido baixo. Talvez não fosse o certo de acontecer no "primeiro encontro", contudo, ambos não estavam em condições de decidir o que é certo ou errado, apenas nos entregamos um ao outro esta manhã.

Lembrar do primeiro dia em que dormi com ela ainda causa uma visível e poderosa ereção, que só a própria Helen consegue lidar. Sim, é exatamente isso. Aquela mulher tão elegante e corajosa tinha o seu lado pervertido, fazendo de mim um homem extremamente feliz por ser a cobaia de todas as suas fantasias sexuais. Devo agradecer todos os dias pelos filhos da mãe que namoraram e não foram machos o suficiente para confiar no grande potencial que ela tem, além da aparência deslumbrante. Tive uma crise de raiva ao saber de como foi tratada pelo ex namorado, que disse que não aguentava mais ter que dormir com uma mulher frígida mais uma vez. O único modo para uma declaração dessa fazer sentido é a que a palavra frígida só pode ter mudado de significado e passou a descrever alguém tão insaciável que uma noite não é suficiente. Já falei que sou um sortudo do caralho elevado ao quadrado?!

Helen resolveu estender sua permanência por mais uma semana, por dois motivos e o primeiro deles é que ainda não havia terminado de sondar a vida de um acusado, o segundo era por causa de um cara extremamente engraçado chamado John Bates. Assim pude vê-la todas as noites, alternando entre ir jantar, assistir um filme ou apenas ficamos na cama conversando bobagens. Óbvio que sou o mestre neste quesito.

Ela gosta das besteiras que digo e isso é um alivio.

Hoje combinamos de nos encontrar no restaurante em frente ao prédio temporário dela e olhando para o relógio mais uma vez, praguejei por estar 20 minutos atrasado. Mesmo sabendo que não receberia um xingamento, ainda assim não gostava de chegar atrasado e isso fez com que soltasse uma porção de palavrões enquanto pisava no acelerador da picape. Grande dia para o tenente querer arrancar nosso couro!

E de fato era um grande dia para ele, afinal, não é todos dias que se conta para a filha que está apaixonado pela melhor amiga dela, o que ainda assim não é motivo para descontar no esquadrão. Nos obrigar a passar a maior parte do dia se arrastando da lama é foda.

Soltei um suspiro aliviado ao avistar o restaurante, conhecido por ser o mais antigo e tradicional da cidade, já sabendo onde estacionarei a picape. Num gesto nervoso, comecei tamborilar os dedos no volante ao esperar um homem tirar seu Honda amarelo da vaga e quando finalmente o péssimo motorista saiu, coloquei a picape no local sem dificuldade alguma. Antes de me afastar do carro, ainda olhei mais uma vez o reflexo no vidro para ter certeza se não havia esquecido nada e assim que cada peça foi checada, caminhei em direção para a porta dupla do estabelecimento.

Logo após a porta, o maître estava posicionado atrás da sua mesinha e confesso que comparado com a roupa que o senhor vestia, as minhas roupas eram verdadeiros trapos. Resolvi ignorar o pensamento e apenas falei o nome da bela dama que me esperava, então o homem bem vestido simplesmente pediu gentilmente para segui-lo. Um sorriso discreto apareceu em meu rosto enquanto o seguia, percebendo que algumas pessoas olhavam para o homem bruto que acabara de entrar, vulgo eu mesmo, com o hematoma acima da sobrancelha chamando um pouco de atenção no ambiente tão alinhado.

O clima mudou no momento em que entramos na área privada, onde Helen estava, logo que percebi que não estava sozinha e muito menos feliz, aparentemente estava discutindo com um homem vestindo um terno de grife.

- Tudo bem, posso ir sozinho daqui. - falei para o maître, dando uma indireta pra que caísse fora.

Assim que tomou o rumo de volta para a recepção, me aproximei fechando as mãos em punho e travando a mandíbula, tentando ouvir do que se trata a discussão.

- Você está jogando a porra de um jogo sujo e todos sabem que o seu objetivo é de acabar com a minha carreira! - o filho da puta apontou o dedo indicador em frente ao rosto da minha mulher - É melhor saber exatamente com quem está se metendo ou...

Helen não deixou o almofadinha continuar com a ameaça.

