Capítulo 33

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Eu estaria mentindo se falasse que seu sorriso não mexe comigo – Cidades de papel
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Daphne

Dylan tirou a cueca e entrou na banheira logo depois de mim. Ele carregava um sorriso de lado difícil de decifrar e se esticou ao máximo na banheira quase sem me dar espaço.

— Você é folgado — reclamei, mas sorri de lado também.

Os olhos dele estavam vibrantes, quentes e sedutores. Eles sempre ficavam assim antes, durante e depois do sexo.

Dylan passou a mão pelos cabelos longos e estendeu a mão para pegar as duas taças de vinho.

— Você está legal? — me entregou uma taça e provou o vinho em sua própria taça — Com tudo o que Allan disse...

— Não sou estúpida em confiar em Allan Wide. Mesmo que o que ele tenha dito seja verdade.

— Eu já pedi desculpas por isso.

— E eu não estou brigando! — provei o vinho e suspirei quando o líquido desceu por minha garganta.

Dylan bufou.

— Okay.

O okay dele saiu tão falso e revirei os olhos. O chutei de brincadeira fazendo um pouco de água e espuma cair pelo chão do banheiro. Dylan riu e devolveu o chute com menos força, mas mesmo assim coloquei minha mão para baixo e agarrei seu dedão do pé, torcendo-o até ter certeza que ele sentia a dor. Dylan reclamou e tentou se soltar.

— Me chute de novo e eu arranco seu dedo!

Ele parou de tentar afastar o pé e sorriu largamente.

— Você fica sexy quando ameaça.

Soltei seu dedão rindo. Dylan passou a mão pelos cabelos loiros e as mechas ganharam minha atenção. Ele comentou que iria cortar o cabelo, mas eu não sabia se era uma boa ideia. Ele ficava muito quente de cabelo longo e barba por fazer.

— Então, eu estava pensando... — ele começou indeciso, o olhar vagando pela água ao meu redor — O que você acha de nos casarmos daqui a três semanas?

Engoli o líquido vermelho rapidamente antes que cuspisse de volta para a taça e franzi a testa.

Ele falou mesmo isso?

— Três semanas? Sério?

Dylan encolheu os ombros.

— Não precisa ser um casamento enorme. Só algo para oficializar tudo entre nós.

— Eu não queria um casamento enorme — retruquei — Só que três semanas é um prazo muito curto. Pra quê tanta pressa?

— Eu recebi umas mensagens hoje — confessou.

— Coisa boa não foi! — anui.

Ele concordou.

— Era um número desconhecido e dizia que deveríamos nos casar em breve. E também ameaçava a Louella.

Dylan - ChicagoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora