Love Again ♥ JIKOOK ABO

By Sweet_Kpopper

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Após perder seu grande amor para um acidente trágico, o alfa Jungkook jurou nunca mais amar ninguém. Bom... More

♥ PROLOGUE ♥
♥ 01 || Chains of the Past ♥
♥ 02 || Mystery behind the truth ♥
♥ 03 || Business ♥
♥ 04 || Parts of the destination ♥
♥ 05 || War Of Feelings ♥
♥ 06 || Scare ♥
♥ 07 || New Promise ♥
♥ 08 || Destiny is by my side ♥
♥ 09 || Sorry, My babe! ♥
♥ 10 || I Want You ♥
♥ 11 || You Are Mine ♥
♥ 12 || Best Moments ♥
♥ 14 || Learning to live together ♥
♥ 15 || Intensity ♥
♥ 16 || The past back ♥
♥ 17 || My Little Sly ♥
♥ 18 || Completely Insane ♥
♥ 19 || In My Defense ♥
♥ 20 || Danger! Double Protection ♥
♥ 21 || Yes! He's My Alpha ♥
♥ 22 || My Lovely Omega ♥
♥ 23 || Therapy ♥
♥ 24 || The Reality Of A Dream ♥
♥ 25 || My Soothing ♥
♥ 26 || Protected In His Arms ♥
♥ 27 || Yes! I'm Jealous ♥
♥ 28 || Hot Night, My Love! ♥
♥ 29 || Poison In Words ♥
♥ 30 || Wounds Of The Soul ♥
♥ 31 || My Protector Angel ♥
♥ 32 || Our Refuge ♥
♥ 33 || Living in Paris ♥
♥ 34 || Unforgettable ♥
♥ 35 || Love In Every Way ♥
♥ 36 || My Shields ♥
♥ 37 || A Little More Love ♥
♥ 38 || Our Private Paradise ♥
♥ 39 || A Little Peace ♥
♥ 40 || Consequences Of Disobedience ♥
♥ 41 || Bad Day ♥
♥ 42 || Plans Discovered ♥
♥ 43 || Day Of Surprises ♥
♥ 44 || Commitments ♥
♥ 45 || Night Of Celebration ♥
♥ 46 || Confusion Of An Angel ♥
♥ 47 || Welcome, Little Sister! ♥
♥ 48 - Busy Life ♥
♥ 49 || Unpredicted ♥
♥ 50 || Allies Or Enemies ♥
♥ 51 || Innocent ♥
♥ 52 || Yes! I Marry U! ♥
♥ 53 || Emotion Day ♥
♥ 54 || New Routine ♥
♥ 55 || Affection That Soothes ♥
♥ 56 || Beautiful Discovery ♥
♥ 57 || Great Day ♥
♥ 58 || Honeymoon ♥
♥ 59 || Our Peace ♥
♥ 60 || Our Eternity ♥
♥ 61 || Real Threat ♥
♥ 62 || Paternal Instinct ♥
♥ 63 || Always By Your Side ♥
♥ 64 || Tears Of Happiness ♥
♥ 65 || Routine Cute ♥
♥ 66 || Last Moments ♥
♥ 67 || Our Family ♥
♥ 68 || Little Jeon ♥
♥ 69 || The Future I Wished ♥
♥ 70 || Stronghold Of Peace ♥
♥ EPILOGUE ♥
♥ Bônus I - Complete Happiness ♥
♥ Bônus II - Love Moments ♥
♥ Bônus III - Happy Forever ♥
♥ EXTRA ♥
♥ EXTRA² ♥

♥ 13 || I Need U ♥

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By Sweet_Kpopper

Boa Leitura!

“A felicidade precisa de ser interrompida para ser sentida.”Provérbio Português

Jungkook P.O.V's

     Às vezes acredito que o destino é um mero filho da puta, ou que apenas sou um maldito azarento. Eram para ser dias felizes, mas sinto como se Jimin estivesse morto. Ah, não imagine besteira, não brigamos ou ao demos fim ao namoro, eu seria um idiota se fizesse tal coisa, nosso amor simplesmente tem um carrasco, descobri da pior forma possível, que ele não estava brincando quando dizia que seu pai iria nos afastar. Fui tudo tão de repente, já havia uma semana que estava em minha fazenda, quando Yoongi apareceu pela manhã, sem aviso prévio, menos ainda paciência, o alfa o arrancou dos meus braços. Ver o pequeno chorando, seu corpo trêmulo sendo aparado por sua mãe, foi como uma facada em meu peito.

     Senhora Min pediu inúmeras desculpas, disse que tudo aquilo era culpa dela, que no meio de uma distração, deixou que o marido ouvisse sua conversa com a sogra. A ômega tentou, gritou pela felicidade de seu filho como uma leoa, mas se viu em um dilema, se continuasse contra o marido perderia seu casamento, não foi desta vez que seu controle surtiu efeito sobre ele, e sendo sincero, se não fosse por meu irmão, teríamos rolado no chão da sala de estar, nos machucado feio, porque simplesmente não estou disposto a perder mais ninguém. Agora que reencontrei em Jimin o significado de amar outra vez, não estou disposto a voltar para a vida solitária.

     -Jungkook, você vai ficar aqui? Preciso voltar para Seul, e vou levar Taehyung comigo. -Ouvi Namjoon dizer, parado na porta do escritório como uma estátua, medindo as palavras para não me afetar ainda mais.

     -Não finja que se importa comigo, nesse momento você deve estar soltando fogos de alegria, hyung! Não queria me ver longe do garoto? -Em meio as lágrimas, atirei com tudo a garrafa de Whisky contra um quadro na parede. -Parabéns, conseguiram me jogar na merda mais um vez.

     -Meus conselhos eram para evitar isso, Jungkook! Conheço Yoongi há mais tempo que você, sei do que ele é capaz para proteger o filho... -Ele continuou, suas palavras apenas me causavam mais ira.

     -Ele é o pai de Jimin, não o dono dele. -Gritei mais alto, arrastando minhas mãos sobre a mesa, atirando todos os objetivos no chão. -Viu como ele o tirou dos meus braços. Me diz, hyung! Que mal eu fiz para aquele ômega? Ensina-lo a amar? Tirar seus medos? Vou ser condenado por isso?

     -Não veja dessa forma, meu irmão. -O mais velho disse, mantendo distância por conta de meu surto repentino.

     -É pecado amar uma pessoa agora? Por que se for, eu não quero viver. -Parei ofegante, apoiando meu corpo na beirada da mesa. -Não dá para viver na droga de um mundo, onde todos que amo são arrancados dessa forma.

     -O que vai fazer com esse punhal, Jungkook? -Nada passava por minha cabeça, nada além da morte de Hyunjae e as lágrimas de Jimin. -Me dê isso aqui?

     Mirei a arma no meio do peito, e teria afundado com tudo ali, se meu irmão não fosse mais rápido, me jogando no chão. Também se deve créditos ao fato de eu estar embriagado, reflexos lentos e mente quase vazia. A única coisa que pude fazer ao sentir meu corpo imobilizado no chão foi chorar, deixar toda a dor ir embora, permitir que meus sentimentos falassem por mim, que alguém se compadecesse e me dissesse o motivo de me arrancarem desta forma, todos que amei mais que a mim mesmo. Primeiro Hyunjae, no maldito acidente de carro, cinco anos depois minha mãe, câncer em uma região delicada do cérebro, e agora Jimin, não está morto, mas nem sei se o verei novamente.

     -Taehyung! Me ajuda aqui? -Ouvi Namjoon gritando, enquanto me levantava do chão frio, colocando meu corpo sobre o sofá de couro. 

     -Me chamou, app... Tio Kookie! Appa, isso no peito dele é sangue? -Ouvi o desespero de meu sobrinho, e aquilo fez minhas lágrimas aumentarem.

     -Não é nada grave. Peça senhorita Kun para trazer uma faixa, vou fechar isso para levarmos ele até o hospital. -Tentei debater, nunca fui fã de hospitais, e ficar de molho em um deles, nem deveria ser considerado hipótese. -Não se mexa muito, é apenas um corte, você vai ficar bem.

     -Peça desculpas ao meu sobrinho! Eu não quis fazê-lo chorar. -Me referi ao momento de segundos atrás. -O que há de errado comigo, hyung? Por que eu não posso ser feliz?

     -Você pode, irmão. Vamos dar um jeito nisso, tudo bem? -A voz de Namjoon falou, como se ele estivesse carregando uma parcela de culpa. -Me perdoa por ter duvidado de seus sentimentos em relação ao Jimin.

     -Tudo bem. Estou acostumado a ser subestimado por você. -Sorri, sentido o mais velho movendo meu corpo para enrolar de forma precária aquela faixa.

     -Taehyung, pegue os documentos do seu tio, vou te esperar no carro. -Ouvi Namjoon dizer, enquanto meu corpo sofria com o sono provocando pelo maldito álcool.

     Durante todo trajeto até Seul, ao qual mesmo com a estrada coberta de neve Namjoon acelerou um pouco mais o carro, fui o tempo inteiro deitado no banco traseiro, com a cabeça no colo de meu sobrinho, que em meio a lágrimas pedia para algum ser celestial me deixar bem, e proteger seu melhor amigo, ao menos alguém tem fé em nossa família. Depois que o efeito do álcool foi sumindo, passo a sentir um pouco da ardência em meu peito, mas se o punhal não chegou a penetrar meu corpo, por que estou sendo levado ao hospital? Que seja, não tenho forças para reagir, exausto fisicamente e emocionalmente, quase um trapo humano.

     -Use o colar, Tae! Ele vai te fazer ficar mais perto do seu amigo. -Levei uma das mãos ao pingente, o mesmo que fiquei minutos esperando os nomes serem gravados.

     -Eu estou com medo, Hyung! E se senhor Min não me deixar vê-lo mais? -O ômega chorou, na certa sentindo a dor de ter seu amigo afastado de si. -Jiminnie é tão frágil, tenho medo do que possa acontecer com ele.

     -Não vai acontecer nada, hum... -Queria ser sincero, mas a voz trêmula denunciou meu medo. -Meu bebê é forte, já passou por muita coisa, ele vai passar por essa também.

     -Espero que sim, Kookie hyung. -Ouvi ele suspirar, enquanto encarava a janela do carro.

     Quando cheguei ao hospital, fui levado direto para a emergência. Ouvi Namjoon dizer aos médicos sobre meu teor alcoólico, mas era algo definitivamente desnecessário já que ele sentiriam o cheiro do Whisky. Pensei seriamente em seguir o carro de Yoongi, mas seria pior, meu descontrole poderia causar uma tragédia maior, e matar pessoas é a última coisa que preciso no momento. Me aplicaram algo direto na corrente sanguínea, e aquilo foi o suficiente para me fazer adormecer, não dando espaço nem à imagem de meu garoto em minha mente.

[...]

     Despertei em um local de baixa iluminação, apenas um abajur fraco indicava que não me encontrava mais em ambiente hospitalar. Observei cada canto daquele cômodo, constatando que estava na casa de meu pai, no quarto que me pertence desse a adolescência. Tive um pouco de dificuldades para erguer o corpo, muitas dores musculares por conta dos últimos acontecimentos. Me recordo bem, apesar de estar muito alterado, sei que deixei meu escritório inteiramente destruído, que atirei a garrafa de Whisky contra um quadro que paguei mais de um milhão em um leilão de arte. Prejuízos que não me doem na mesma intensidade que a ausência do meu pequeno ômega.

     Como Jimin está agora? Será que tem se alimentado direito? Seus pesadelos possivelmente voltaram, e não estou lá para abraçá-lo. Ah, meu pequeno, lamento tanto pela vida nos odiar tanto. Sinto muito por não estar ao seu lado, por não conseguir cuidar de você ou impedir que o frio toque sua pele. Eu sei que prometi a felicidade, mas aos poucos a vida me vence, me afasta, me faz entender que talvez seja o certo ficar para sempre sozinho. Mas eu não quero, não posso te deixar assim, meu bebê. Angústia sufocante, que me tira as ideias de tentar fazer algo, de pés e mãos atados, impedido de agir.

     Levantei da cama com certe dificuldade, sentindo o peito latejar, e a cabeça a ponto de explodir pelos reflexos da embriaguez e os excessos de medicação. Em frente ao espelho do banheiro, removi o pequeno curativo de meu peitoral, conseguindo enxergar a pequena ferida suturada ali, por sorte uma ferida parcial, cerca de cinco pontos foram necessários, mas se estou em casa significa que não é tão grave. Tomei um banho frio, apesar do inverno a água nessa temperatura me acalma um pouco. Com a testa apoiada no box de vidro, coloquei a mente para trabalhar, o que eu devo fazer para mudar esse roteiro dramático que se tronou esse terror que chamo de vida.

     Está na hora de ser o homem experiente, Jungkook! Não o jovem deslumbrado com a vida.

     Novamente em frente ao espelho, usei algumas coisas da maleta de primeiros socorros para refazer o curativo, só então escovei meus dentes e arrumei o cabelo. Segui de volta ao quarto, procurando algo mais formal em meio as roupas do closet, absolutamente todos os ternos ficaram na fazenda, me restando apenas as roupas informais e esportivas que costumava usar no auge dos meus vinte e poucos anos. Por sorte, tudo ainda serve, meu corpo não sofreu muitas alterações físicas desde então, algo que devo agradecer à uma alimentação pouco balanceada, mas que é recompensada nas diversas horas em treinos de hipismo e luta nas horas vagas.

     Optei por roupas neutras, respeitando o ambiente para qual pretendo me direcionar. Uma calça preta, uma blusa branca e a jaqueta de couro, nos pés um par de sapatos sociais. Suspirei tentando procurar meu celular, o encontrei sobre o criado mudo, várias ligações e mensagens, nem se quer uma dele. Tentei ligar para seu número, e caiu direto na caixa de mensagens. Pela data e hora do meu aparelho, estávamos há mais de dois dias separados um do outro, ainda não o marquei, mas sinto como se compartilhássemos a mesma intensidade de dor naquele momento.

     -Estou indo, meu pequeno! -Sussurrei, encarando sua foto que estava no protetor de tela do meu aparelho, tirada no memento em que ele dormia.

     Jimin é definitivamente um anjo, uma criatura divina que foi lançada no mundo com um objetivo importante, mas por enquanto apenas sofre com a crueldade humana. Com o que tenho em mente, preciso de um carro para ir até o grupo Min's, vou conversar com Yoongi, agora que se passaram mais de vinte e quatro horas, tentar explicar meu lado e lhe abrir os olhos, essa atitude babaca é quem está acabando aos poucos com a vida de seu único filho. Do que adianta tanta proteção, se isso faz com que o garoto entre em depressão por se sentir infeliz?

     Deixei o quarto, seguindo em direção ao escritório de meu pai, onde ele costuma deixar as chaves dos veículos. O mais velho estava sentado em sua cadeira, revisando alguns papéis e se assustou com minha presença, assim como me assustei ao vê-lo ali, me sentindo aliviado ao ver que estava bem. Achei que viria bronca, por possivelmente senhor Min ter quebrado os contratos, mas meu pai se mostrou tolerante, como sempre foi principalmente comigo. Ele pediu que me sentasse na cadeira de frente a sua mesa, e começou a me lançar inúmeras perguntas, várias a respeito de Jimin, pelo visto Namjoon inventou uma desculpa  para o ferimento em meu peito, e não disse nada sobre a atitude de nosso sócio.

     -Pai, eu preciso da chave de um dos veículos. -Falei, não aguentando mais manter uma conversa, sem me sentir ansioso.

     Ele me estendeu a chave do Audi, antes de sair, o ouvi desejar boa sorte. Foram alguns minutos dirigindo pelo trânsito lento da cidade, logo parei em frente ao prédio principal do grupo de empresas Min's, que tem como presidente meu famigerado e temido sócio, Min Yoongi, também conhecido atualmente como meu carrasco, ou o alfa que deseja minha cabeça em uma bandeja. Entreguei as chaves para o manobrista, e suspirei caminhando até o elevador, digitando com a mão trêmula, o contato que me leva direto ao último andar. Manter a calma e o foco, tudo o que preciso no momento.

     O setor mais calmo de uma grande empresa, o andar da presidência, o único barulho que se ouvia no local, eram dos telefones tocando na recepção. Uma mulher loira foi que me atendeu, e quando me identifiquei ela tratou logo se ligar para o chefe. Imaginei que Yoongi não fosse me receber, mas deu a ordem para que me guiassem até sua sala, e ouvi a garota dizer para suspenderem por tempo indeterminado as ligações para a sala do CEO. Controlando as emoções, entrei na sala, tratando de trancar a porta, e caminhei em sua direção, preparado para uma conversa de homem para homem.

     -Yoongi hyung! -Lhe estendi uma das mãos, mas ele nem ao menos moveu um dedo, apenas me indicando a cadeira com um simples gesto.

     -Não achei que fosse ter a coragem de vir até aqui. -Yoongi disparou sério, caminhando até a janela, uma enorme placa de vidro do teto ao chão, que lhe possibilitava de ver o centro de Seul pelo alto. -Veio discutir sobre nossa sociedade? Fiquei tranquilo, os contratos serão mantidos. Sei diferencias pessoal de profissional.

     -Não estou aqui para falar sobre a empresa, Min. -Rebati, encarando minhas mãos que seguravam firmemente o apoio da cadeira. -Como está Jimin?

     -Seguro, é só o que precisa saber. -O alfa ainda não me encarava, o topo dos prédios mais baixos pareciam prender melhor sua atenção.

     -Acha mesmo que eu fiz mal a ele? Jimin estava feliz, há dias sem tomar aquelas drogas, o que de errado eu fiz, Hyung? -Controlei minha voz. -Me diz, é errado o seu filho amar alguém? Ou o problema é a minha idade?

     -O problema foi terem mentido para mim. -Seus punhos acertaram a mesa com toda a força, e seus olhos escuros pela raiva. -Sabe o que é ver seu filho cheio de aparelhos? Ou pior, sabe o que é encontrá-lo em um beco escuro, frio e sujo, com as roupas rasgadas e o corpo ferido? -Vi claramente resquícios de lágrimas em seus olhos. -Era só um garoto, Jeon! Um menino de quinze anos, o meu filho! A criança que vi nascer, que vi crescer.

     -Entendo, mas Jimin precisa superar is... -Ele gargalhou, me interrompendo com toda a arrogância ao qual tinha direito.

     -Você não faz ideia do que é perder uma pessoa. Acha que minha super proteção é coisa de pai ciumento? -O alfa disse se sentando em sua cadeira, sem ter a mínima noção de como suas palavras me afetaram.

     -Ele tinha vinte anos, faltava menos de uma semana para nosso casamento, estávamos felizes, planos e sonhos, destruídos como o carro onde ele estava. -Yoongi abriu os olhos em sinal de espanto. -Talvez tenha razão, não tenho ideia do que é perder alguém, como poderia? Meu coração simplesmente parou de bater aquele maldito dia.

     -Eu não soube, eu... -O mais velho já não sabia mais o que falar, na certa Namjoon não havia contado tudo sobre meu passado.

     -Olha, Hyung! Perdão por ser impertinente, mas eu vim aqui para dizer algumas coisas, e eu vou dizer. -Suspirei, conseguindo conter minhas lágrimas. -Durante anos eu fiquei exilado naquela fazenda, remoendo as dores de ter perdido o meu grande amor, me dei conta de que estava morrendo aos poucos, me tornando uma pessoa amarga, até que Jimin apareceu. -Procurei escolher bem as palavras, para evitar que ele me interrompesse. -Admito que fui um cretino no início, seu filho se parece muito com meu ex noivo, e isso me deixou abalado. Mas aos poucos Jimin foi cativando minha alma, ele é diferente, eu sinto isso, seu filho me devolveu a vontade de viver.

     Por um longo período o silêncio dominou a sala, Yoongi parecia tentar entender a situação, já eu me encontrava cheio de dúvidas e incerteza, sendo tomado pela angústia de cada segundo longe do mais novo. Precisava dar um jeito de vê-lo logo, e para isso deveria enfrentar seu pai, algo que deveria ter feito desde o início, mas que por medo não o fiz. Não medo pelo fato de ele ser um alfa, mas pelo fato de que poderiam nos afastar de vez.

     -Eu sei que tenho quase o dobro da idade do seu filho, que a sociedade pode ser maldosa o bastante para julgar, mas estou disposto a dar minha vida por Jimin se assim for necessário. -Arrumei minha postura, ainda tendo toda sua atenção. -Não o forcei a fazer nada. Peço perdão por ter me deixado faltar coragem, por ter deixado as coisas chegarem a esse ponto, mas vim aqui com um único objetivo. Quero manter meu relacionamento com ele, e prometo protegê-lo há todo instante.

     -E por que eu deveria aceitar isso, Jeon? -E ali estava, desta vez mais calmo e em sua pose de negociador.

     -Porque eu amo incondicionalmente o seu filho. -Falei, finalmente sentindo o peso em minhas costas ir embora. -Porque estou disposto a lutar até o último suspiro para fazer o nosso garoto feliz.

     -Olha, Jimin sofreu demais no passado, me sinto culpado por não conseguir salvá-lo de sofrer todo aquele abuso. -É isso, sua proteção é realmente por carga de culpa. -Mas se você realmente o ama, demonstrou isso vindo até aqui, e sei que é recíproco, porque Jennie passou as últimas duas noites trancada no quarto cuidando dele, eu não posso impedir a felicidade do meu filho, então... -O celular de repente começou a tocar, o fazendo levantar as pressas. -Me desculpe, tenho que atender.

     -Fique a vontade! -Suspirei, encarando o visor do meu celular, enquanto não tentava não dar ideia a ligação.

     -Mas... Ele está bem? -Ouvi seu desespero, e meu coração acelerou. -Chego em dez minutos. -O aparelho foi desligado e colocado no bolso, em seguida ele tentou pegar as chaves do carro com as mãos trêmulas. -Jungkook, vem comigo. Jimin teve uma crise e desmaiou!

     Pronto! Esse foi o gatilho para meu coração disparar ainda mais.

     Deixei até mesmo o carro na empresa, seguindo com Yoongi que dirigiu desesperadamente até o condomínio onde moram, ignorou multas e qualquer coisa que tentasse pará-lo. Quando chegamos, fui o primeiro a descer, correndo em direção a casa, mas fui ultrapassado pelo mais velho, que já entrou correndo em direção ao quarto do meu garoto. Senhora Min estava sozinha com ele, da porta pude ver meu baixinho, um pouco mais magro, possivelmente se recusou a comer por dois dias, a respiração pesada e enquanto a mulher acariciava seu rosto.

     -Jungkookie! -Ouvi ele me chamando baixinho, mas seus olhos não estavam abertos. -Ele está aqui, Omma! Eu sinto o perfume dele.

     -Jeon, pode entrar. Por favor! -Yoongi disse um pouco emocionado, e no momento em que me viu, senhora Min sorriu aliviada. -Vem, Jennie! Deixe os dois sozinhos.

     -Você fez isso, Yoongi? Você o trouxe aqui? -A mais velha perguntou com a voz embargada, o abraçando em seguida. -Obrigada, amor! -Então eles seguiram para fora, e antes de fecharem a porta, ouvi a ômega dizer para tentar alimentá-lo com o mingau que estava sobre a mesa de cabeceira.

     -Meu bebê! Abra os olhos, por favor! -Me sentei na beirada de sua cama, levando uma das mãos até sua bochecha. -Eu estou aqui, Jimin!

     -Jungkookie! -Então o mais novo abriu os olhos, deixando escapar as lágrimas e reunindo todas as forças para me prender em um abraço. -Eu achei que não fosse mais te ver.

     -Você está sem se alimentar por todo esse tempo, Jimin? -Ele respondeu com um simples murmúrio. -Fazer greve de fome não é a forma certa, meu anjo! Veja como está fraco.

     -Se não pudesse te ver, não faria mais sentindo algum ficar vivo, hyung! -Seu corpo tremeu em meio ao choro. -Eu... Eu tive pesadelos, fiquei com medo, chorei a madrugada inteira... Você não estava aqui para me abraçar. Ele... Ele te afastou de mim, Jungkook. Doeu! -O abracei, segurando o choro enquanto o puxava para meu colo. -Senti muito a sua falta.

     -Estou aqui, hum... -Coloquei uma das mãos em seu queixo, erguendo seu rosto, vendo seus lindos olhinhos nublados pelas lágrimas. -Ninguém vai nos afastar de novo, sim? -Rocei levemente nossos lábios. -Eu te amo, pequeno!

     Tive que comandar todo o beijo, sem esperar por uma reação mais intensa do mais novo, pelo simples fato de suas forças terem chegado ao limite. Dois dias sem se alimentar, o deixou tão fraco a ponto de não corresponder a uma simples carícia. Quando nos afastamos, ele deitou a cabeça em meu peitoral, abraçando minha cintura como se não tivesse mesmo, a mínima intensão de me soltar. Sentia seu coração acelerado, assim como sua respiração, então tratei de deixar beijinhos em seu pescoço.

     -Você disse que ninguém vai nos afastar, e o meu appa? -Jimin perguntou temeroso, apesar de tudo o que Yoongi fez, o mais novo não consegue odiá-lo a ponto de ser desrespeitoso.

     -Eu conversei com ele, Jimin! Não se preocupe com isso agora, amor! -Voltei a deixar beijos em seus lábios, antes de acomodar seu corpo sobre o colchão pegando o prato de mingau para começar a alimentá-lo.

     Com um pouco de esforço, consegui fazer com que ele comece todo o conteúdo da tigela, depois o banhei, para eliminar o suor de seu corpo, ele disse que durante as crises de choro, teve sintomas emocionais com febre e falta de ar. Não  para ser assim, quero ajudá-lo, o quero ao meu lado, mas toda essa dependência em relação a mim não deve ser considerado algo positivo. Jimin precisa adquiri confiança o suficiente para ficar sozinho quando for preciso. Mas esse não é o momento de pensar sobre isso, não quando ele está tão fragilizado, agarrado em meu corpo, a visão de suas lágrimas, é a última coisa que quero ver. Ouvi leves toques na porta, então pedi que a pessoa entrasse. Era Yoongi e a esposa, parados ali enquanto observava o pequeno dormindo com a cabeça encostada em meu peitoral.

     -Está tarde. Vou aproveitar que ele adormeceu e ir para casa. -Me levantei, ajeitando seu corpo na cama, o cobrindo com o edredom.

     -Jeon, é... -Yoongi parecia escolher suas palavras, e até mesmo está um pouco envergonhado. -Te devo um pedido de desculpas. -Ele estendeu uma das mãos em minha direção.

     -Está tudo bem agora. -Sorri, encarando meu pequeno, me sentindo aliviado. -Jimin está bem, é o que importa.

