Capítulo 29

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Sou a rasura mal traçada da minha obra literária. Meu pior inimigo sou eu – Elisa Bartlett. 
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Dylan

Observei Evil disparar socos no rosto barbudo do viciado. Ele caiu de joelhos no chão e cuspiu o sangue em sua boca. Suas lágrimas eram presentes tanto quanto o sangue.

— Por favor, garota... — ele pediu e estendeu a mão na frente do corpo para parar Evil. Ela se afastou um pouco, mas se manteve pronta para atacá-lo de novo. — Eu conto tudo o que sei. Juro!

— Então, comece logo! — Evil exigiu.

O viciado respirou fundo e olhou para além dela, diretamente para onde eu estava encostado na parede.

— Sr. Black, juro que não tive a intenção de roubar sua droga.

— Fico feliz em saber que as pessoas agora roubam sem intenção. Fale onde está.

O viciado chorou antes de responder.

— Eu a vendi para um mexicano perto de Aurora.

— Você foi até Aurora para vender a minha droga? — perguntei espantado e ele confirmou — Como um viciado como você fez isso?

— Eu tenho um trabalho.

Evil riu.

— Essa vai ser boa.

— Continue falando — ordenei ao homem.

Estava quase perdendo minha paciência. Havia milhares de outras coisas que eu queria estar fazendo naquele momento e estar naquele lugar com um viciado ladrão não era uma delas.

— Por favor, Sr. Black, não posso entregar meu chefe. Ele me mata.

Evil disparou mais um soco no homem abaixo dela.

— Se você não falar eu mato você. — rosnou a ameaça.

Ele grunhiu e voltou a me olhar, implorando.

— Senhor...

— Diga de uma vez! — Evil mandou.

O viciado abaixou os olhos para o chão e suspirou.

— Allan Wide. — disse o nome com tremor e fechei os olhos brevemente. Todas as minhas dúvidas estavam se esclarecendo com as palavras daquele viciado — O Sr. Wide me contratou há alguns meses para roubar a droga de gangues menores e vendê-la perto de Aurora para um grupo de mexicanos. Esse mês ele disse que o alvo seria a maior gangue. Eu sinto muito, senhor. Só estava fazendo o meu trabalho.

Evil revirou os olhos e o socou mais uma vez. O homem chorou de dor e se encolheu para longe da ruiva.

— Pare, Evil. — mandei quando ela avançou para bater mais no homem. Olhei para Hug — Leve-o para Jonathan. Quero saber todos os detalhes do trabalho dele com Allan e mantenha isso em segredo.

Hug concordou, se aproximou do homem caído ao chão e o colocou de pé com suas mãos fortes. Ambos partiram rapidamente e Evil e eu ficamos para trás.

Dylan - ChicagoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora