“De todas as coisas que você me deu, a melhor delas certamente foi a chance de escolher, escolher você, escolher ficar contigo e atravessar com algum alívio os dias que eu quero simplesmente morrer pra não ser intimado a depor sobre o meu sumiço. Você me ensinou muitas coisas, a melhor delas, me ensinou que o amor verdadeiro sempre espera um pouco mais pelos abraços atrasados.” – tumblr; Gabito Nunes
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DaphneCameron estava esperando por mim encostado no carro preto quando saí do prédio onde Victor morava.
Caminhei lentamente até ele e me encostei ao seu lado. Sem dizer uma palavra, ele pegou o cigarro nos lábios e me entregou. Eu não costumava fumar, mas o momento pedia por uma exceção, então aceitei.
— Cat te avisou? — perguntei depois de tragar duas vezes e devolvi seu cigarro.
— Evil — corrigiu e assenti. — E aí? Qual é o plano?
— Bem, Victor está monitorando ele. Deve nos dar uma localização em breve.
Cameron balançou a cabeça em concordância. Ele estava sério, focado demais em algo dentro de sua mente.
— Está preocupado? — perguntei.
— Um pouco. Mas estou ansioso. Allan... — fez uma careta — aquele merda vai ter o que merece. Isso vai me ajudar a dormir melhor.
— Sinto muito pelas merdas que ele fez antes.
Eu sabia que ele e Allan tinham tido brigas no passado antes do cara conseguir controlar Dylan por completo. Allan era um preconceituoso de merda que estava empenhado em desestabilizar o único amigo de Dylan, que era negro e bissexual, e usou tudo o que podia para afastar os dois. E quando Dylan ficou sem ninguém do lado, sem irmã ou melhor amigo, foi fácil para Allan manipulá-lo. Até Jonathan intervir.
— Não sinta. Merdas acontecem.
Balancei a cabeça.
— Você culpa o Dylan? Alguma vez já culpou ele por qualquer coisa? — perguntei curiosa.
Eu sabia que Cameron e Margot tinham um estranho amor por Dylan, defendiam ele até o impossível com unhas e dentes.
Came deu um sorriso de lado e, como o esperado, negou.
— Allan se aproveitou do luto, da solidão e do lado autodestrutivo de Dylan. Às vezes acho que se eu tivesse insistido mais... não teria adiantado, claro. Dylan precisava abrir os olhos por conta própria e dizer basta ele mesmo. Quanto mais eu tentasse interferir, mais Allan iria sair ganhando. Você sabe o quão teimoso seu marido pode ser. Ele não era muito diferente antes.
— Allan quase fez Dylan se drogar — lembrei.
— Allan mostrou vários caminhos para ignorar a dor que ele sentia. Era decisão do Dylan se iria seguir ou não.
— Ele não o fez.
— Você o impediu — corrigiu e riu — Ele me contou. Nunca agradeci a você por isso.
Soltei uma risada.
— Você age como se eu tivesse salvado a sua vida.
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Dylan - Chicago
Romance{ Dylan - Chicago - Livro III } "Eu amo a insanidade, pois ela é sua melhor amiga" Daphne Williams foi vendida, humilhada e quebrada. Seu coração, outrora feliz e belo, se tornou triste e feio. Mas a esperança de ser feliz nunca deixou seus olhos. ...