     -Jennie e eu conversamos muito, ela me abriu os olhos, nosso filho merece ser feliz, e esse relacionamento é uma escolha dele, Jimin confia cegamente em você. -A mulher apertava sua mão, parecendo lhe dar coragem. -Por favor, não machuque ele, é só isso que pedimos.

     -Eu não vou. Seria incapaz de fazer tal coisa, sei como dói. -Me senti emocionado, e tudo ficou meio estranho quando o mais velho me puxou para um abraço.

     -Bem-vindo a família, mas não me chame de sogro. -O mais velho disse brincando.

     -Certo, sogro! -Provoquei, mas acabamos caindo na risada. -Eu tenho que ir, está mesmo tarde.

     -Bobagem, jante conosco e passei a noite aqui, Jiminnie vai querer te ver quando acordar. -Senhora Min foi quem fez convite, tendo apoio do marido em seguida. -Obrigada por fazer tão bem ao meu bebê.

     -Não é nada. -Ainda estava um pouco nervoso. -E eu aceito o convite, quero mimar ele mais um pouco.

     -Tudo bem. Vou supervisionar o jantar, chamo você quando estiver pronto. Vamos, Yoongi! -A ômega seguiu até a porta, sendo acompanhada pelo marido, fechando a porta novamente.

     -Jungkookie! -Jimin me chamou, de forma manhosa enquanto passava uma das mãos no espaço vazio da cama.

     -Estou aqui, amor! -Falei retirando os sapatos e a jaqueta, me deitando ao seu lado em seguida. -Não vou a lugar algum.

     Fiquei ali, acariciando suas bochechas, tendo como retorno um sorriso fraco, mas já é algo bom, após tantos dias de lágrimas. Em minha mente o sofrimento de ambos, o que passamos para estarmos juntos novamente. Me lembrei de outra pessoa que estava sofrendo com essa ausência, e usei então o celular para ligar para meu sobrinho, o colocando para falar com Jimin. Nunca vi meu pequeno mais aliviado, completamente emocionado enquanto conversava com Taehyung, pelas respostas do ômega, percebi que as perguntas do outro eram todas de preocupação. Mais que amigos, são mesmo irmãos, ainda que de pais diferentes.

     Senhor Min veio nos chamar para o jantar, e me observou, enquanto ajudava Jimin a senhora levantar e caminhar até a mesa de refeições, já que ainda estava um pouco fraco. O mais novo se alimentou normalmente, e ainda fez manha na hora da sobremesa, em momento algum se envergonhou de estar agarrado ao meu braço, parecia aproveitar a aprovação de seus pais. Yoongi me ofereceu uma taça de vinho, que foi recusada educadamente já que ainda sinto reflexos da embriaguez no dia anterior. Senhora Min resolveu mimar um pouco o filho, enquanto eu discutia um contrato com meu sócio, esperando um tempo para irmos dormir.

     Já no quarto, Jimin até tentou me arrumar roupas para dormir, mas nenhuma de suas peças ficavam confortáveis em mim, a maioria apertada. Optei por dormir apenas de boxer, já que a porta ficaria trancada e não é novidade para ele me ver seminu. Peguei uma toalha limpa e foi até o banheiro, precisava de um banho antes de finalmente me deitar ao seu lado para uma noite calma. Deixei a porta encostada, acreditando que ele não iria se levantar, mas embaixo do chuveiro fui abraçado por trás, sentindo sua pele tocar a minha.

     -Jiminnie, aqui não, amor! -Me virei para encará-lo, vendo suas bochechas vermelhinhas. -Seus pais estão em um dos quartos desse corredor, me entende?

     -Mas... O bebê está durinho, hyung! -Ele se encostou um pouco mais em meu corpo, mostrando sua excitação. -Ajuda ele... Só num pouquinho!

     Droga, Jimin! Me desmonta falando desse jeito.

     -Não geme alto, amor! -Falei levando uma das mãos ao seu membro.

     Suas mãos apoiadas em meus ombros, a cabeça apoiada em meu peito, um gemido baixo enquanto movia uma das mãos envolta de seu falo. O ômega gemia contra minha pele, enquanto eu tentava não ligar para seu corpo algumas medidas a menos após os dias sem comer. Com a mão livre, ergui seu queixo, observando seus lábios entreabertos, então os juntei aos meus, em um beijo aclamou enquanto cobria seus gemidos. Sei que não podemos fazer o mesmo que fizemos na fazenda, mas reconheço que posso sim, lhe dar prazer apenas com toques.

