Dylan - Chicago

Capítulo 10

Daphne

Eu estava com raiva de Dylan. Por muitos motivos. Por meus irmãos, por ter me mantido presa, por ter me barrado na entrada da academia e por Allan.

Eu não acreditava que depois de tudo o que aconteceu no passado Dylan estava mantendo Allan por perto. Era inaceitável.

Aquele merdinha manipulou Dylan em seu momento mais fraco e o fez fazer coisas inaceitáveis. Dylan virou uma pessoa totalmente rude e cruel, mais do que já era, mas o pior era que quando Allan estava por perto, Dylan gostava de tudo.

Claro que Dylan tinha sua parcela de culpa, e eu o culpava mesmo, mas Allan era o malfeitor da história. Ele era o diabo no ombro de Dylan. A pior parte é que do outro lado não havia nenhuma anjo para equilibrar o jogo.

Passei o dia todo esperando e esperando pelo jantar, pois sabia que ele estaria presente. Branna tentou descobrir o motivo da minha carranca, mas me mantive em silêncio. Ela já tinha muitos problemas, não precisava dos meus.

Quando o pessoal começou a chegar depois de um longo dia cansativo, eu fui pro quarto tomar um banho rápido. Vesti uma roupa confortável, deixei meu cabelo cair pelos ombros e peguei um de meus sapatos com o salto mais fino no closet. Desci as escadas calmamente na companhia de Snow.

Na sala os meninos estavam discutindo sobre o jogo que estava no intervalo. John estava com Aiden no colo enquanto ria de algo bobo que Rob disse. Eles sorriram para mim quando me viram e Snow pulou no sofá, ao lado de John, colocando o focinho perto da bochecha de Aiden em um olá canino.

— Ei, ruiva! Como está indo? — Rob se levantou para me dar um abraço apertado e um beijo na bochecha.

Sorri.

— Estou indo bem. Fui à igreja hoje — contei me balançando de um lado para outro com as mãos para trás, sorrindo orgulhosa.

Os rapazes me olharam por uns instantes antes de soltarem gargalhadas estrondosas fazendo meu sorriso orgulhoso ir para o ralo. Até o traidor do Aiden soltou uma risadinha antes de se esticar nos braços do pai para pegar em Snow. Coloquei as mãos na cintura e suspirei.

— Vocês são ridículos.

— Você que é — Rob riu mais alto se sentando no sofá ao lado de Thomas, que ria discretamente. Ao menos ele tem decência — Daphne Williams indo à igreja? Meu Deus! Quem te pagou para ir lá?

Revirei os olhos.

— Eu não sou uma pessoa descrente, Robert.

— Você é uma pessoa descrente — John afirmou sorrindo.

Mostrei meu dedo do meio para ele lhe causando mais risos.

— Chega, suas hienas — bufei — Esperava mais de você, santo Thomas.

Thomas ruborizou.

— Desculpe, Speedy.

— Dos demais isso já era esperado.

— Somos tão previsíveis? — Dean perguntou depois de se recuperar de sua crise de riso.

— Claro que sim.