Capítulo 30

6.6K 530 214
                                    

Dylan

Os lábios dela estavam firmes nos meus e se moviam com a mesma urgência. Suas mãos agarraram minha cintura e me puxaram para mais perto.

O barulho ao nosso redor estava dez vezes mais alto, mas tudo o que eu queria ouvir era ela e seus curtos suspiros de prazer ao ter meus lábios aos seus. Daphne tinha o melhor e mais viciante gosto. Eu já havia beijado muitas mulheres e nenhuma tinha o que ela tinha. Todas eram apenas mulheres, mas ela era mais. Mais quente, mais irresistível, muito mais.

Eu podia passar anos beijando-a, ou literalmente fodê-la no capô do carro ou no chão e bem na frente de todas as pessoas que passassem por nós, e eu saberia que cada uma daquelas pessoas iriam desejar ser a gente.

Daphne levou suas mãos em minha cintura para meu peitoral e me afastou o suficiente para respirar. Abri os olhos e a encarei percebendo que ela mantinha os seus lindos olhos fechados.

— Não pode me beijar — murmurou sem convicção.

— Claro que posso. Já estou beijando.

— Dylan, pare com isso.

— Não. Eu disse o que quero e sei que gosta de mim. Não me afaste — pedi.

Daphne se afastou mais e movimentou negativamente a cabeça.

— Como isso pode dar certo? — apontou para nós — Somos terrivelmente diferentes e nos machucamos com palavras e ações e sempre...

— E daí? O que importa? Nós podemos mudar. É o que eu quero sinceramente.

— Você não tem ideia do que quer.

— Obrigada por dizer como me sinto, agora que tal deixar-me falar por mim mesmo? — Daphne revirou os olhos e a soltei devagar. Queria continuar tocando-a, mas sabia que o pensamento de beijar sua boca não cessaria até que a soltasse — Quero estar com você. O casamento é uma forma perfeita disso.

— O casamento é uma chantagem.

— Grande merda. Agora, pense como eu. Podemos fazer dar certo.

— Vamos brigar o tempo todo — ela disse convicta e sorri concordando — Vamos mesmo, Mini-Black.

— Por tanto que não me mate durante a noite.

Daphne revirou os olhos e suspirou.

— Eu não sei o que dizer. Você é maluco. É inconsequente e burro.

— Sou tudo o que você quiser que eu seja — tentei uma das várias cantadas que Cam usava com as garotas e ela me olhou como se eu fosse uma aberração — Bem, nem tudo.

— Você é patético.

— Você também. É chata, malvada, implica com tudo e eu quero você mesmo assim. Isso deveria bastar.

— Eu desfiz um buquê de rosas em você e quase provoquei um acidente. Não fazemos bem um para o outro.

Revirei os olhos e ela me bateu no braço.

— Estou falando sério.

— E eu também. Não me importo se somos as piores pessoas um para o outro. Eu quero você — repeti.

Daphne me encarou firme e se xingou baixinho, olhando ao redor como se esperasse por uma interferência divina que nos tirasse daquele momento.

— Eu vou me arrepender muito disso, porra! — soltou brava e me puxou repentinamente para si, beijando-me devagar.

Dylan - ChicagoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora