Capítulo 01

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Dylan Black

Estiquei minhas pernas e coloquei os braços atrás da cabeça, as mãos entrelaçadas e observei calmo as ruas abaixo de mim. Estava tudo calmo e normal. Milhares de famílias tinham se acordado, tomado café da manhã juntos, levaram os filhos pra escola e seus dias seguiriam daquele mesmo jeito corrido. Aquelas pequenas coisas do cotidiano fazia um homem, ou qualquer ser humano, parar para pensar um pouco. Onde eu estava, onde eu realmente queria estar e com quem. Naquela manhã de terça feira eu tinha a resposta e me sentia bem com ela.

Eu estava no apartamento de Ruth, queria estar no apartamento de Ruth, com a Ruth.

Parecendo ler meus pensamentos, Ruth surgiu atrás de mim e depositou beijinhos em minha cabeça. Suas delicadas mãos cor de chocolate acariciaram meus braços e foram até meu peitoral. Começaram a subir minha camisa cinza e sorri. Eu estava muito feliz naquela manhã e o motivo era ela. Ruth, a estudante de enfermagem doce, gentil e linda.

— Você leu meus pensamentos — sussurrei e a puxei para meus braços. Ela passou as pernas por minha cintura sorrindo — Eu estava desejando te ver.

— Era só ter me acordado — beijou minha boca com carinho, mas logo se afastou — Eu dormi demais. É uma sorte não ter estágio hoje.

Ela dizia sorte e eu dizia contatos.

Sorri inocente e concordei.

— Uma bela sorte.

Ruth me abraçou mais e nos beijamos sem parar, sentindo o desejo crescer mais e mais.

Eu adorava passar meu tempo com Ruth e mesmo não gostando muito, usei meus contatos no ramo da saúde para conseguir uma boa folga para ela. Queria passar todo o tempo que eu tivesse ao seu lado. Ruth me fazia rir, me deixava leve e me fazia esquecer que eu era Dylan Black, o novo líder da mais perigosa gangue de Chicago.

Peguei Ruth nos braços firmemente e a levei pro quarto onde admirei a beleza daquela mulher da forma que nenhum homem já tinha feito, pois eu tinha sido o primeiro homem em sua cama.

* * *    * * *

— Podemos ir ao cinema — Ruth sugeriu.

Mexi o macarrão e fiz uma careta sem ela ver, pois eu estava de costas pra ela sentada na mesa.

— Não sou muito chegado à cinemas.

— Você não é chegado à nenhuma atividade que não envolva um quarto.

Sorri e a olhei por cima do ombro.

— Isso é uma reclamação?

Ruth corou e tentou disfarçar o sorriso, mas foi inútil.

— O que eu estou dizendo é que deveríamos sair como um casal normal.

— Casais normais transam.

— Não vinte e quatro horas.

— Conheço pessoas que iriam contra isso — disse rindo pensando em Branna e John.

Aqueles dois não paravam nunca. Eu não ficaria nada surpreso se em dez dias Branna nos dissesse que estava grávida de novo.

Dylan - ChicagoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora