Capítulo 40

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Dylan

Provavelmente a coisa que mais me chamava a atenção em Daphne era seu cabelo, além, claro, das suas curvas e do seu sorriso brilhante. Havia algo naquelas mechas que fazia meu coração bater tão forte que eu mal conseguia pensar direito.

E o modo como ela dormia era simplesmente impactante. Eu podia passar literalmente horas observando-a. Não seria algo difícil.

A sensação que invadia meu corpo toda vez que eu a olhava era sensacional e desconhecida, mas eu já sabia que não a trocaria por nada no mundo. Eu não só estava malditamente atraído por ela como também a amava. Eu sabia disso. O amor queimava, era encantador, a coisa mais precisosa que podia acontecer na vida de alguém e toda vez que eu a olhava ou a tocava era aquilo que eu sentia.

Um desejo arrebatador de mantê-la por perto completamente feliz.

Ergui a mão e a levei para a cabeleira ruiva da mulher adormecida ao meu lado. Sua respiração calma era como uma canção de ninar. O meu som favorito depois da risada dela. Acariciei os fios bagunçados e tentei conter a vontade de me inclinar para beijá-la. Eu não queria acordá-la. Nossa noite passada havia sido bastante agitada. Levamos as crianças ao cinema, jantamos e quando chegamos em casa, foi quase impossível nos afastar por mais de cinco minutos. Gostávamos de chamar Branna e John de coelhos, mas estávamos ficando piores que eles, o que eu amava. Daphne demonstrava ser tão viciada em mim quanto eu era nela.

Afastei a mão de seu cabelo quando vi que estava se acordando. Ela franziu a testa e piscou os olhos abertos, encarando-me imediatamente.

— Você estava me observando dormir? — perguntou, rindo com uma voz sonolenta. Passou as mãos no rosto e suspirou, se arrastou até deitar em meu peito e beijou minha tatuagem minúscula perto do coração, a tatuagem de Nina. — Maluco.

Passei os braços por seus ombros e a apertei com força contra mim. Ela riu alto e me beliscou para que lhe soltasse, beijei o alto de sua cabeça, deixando-a um pouco mais livre.

— Você é ainda mais linda dormindo.

Ela sorriu contra minha pele e apoiou o queixo em meu peito, olhando-me séria.

— Você é um tolo. — murmurou.

— Sei disso.

— Mas eu gosto disso. — sua voz suavizou.

— Sei disso também.

Ela arfou de brincadeira e riu: — Você é tão convencido!

— Você também estaria se a garota que você amasse tivesse gemido seu nome milhares de vezes enquanto você se afundava nela com... — ela me calou com seus lábios risonhos e segurei sua cabeça para que ela não se afastasse.

O calor do meu corpo que desejava ela passou para seu corpo. Ela subiu em meu colo deixando o lençol cair de seu corpo nu e segurou meu rosto nas mãos. Suas unhas afiadas arranharam minha pele e meu corpo tremeu em expectativa, ansiando mais que antes tê-la. Mas Daphne nos afastou.

— Adoro beijar você e com certeza, adoro as outras coisas também, mas nós prometemos tirar esse dia para ajustar os preparativos do casamento. — lembrou-me e depositou um beijo rápido em meus lábios, descendo da cama em seguida e indo para o banheiro. — Levanta a sua bunda daí, mini-Black. — mandou por cima do ombro.

Grunhi, mas levantei-me. Ela estava certa. Tínhamos que olhar os últimos detalhes para o casamento de última hora, aquele que estava deixando minhas mãos pegajosas e meus lábios secos, e torcer para que nenhuma merda nos engolisse até lá. Minha família tinha uma pequena empresa de preparativos de casamentos e isso tornava os preparativos de última hora mais fáceis, mas não anulava todos os problemas que podiam surgir. Por isso e para supervisionar o andamento da gangue comigo no comando, Camille Kerr estava de volta na cidade.

Dylan - ChicagoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora