Capítulo 41

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Poucas coisas na vida me fazem tremer, todas elas estão ligadas a vocêinspiramorr
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Daphne

Talvez eu estivesse apenas de marcação com a maldita babá, mas eu apostava a minha vida que não. Tinha algo de errado com ela. Talvez fosse o fato descarado de que ela tratava meus irmãos como se fossem os irmãos dela. Ou algo além disso.

Quando ela disse que não gostava que meus irmãos dormissem cedo demais foi como um murro em meu estômago porque ela não tinha que gostar de nada.

Cynthia estava ali para cuidar dele, seguir as minhas ordens, respeitar, e não agir como se eles fossem dela.

Certo, eu até poderia estar sendo chata e ela apenas podia estar fazendo seu trabalho, mas havia algo de muito errado nela. No modo como ela falava e se relacionava com as crianças. Ela não era como as demais babás.

Branna se aproximou com a pequena e não tão dócil Maia nos braços e, assim como eu, observou Cynthia segurando Aiden nos braços enquanto brincava com Spencer e Jeremy. Seus olhos azuis esverdeados cerrados na direção da mulher.

— Juro que estou tentando, mas não encontro defeitos nela — disse com uma careta e revirei os olhos — Quer dizer, ela é bastante atrante, mas qual é! Você não é mulher de ficar enciumada por causa da babá. Vou continuar procurando o defeito dela — prometeu.

— Faça isso, pombinha. — murmurei e afastei-me dela, indo para o lado de fora da casa.

John estava debruçado sobre o capô da BMW. Robert e Edward estavam ao lado dele, os três tentando descobrir o problema do carro.

— Se Marcus estivesse aqui, ele já teria resolvido isso. — apontei o óbvio.

Edward sorriu para mim e acenei em cumprimento. Ed não era chegado como os demais, mas aparecia sempre que dava. Ele sempre foi um cara que curtia a vida, nada sério, mas depois de ser traído pela noiva, presenciar o falecimento do pai e a depressão da mãe, ele mudou. Se tornou um psicólogo de respeito no meio, tinha sua própria clínica, não se relacionava com nenhum mulher com medo de apegar porque ele, realmente, se apaixonava muito fácil, e era um dos melhores amigos de John. Ed sabia bem no que nós estávamos metidos, mas parecia não se importar. Ele era fiel aos amigos.

— Concordo. — Robert revirou os olhos — John, vamos chamar ele.

— Marcus levou a Clara ao médico. Ele está ocupado.

— O que aconteceu com ela? — perguntei.

— Nada. — John se afastou do carro e respirou fundo, olhando-o frustrado — Eu queria entender os carros.

— Você não consegue nem se entender, quem dirá entender um carro. — Ed alfinetou e eu ri.

John lançou-me um olhar entediado e jogou a camisa em mim, fazendo-me rir mais. Ed estava certo. Quase sete anos de sessões e John não estava nem perto de começar a se entender.

— Hilário! — John revirou os olhos e voltou a se debruçar sobre o carro, mas Branna o chamou. Ele bufou e balançou a cabeça de um lado para o outro — Ótimo também. Espero que não seja para brigar. — ele saiu pisando fundo.

Rob, Ed e eu trocamos olhares esquisitos. Eu sabia que John e Branna estavam passando por uma fase, mas não sabia que eles brigavam o tempo todo como ele fez parecer.

Rob bateu no braço de Ed: — Sabe de alguma coisa?

— Mesmo se eu souber, não posso contar. Eu sou o psicólogo dele. — lembrou, mas Rob bufou.

Dylan - ChicagoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora