Capítulo 55

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Daphne

A campainha tocou mais de duas vezes seguidas e corri para abrir a porta antes que alguém a colocasse no chão de tanta impaciência.

Catarina sorriu como se fosse uma santa assim que abri a porta. A latina estava acompanhada de Thomas, o braço agarrado ao braço do garoto que sorria como se estivesse no céu. Eu tinha que admitir que os dois ficavam bem juntos. Era estranho, mas o jeito tímido de Thomas somado ao jeito extravagante e luxuoso de Cat faziam uma ótima combinação. Do tipo que nos deixava de queixo caído.

Atrás do casal que não era um casal apesar da atração óbvia que sentiam um pelo outro, estava Dean em um lindo traje informal, calças surradas e blusão largo, os cabelos loiros bagunçados de uma forma tão sexy que me fazia questionar se eu queria mesmo estar com Dylan e não com ele. Confusão e tesão. Dean adorava causar esses dois efeitos nas pessoas.

— Diga que somos os primeiros a chegar — Cat implorou e o sorriso de Thomas cresceu.

— Vocês foram os primeiros. As gêmeas não vão vir?

O sorriso de Cat vacilou e ela olhou para Thomas.

— Os pais delas não deixaram.

— Reunião de família — Thomas explicou ao desviar os olhos de Cat para me olhar, seu sorriso se foi — Sabe como é!

Concordei e abri mais a porta dando sinal verde para passarem, mas se mantiveram no lugar, os três me encarando cautelosamente.

— Vocês querem que eu implore? — perguntei rude e Cat revirou os olhos.

— Não, bobinha. É só que... seria bom se você nos dissesse como agir.

— Agir? Nina é uma pessoa, não uma bomba. Entrem e sejam vocês, seus esquisitos de merda.

Dean gargalhou.

— Você está uma megera hoje, Speedy.

— Ela está sempre.

— E quem foi que me ensinou a ser assim? — apontei acusatória para Cat e forcei um sorriso — Você! Agora, entrem!

Cat suspirou e entrou puxando Thomas. Dean beijou minha bochecha quando passou por mim. Fechei a porta e me virei para eles que continuavam parados atrás de mim.

— É sério? — perguntei.

Cat encolheu os ombros.

— Não vejo a garota há nove anos. E Thomas nem a conhece. Não nos culpe por estarmos cautelosos.

— Olha, ela não é uma cobra. Ela é a Nina.

— Ela não é a Nina — Dean retrucou — É Nicolina Black. O nome dela me faz querer entrar em um buraco e ficar lá por dez anos.

— E é por isso que seu pai não quer que você seja o líder de Las Vegas — apontei maldosamente e Cat gargalhou enquanto Dean me lançava um olhar assassino.

— Cara, ela tá tão certa!

— Se fodam! — Dean resmungou e foi pra sala.

Ouvi a voz dele quando se apresentou para Nina e revirei os olhos. A cautela deles era desnecessária. Nina era quase a Branca de Neve de tão meiga. Certo, não vou exagerar, mas ela era legal. Não muito assustadora. Quer dizer, Jasmine era mais assustadora que Nina. Então, ela era legal.

— Thomas, por que não vai na frente? — Cat sugeriu, acariciando o braço dele antes de soltá-lo.

Thomas me olhou confuso e dei de ombros sem saber o motivo de Cat pedir aquilo. Ele suspirou e concordou, saiu sem dizer nada.

Dylan - ChicagoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora