Capítulo 56

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Nina

John passou o braço ao redor da mulher de cabelos curtos e sorriu de um jeito tímido que não combinava em nada com ele.

— Nina, essa é Branna Peters. Minha adorável esposa — sua voz era carinhosa.

Branna era mais baixa que John, os cabelos eram lisos e claros, as feições tão meigas que foi impossível não sorrir para ela.

Eu conhecia ela apenas de nome, mas era outra coisa conhecê-lá como a esposa do pai do meu filho. A mãe dos filhos dele. A adorável esposa. A mulher que ele amava como nunca amou nenhuma outra. Aquela jovem e doce mulher, que segurava nos braços um bebê de cabelos castanhos e grandes olhos verdes, tinha o coração de John Peters nas mãos. Era quase cômico. John se apresentou para mim com os olhos brilhando e implorando por diversão pura, sexo e lutas ilegais que faziam o sangue dele ferver. Ele não era o cara que me abraçava e dizia eu te amo com aquela voz apaixonada. Com a voz de quem sabia exatamente o que estava sentindo.

Eu soube que o silêncio na sala estava extremamente desconfortável quando, menos de um minuto depois da fala de John, Cat suspirou de puro tédio e Ava soltou um que merda.

Reprimindo uma risada, estendi a mão em direção a Branna e ela a pegou automaticamente.

— É um prazer conhecer você, Branna. Finalmente!

— Finalmente?

— É. John vivia falando de você — olhei para ele sorrindo e o imitei — “Branna iria amar esse livro ”, “Branna ficaria louca por esse urso”, “Branna iria amar esse jardim. Ela ama jardins!”. John via algo que achava que você gostaria e iniciava uma história qualquer sobre você.

John riu.

— Você deveria ter desconfiado que eu acabaria casando com ela — sua fala provocou risadas pela sala, aliviando o clima tenso que ainda havia ali.

Branna riu também e a cor vermelha que tomou conta de seu rosto era ainda mais adorável que seu sorriso.

— É um prazer conhecer você também, Nina. Temo que John não tenha me falando tanto de você quanto eu gostaria — ela lançou um olhar brincalhão para John e em seguida se aproximou de mim — Esse aqui é o Aiden.

Aiden, o garotinho de olhos verdes idênticos aos de Branna, veio para meus braços facilmente como se me conhecesse desde sempre. Jack estava conhecendo sua outra irmã, Maia, mas logo veio ver Aiden em meus braços. Sentei na poltrona com o garotinho sorridente nos braços e observei enquanto ele movia seus olhos verdes curiosos para meu filho. Jack olhou para Aiden por meio segundo e depositou um beijo em sua testa antes de sorrir para mim, deixando claro que havia adorado os irmãos.

John se aproximou, ajoelhou-se na minha frente, abraçou nosso filho e o beijou no alto da cabeça. Seus olhos vermelhos seguravam lágrimas pesadas de felicidade.

— Estou tão feliz por vocês estarem aqui — disse olhando para Jack e eu — Eu sinto muito por tudo o que aconteceu. Sinto muito por terem vivido todo aquele pesadelo.

— Está tudo bem, John.

John negou, mas não disse mais nada e acariciou o cabelo bagunçado de Jack. Mordeu o lábio inferior e puxou ele para mais um abraço apertado.

Depois de beijar o pequeno Aiden na bochecha, o entreguei para Ava e me mantive quieta enquanto observava John contar para Jack que Branna estava grávida de novo e que em alguns meses ele teria mais um irmãozinho ou irmãzinha. A felicidade no rosto de Jack era óbvia e preenchia meu próprio rosto de alegria.

Dylan - ChicagoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora