Daphne
Meu pai costumava dizer que devíamos viver um erro de cada vez. Obviamente, eu nunca prestei atenção no que ele dizia, porque se eu o tivesse feito, eu não teria ido para a cama com Dylan Black. De novo. Nem teria cometido o erro de jogar em Branna algo que apenas seu marido deveria contar.
Erros, oh, eles me adoram.
Suspirei e me sentei na cama. O quarto estava escuro apesar da luz da lua que entrava pela janela que ía do chão ao teto. Escuro, mas não o suficiente para que eu não notasse que ele estava acordado também. Eu sentia seus olhos em minhas costas nuas, mas não me atrevia a olhá-lo naquele momento.
Não depois de fazer sexo quatro vezes.
— Está arrependida? — sua voz estava rouca.
Mordi os lábios e encolhi o ombros.
— Um pouco. E você?
— Gozei sete vezes, então eu estou de boa.
— Fizemos apenas quatro vezes!
— Mas os boquetes que você fez em mim contam.
Senti minhas bochechas esquentarem com as lembranças de onde minha boca esteve nele.
— Não precisa ficar assim, ruiva. Foi apenas sexo.
Apenas sexo.
Eu havia falado aquilo e feito questão de deixar bem claro o que aconteceria ali, que seria sem nenhum sentimento além do desejo, mas aquelas palavras ainda pesavam quando eu sentia todos os meus sentimentos queimando e uma vontade imensa de nunca mais sair daquele maldito quarto.
O carma é uma vadia, revirei os olhos.
— O fato é que... eu estou...
— Olha só, eu não sou psicólogo. Se quiser se maldizer por passar a noite comigo vá atrás do Edward. Eu preciso dormir depois de gastar tanta energia. É como dizem, ruivas são mesmo fogosas.
Tive que olhar para ele. Dylan estava de olhos fechados, aparentemente relaxado e de bem com a vida de merda. Me sentei na cama de joelhos, peguei o travesseiro e joguei nele repetidamente. Dylan soltou risadas e isso me irritou mais.
— Você não presta, seu escroto!
— Olha quem fala, vadia — ele riu e tirou o travesseiro de mim.
Dylan me puxou pela cintura e me agarrou em cima dele, peito contra peito. Minha boca ficou tão perto da dele que foi quase mpossível resistir a vontade de beijá-lo.
— Malditamente quente, ruiva.
— Me solta!
— Por que eu deveria? Você está gostando de estar em cima de mim. De novo — seu sorriso cresceu mais.
— Eu vou arrancar as suas bolas.
— Eu prefiro quando você às chupa.
— Me solta! — me debati e ele soltou rindo. Bati em seu peito e saí da cama, pegando sua camisa no chão e a vestindo — Vou fazer café.
Dylan se pôs de pé em segundos.
— Não. Eu faço. Dean disse que você é uma porra na cozinha.
Desviei meus olhos de seu corpo nu e os revirei.
— Dean fala isso porque ele é apaixonado pela comida da Matilde e da Cat.
— É, porque elas sabem cozinhar.
Seguimos juntos para a cozinha com ele vestindo apenas uma cueca branca que pegou no closet. Eu fui atrás encarando sua bunda como a descadada que eu era.
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Dylan - Chicago
Romance{ Dylan - Chicago - Livro III } "Eu amo a insanidade, pois ela é sua melhor amiga" Daphne Williams foi vendida, humilhada e quebrada. Seu coração, outrora feliz e belo, se tornou triste e feio. Mas a esperança de ser feliz nunca deixou seus olhos. ...