- Ou o que, Edward? Vai tentar acabar com a minha reputação? Não sou eu quem construiu a carreira em cima de mentiras.

- Quem é você para falar de mim, Helen Carter? - seu tom era zombador - A única coisa pela qual as pessoas lembram de você é do caso que teve com o policial baleado pelo meu cliente.

Entretanto o tom irônico que a minha garota usou foi melhor ainda.

- Sou a Helen Carter, a mulher que está tirando o seu posto de "fodão" perante ao juiz e todas as pessoas que assistem a todo espetáculo que costumava ser seu.

- Vai te fo...

Chegara a hora de interromper o infeliz antes que eu socasse a sua cara de covarde e quebrasse uma das mesas ao jogar o corpo do desgraçado contra ela, então simplesmente limpei a garganta ao me posicionar ao lado da Helen. Beijei seus lábios rapidamente enquanto enlaçava sua cintura e voltei-me para o babaca, perguntando:

- Algum problema?

Ele fez uma análise rápida dos pés à cabeça e ergueu as sobrancelhas, no entanto foi a Helen quem respondeu.

- O Sr. Johnson apenas veio expressar seu descontentamento depois de saber que continuo fazendo meu trabalho de modo honesto e detalhado. - recebi um beijo carinhoso no rosto - Colocou gelo nesse hematoma, querido?

Limitei-me a assentir e manter os olhos no Sr. Edward "Almofadinha" Johnson, que arquitetava um modo de atacar mais uma vez. Um silêncio se instalou nos instantes antecedentes a provocação na qual trabalhou. Devo evidenciar que foi decepcionante, afinal, ele não tinha nada para contra-atacar.

- Arrumou um homem para aliviar sua tensão todas as noites?

Pela visão panorâmica vi Helen abrir a boca para retrucar, porém acabei sendo mais rápido.

- Eu sou o namorado dela e vou lutar para ser o marido muito antes que pensa, além de ser o homem que adoraria atirar em qualquer filho da puta que a ameace. - a resposta o fez estremecer.

- John...

- Pelo linguajar chulo, arrisco o palpite de que seja um caipira, mecânico ou um drogado que nem chegou a completar o ensino médio.

Dei um passo em sua direção sentindo o braço da Helen apertando a minha cintura.

- Sou um fuzileiro naval.

- Isso explica ter muitos músculos e pouco cérebro.

Outro passo e dessa vez vi seu cenho ficar franzido ao mesmo tempo que se afastava.

- É o que todo almofadinha, corrupto fala do meu trabalho, mas nunca vi nenhum de vocês serem homens o suficiente para se alistarem e viverem no inferno por mais de 6 meses. - sorri de modo irônico - Você faz o estilo de "mexer os pauzinhos" nos bastidores e nunca dar a cara pra bater, mostrando que no fundo é um covarde.

Deixando Helen me puxar, escutei-a mandá-lo embora e não era necessário olhar, pois, pude ouvir os passos pesados dos seus sapatos de grife italiana se afastando.

Fiquei alguns minutos respirando fundo, sentindo delicadas mãos acariciarem ao longo das minhas costas e o gesto trouxe a calmaria que precisava no momento. Ou seria capaz de seguir o filho da puta até o hotel onde está hospedado e fazer uma bela obra-de-arte em seu rosto com os punhos, nem me importando se interferisse no trabalho. Mesmo a Helen odiando o colega, não iria gostar de ver-me em problemas e é justamente por causa dela que não fui para cima do desgraçado.

- Como se sente, John? - acariciou meu rosto - Está mais calmo?

Balancei a cabeça afirmando e em seguida a puxei pela nuca, dando-lhe um beijo intenso.

- Agora estou bem.

Sorrindo com tranquilidade, nos guiou até a mesa e sentou bem a minha frente, ignorando todo o clima tenso de minutos atrás ao mudar de assunto. Queria saber como arrumei o hematoma e é claro que lhe expliquei com detalhes sobre o treinamento infernal do dia. Era ótimo conversar com ela, transmitia tanta confiança e sempre comentava de forma inteligente, jamais dizendo algo sem nexo. Tão inteligente que parecia saber mais do meu trabalho que eu. Até as suas piadas passaram a ser melhores que as minhas. Como eu me sinto diante dessa característica tão forte dela? Orgulhoso pra cacete.

Se já estou apaixonado por ela? Isso já está mais que evidente.

E se Helen já percebeu? Disso tenho a mais absoluta certeza!

O mais incrível é o fato dela permanecer ao meu lado depois de dar-se conta do quão envolvido estou e talvez o motivo pelo qual ainda permanece, é que se sinta da mesma maneira. Pelo menos é para essa hipótese que torço.

- Vai lutar para ser o meu marido, Sr. Bates?

Pus os cotovelos sobre a mesa com o intuito de curvar meu tronco para frente e assim ficar mais perto dela, esbonçando um sorriso preguiçoso.

- É apenas uma ideia que pode se tornar realidade, basta você dizer sim.

Helen também se debruçara em minha direção e jogou um olhar desafiador, fazendo o meu membro começar a dar sinal de vida.

- Não costumo fugir de um desafio. - Levei uma mão até a sua e entrelacei-as em seguida.

- Muito menos eu, Helen!

Vi-a morder o lábio inferior e seu rosto corar.

- John, eu...

Antes que pudesse continuar, e caramba, como eu gostaria de escutar o restante da frase, o seu celular começou a tocar dentro da bolsa. Com o intuito de desligar o aparelho, ela tirou-o da bolsa e presenciei sua expressão mudar assim que pôs os olhos no nome de identificação, atendendo a chamada logo em seguida. Quando o nome da Heather saiu dos seus lábios, também entrei em estado de alerta, assim como o sexto sentido dizia que algo ia errado e já me sentia disposto a ajudar a minha cupido. Nem que fosse para acobertar uma fuga dela e o Adam para Las Vegas.

- Fale com calma, Heather. - pediu Helen em um tom manso - Oh querida, sinto muito! (Pausa) Pode pedir que quiser! (Pausa) Eu não acho que se esconder é uma boa ideia. (Pausa) Tem certeza? (Suspiro longo e desanimado) Já estou indo te buscar, ok? (Pausa) Eu também te amo e peço que tenha fé de que tudo vai acabar bem.

Não consegui reprimir a preocupação depois que finalizou a ligação.

- O que diabos aconteceu?

Havia um misto de preocupação e tristeza em seus olhos castanhos ao responder:

- Chloe descobriu sobre o relacionamento dos dois e foi atrás da Heather para tirar satisfação, além de exigir que ficasse longe deles.

- Oh merda!

Ela ergueu o corpo ajeitando a alça da bolsa no ombro.

- Me perdoa por ter que deixá-lo sozinho esta noite, mas a Heather está precisando de mim e acho uma boa ideia trazê-la para dormir no hotel comigo. - suspirou - Não fique chateado, por...

A interrompi ficando de pé, tirei a carteira da bolsa da calça jeans e joguei alguns dólares na mesa, sendo observado por um par de olhos lindos.

- Vou com você. - ao notar que não era um pedido, sorriu.

- Por que?

Me posicionei ao seu lado, entrelaçando nossos dedos e comecei a puxá-la em direção a entrada/saída do restaurante, mais uma vez sendo analisando pelos outros clientes.

- Eu amo aquela garota e quero fazer tudo que tiver ao meu alcance para ajudá-la, principalmente depois de ter me apresentado você. - sorri ao vê-la levar as nossas mãos até os lábios e as beijar.

- Também sou grata por ela ter te colocado em minha vida, John.

Era a segunda coisa mais bonita que alguém me disse durante toda a minha vida e agora mais do que nunca tinha uma missão a cumprir. Tenho que ajudar a garota do tenente!

Olá leitores! Tudo bem?

Vocês sofreram um 'bucadin' com a minha ausência na última semana, então resolvi aparecer por aqui de novo com mais um capítulo. <3

Hoje conhecemos um pouco do nosso pé de valsa, o palhaço da turma, que se mostrou um lado bem reservado e bem protetor em relação a Helen. Eu amei esse lado adulto dele e acho que os dois combinam demais. <3 <3 <3

E aí, gostaram? Ansiosos para saber como está a situação da Heather e do Adam?

ME CONTEMMM! <3

Beeeeeijos

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