Capítulo 16

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Daphne

Meu pai costumava dizer que devíamos viver um erro de cada vez. Obviamente, eu nunca prestei atenção no que ele dizia, porque se eu o tivesse feito, eu não teria ido para a cama com Dylan Black. De novo. Nem teria cometido o erro de jogar em Branna algo que apenas seu marido deveria contar.

Erros, oh, eles me adoram.

Suspirei e me sentei na cama. O quarto estava escuro apesar da luz da lua que entrava pela janela que ía do chão ao teto. Escuro, mas não o suficiente para que eu não notasse que ele estava acordado também. Eu sentia seus olhos em minhas costas nuas, mas não me atrevia a olhá-lo naquele momento.

Não depois de fazer sexo quatro vezes.

— Está arrependida? — sua voz estava rouca.

Mordi os lábios e encolhi o ombros.

— Um pouco. E você?

— Gozei sete vezes, então eu estou de boa.

— Fizemos apenas quatro vezes!

— Mas os boquetes que você fez em mim contam.

Senti minhas bochechas esquentarem com as lembranças de onde minha boca esteve nele.

— Não precisa ficar assim, ruiva. Foi apenas sexo.

Apenas sexo.

Eu havia falado aquilo e feito questão de deixar bem claro o que aconteceria ali, que seria sem nenhum sentimento além do desejo, mas aquelas palavras ainda pesavam quando eu sentia todos os meus sentimentos queimando e uma vontade imensa de nunca mais sair daquele maldito quarto.

O carma é uma vadia, revirei os olhos.

— O fato é que... eu estou...

— Olha só, eu não sou psicólogo. Se quiser se maldizer por passar a noite comigo vá atrás do Edward. Eu preciso dormir depois de gastar tanta energia. É como dizem, ruivas são mesmo fogosas.

Tive que olhar para ele. Dylan estava de olhos fechados, aparentemente relaxado e de bem com a vida de merda. Me sentei na cama de joelhos, peguei o travesseiro e joguei nele repetidamente. Dylan soltou risadas e isso me irritou mais.

— Você não presta, seu escroto!

— Olha quem fala, vadia — ele riu e tirou o travesseiro de mim.

Dylan me puxou pela cintura e me agarrou em cima dele, peito contra peito. Minha boca ficou tão perto da dele que foi quase mpossível resistir a vontade de beijá-lo.

— Malditamente quente, ruiva.

— Me solta!

— Por que eu deveria? Você está gostando de estar em cima de mim. De novo — seu sorriso cresceu mais.

— Eu vou arrancar as suas bolas.

— Eu prefiro quando você às chupa.

— Me solta! — me debati e ele soltou rindo. Bati em seu peito e saí da cama, pegando sua camisa no chão e a vestindo — Vou fazer café.

Dylan se pôs de pé em segundos.

— Não. Eu faço. Dean disse que você é uma porra na cozinha.

Desviei meus olhos de seu corpo nu e os revirei.

— Dean fala isso porque ele é apaixonado pela comida da Matilde e da Cat.

— É, porque elas sabem cozinhar.

Seguimos juntos para a cozinha com ele vestindo apenas uma cueca branca que pegou no closet. Eu fui atrás encarando sua bunda como a descadada que eu era.

Dylan - ChicagoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora