Capítulo 43

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Dylan

Cameron ainda estava no hospital, mas fora de perigo. Evil ficou ao lado dele desde que ele saiu da sala de cirurgia. Ela era uma amiga gentil e atenciosa, nunca deixaria o lado dele naquele momento. Apesar de ter uma família de bosta, Cam tinha amigos leais que nunca o deixaria na mão.

Minha maior vontade era estar com ele, mas eu tinha que rastrear e falar com Allan antes que ele conseguisse matar alguém que eu amasse. O único problema era que o filho da puta era muito bom em se esconder. Usei todos os meios possíveis que tinha a disposição e nada. Nenhum sinal dele. Minha raiva e indignação só aumentava. E isso era um péssimo sinal para Allan.

Vou esmagar aquele cérebro podre na parede e arrancar suas bolas com a minha faca..., pensei em modos de matá-lo enquanto dirigia a moto pela cidade, nunca realmente notando os demais veículos.

Estacionei a moto na entrada da boate e passei pelos seguranças na porta dubla, indo direto para o interior onde Peter Evans deveria me encontrar.

Peter era o cara que sabia sobre tudo e todos na cidade. Apesar de não gostar dos negócios que seu velho deixou, ele era bom no que fazia.

A boate estava fechada e sem muitos movimentos. Apenas alguns funcionários limpando e organizando as bebidas. Bati no balcão chamando a atenção de Jack, o barman.

— Meu líder favorito! — Jack sorriu e jogou o pano por cima do ombro — Em que posso ajudar?

— Cadê seu chefe? Preciso falar com ele. É urgente.

— Peter estava no escritório com a garota Kerr — contou sem hesitar.

Suspirei. Era claro que Camille estava na cola de Peter. Ele era os olhos e ouvidos de Chicago e se alguém sabia de algo que eu me recusava a contar, era ele.

— Valeu, cara. Vou entrar — avisei e me afastei sem esperar sua resposta.

Passei pelos corredores até a área VIP e entrei no escritório sem bater. Camille me olhou surpresa assim que fechei a porta e Peter riu alto, jogando o tablete na mesa de qualquer forma.

— E eu achando que iria demorar mais para você aparecer.

— Dá o fora, Kerr — mandei.

Camille revirou os olhos.

— Eu salvei a vida da sua noiva. Eu esperava um pouco de gratidão.

— Não vai ter ela comigo. Dá o fora — repeti — Me espera lá fora, quero falar com você.

— Ótimo. Estou bem ferrada?

— Depende do quão sua família está ligada na merda.

— De que merda estamos falando?

— Me espera lá fora, Camille.

A garota ruiva bufou e saiu do escritório. Me sentei na cadeira que ela vagou e encarei Peter. Ele ergueu as sobrancelhas e mexeu os ombros, suspirando.

— Fiquei sabendo do acidente do Cam. Que triste.

— Nós dois sabemos que não foi um acidente, Peter.

— Eu não ouvi nada — mentiu descaradamente.

— Eu sou o líder — o lembrei sério — A porra do seu líder. Você vai me contar o que sabe e vai contar agora.

Peter soltou uma risada seca e deu de ombros.

— Eu ouvi que Allan estava fazendo acordos com os Ashton e o King. Foi só o que eu ouvi.

Dylan - ChicagoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora