Dylan
Fechei a porta do quarto e me virei para encontrar Daphne deitada na nossa cama, o cabelo vermelho preso e vestida apenas com meu casaco azul escuro.
Eu amava aquela visão.
— Meus irmãos estão dormindo?
— Sim.
Me deitei ao seu lado de bruços com o queixo apoiado na mão esquerda, olhando para ela com um sorriso tranquilo.
— E Nina? Como ela está com a notícia do Jonathan?
Suspirei. Aquilo pegou todo mundo de surpresa.
— Ignorando. Ela não está nem um pouco a fim de ser a filha do Jonathan. Nem do meu pai. Os dois machucaram ela.
— Walter mais do que Jonathan.
— É, mas pra ela não importa. Jonathan devia ter protegido ela mesmo que Walter enlouquecesse. Não é ele que sempre diz: “ninguém toca nos meus filhos”? Por que com a Nina isso seria diferente? O amor tóxico de Jonathan por Walter ferrou a minha irmã.
Daphne assentiu e desviou os olhos pro teto.
— Walter está morto — soltou uma risada — Eu adoro dizer isso!
— Nem me fale. Não consigo me sentir mal por isso, só aliviado. Ele finalmente se foi.
— Acho que a única pessoa que está meio triste por isso é Jonathan. Afinal, ele o amava como um louco.
— Não quero nunca amar alguém assim.
Daphne sorriu.
— Então, você não me ama como um louco? Estou meio decepcionada.
— Amo você, mas se você começar a agir como Walter Black, bem, já era.
Ela riu e me empurrou, subiu em meu colo e beijou meu nariz.
— Digo o mesmo.
Daphne prendeu meu cabelo nos dedos e puxou com força enquanto prendia meu lábio inferior nos dentes. Era impossível não ficar excitado com ela. Todo meu corpo tremia só de pensar em agarrar ela e amá-la durante toda a noite.
Mas antes que eu agisse, Daphne afastou os lábios de mim.
— O que vai fazer amanhã?
Acariciei suas coxas nuas e dei de ombros.
— Tenho que resolver algumas coisas na academia, mas nada que me faça ficar longe o dia todo. E você?
— Estava pensando em sair com Nina. Mostrar a cidade e essas coisas.
— Eu quero ir também.
— Não.
Franzi a testa.
— Por quê não?
— Porque eu não quero que você vá.
— Ah, tudo bem.
Daphne riu e voltou a me beijar.
* * * * * *
Cameron estava na calçada fumando quando estacionei a moto. A primeira coisa que notei, além de sua aparência decadente, foi a carranca tensa. Estava bem óbvio que ele não estava exatamente radiante.
— Ei, cara — desci da moto e fui até ele, tirei o cigarro de sua mão e dei uma tragada — O que foi? Tá com uma cara péssima.
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Dylan - Chicago
Romance{ Dylan - Chicago - Livro III } "Eu amo a insanidade, pois ela é sua melhor amiga" Daphne Williams foi vendida, humilhada e quebrada. Seu coração, outrora feliz e belo, se tornou triste e feio. Mas a esperança de ser feliz nunca deixou seus olhos. ...