     O virei de frente para a parede, levando uma das mãos de volta ao seu membro, enquanto grudava meu abdômen em suas costas, deixando minha ereção roçar entre suas nádegas. Ambos gemendo mesmo que em uma intensidade baixa, seu corpo tremulando pelo ataque, as pernas bambas meio abertas, e suas mãos espalmadas na parede fria. Mais próximo de seu orgasmo ele procurou se empinar um pouco mais em minha direção, dando algumas investidas contra minha mão, meio desajeitado mas que lhe dava um prazer inexplicável, então o deixei lidar aquela ação, até o som sair mais manhoso, e suas pernas cederem enquanto seu líquido era expelido contra a parede de azulejos.

     Jimin teria ido para o chão se minha mão livre não estivesse em volta de seu corpo. Ainda de costas deixei alguns beijos na parte de trás do seu pescoço, descendo para seus ombros. Mesmo não se aguentando em pé, ele se mostrou que boa parte de seus medos foram superados, ou que meus toques que alguma forma aliviam seus traumas. Com cuidado, o coloquei novamente de frente para meu corpo, empurrando o dele contra a parede sem usar a força. Deixei beijos em seu maxilar, sorrindo ao ver seus olhinhos fechados e o contorno cheinho de seus lábios. Então uni novamente nossas bocas, deixando que ele ditasse o ritmo romântico do nosso beijo, até terminarmos com meu lábio inferior sendo puxado por seus dentes.

     -Você está ferido. O que houve, Jungkookie? -Só então ele reparou na ferida suturada em meu peito, mas não precisa saber o que houve.

     -Um acidente, não se preocupe. Não foi nada grave. -Ergui seu rosto, vendo seus olhinhos cheios de lágrimas. -Estou bem, amor!

     -Isso é minha culpa? -Sua voz saiu fraca, enquanto os dedos deslizavam em meu peitoral. -Desculpa, Jungk...

      -Não foi sua culpa, Jimin!! O que te faz pensar isso? -Coloquei uma das mãos em suas bochechas. -Esquece isso, vá se secar e vestir uma roupa quente, já estou terminando aqui.

     -Está bem. -Ele deixou um beijo em minha bochechas, terminou de se limpar em baixo do chuveiro e seguiu até o quarto.

     Assim que ele saiu, fui resolver o probleminha que estava entre minhas pernas, esse ômega ainda vai literalmente acabar comigo. Sai enrolado em uma toalha, até encontrar a boxer que o mais novo havia me emprestado. Jimin apenas me observava, trajando uma de frio listrada e uma boxer preta. Quando me aproximei da cama, o mais novo me empurrou para sentar com as costas apoiadas na cabeceira, e se sentou em meu colo, achei que fosse vir algum tipo de provocação, até ver o curativo e uma pomada em suas mãos. Meu pequeno ômega tratou o machucado e cobriu com o curativo, algo desnecessário em meu ponto de vista, mas deixei, já que ele parecia feliz ao cuidar de minha saúde.

     -Obrigado, bebê! -Agradeci, me ajeitando sobre o colchão, o deixando deitado sobre meu corpo. -Você deveria dormir um pouco, está cansadinho.

     -Não, hyung! Quero ficar assim como você. Foram quase dois dias longe. -Ele aconchegou o rosto em meu pescoço, evitando encostar onde estava o curativo. -Eu amo seu perfume, eu amo seus abraços e beijinhos. Eu amo você, Jungkook!

     -Eu também te amo, sabia? -O ômega apenas afirmou confiante, deixando um beijo na pele de meu pescoço. -O que acha de viajarmos, aproveitar sua última semana antes do retorno das aulas?

     -Eu queria mesmo é voltar para sua fazenda, tenho uma coisa para fazer por lá. -Ouvi ele murmurar. -Podemos ir amanhã?

     -Me deixou curioso agora. O que vai aprontar? -Perguntei apertando a lateral de meu corpo.

     -Você não precisa saber agora, Hyung! Só confia em mim, não vou te decepcionar. -Ele uniu seus lábios aos meus. -Vou cuidar bem do meu homem.

     Meu homem, amei ouvir aquilo saindo de sua boca, e principalmente quando ele tomou a inciativa de me beijar. Enfim o ajeitei ao meu lado, abraçando seu corpo, enquanto acariciava suas costas. O sono não demorou a vir, desta vez mais aliviado por passar mais uma noite com ele em meus braços.

Olá, Preguicinhas!!! ❤

O que acharam do capítulo?

Espero que tenham gostado... 🙃

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Acompanhem minhas outras obras... 😊

Beijos e até o próximo capítulo! 😘

AMO VOCÊS! 🤓❤

타이스 ❤

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