DESPERTANDO PARA A VIDA

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Quando Adam ocupou o banco ao meu lado, não consegui reprimir a minha curiosidade.

- Você acha que ele vai precisar de quanto tempo para conseguir levar a Melissa para cama?

Ele fechou a porta da picape e antes de ligar o motor do automóvel, focou a atenção para o quem sabe mais novo casal.

- Poderia ser agora mesmo se não possuísse uma porcentagem de cavalheirismo! Mas se ele fosse realmente um homem esperto na chegaria nem perto dela. – não esperando que perguntasse o porquê, ele continuou – Melissa é o tipo de soldado que possui a farda apenas porque o pai quis e está onde o pai acha que deve estar, além de usar o parentesco com ele para fazer os outros gostarem dela. Incluindo os candidatos a amantes. Não estou dizendo que ela faz isso em tempo integral, só acho que os homens bons deviam ficar longe.

Senti uma onda de ciúme atravessar o meu corpo.

- Ela tentou fazer isso contigo?

Adam não notou o meu tom irritado e nem mesmo a minha expressão, pois concentrado-se em dar a ré no carro.

- Melissa percebeu de imediato que eu estou pouco me importando quem é o seu pai e o quão importante é, uma vez que sempre me concentrei em fazer o meu trabalho da forma mais correta o possível. Falei para ela também que estávamos juntos, que não me sentia confortável e nem tentado com as investidas, afinal, eu tinha a melhor mulher do mundo em todos os aspectos ao meu lado.

Reprimi a vontade forte de agarrar seu rosto entre as minhas mãos e beijá-lo com todo o orgulho do mundo, já que poderia causar um acidente. Então, limitei-me a acariciar a sua coxa e sussurrar:

- Por acaso eu já te falei que amo o jeito que você costuma ofender as pessoas?

No momento em que ele engatou a segunda marcha e tomou rumo em direção ao hospital deixando os nossos vizinhos para trás, senti sua mão se entrelaçando a minha.

- Você não deveria considerar isso como um dos meus piores defeitos? – devolveu.

- Oh não, amor. Isso é extremamente sexy!

Ele soltou outra gargalhada enquanto mantém os olhos na estrada, apertando nossas mãos sobre a sua perna e acenava com a cabeça toda a vez que passava por alguém conhecido. Mesmo depois de ter parado de rir, um sorriso permaneceu em seus lábios e era uma mistura de malícia, ego inflado e felicidade. Três sentimentos que me fazem ter mais vontade ainda de levá-lo de volta para o quarto.

*****

Chegamos no hospital em pouco menos de 15 minutos, de imediato fomos indicados a ficar na mesma sala privada, onde todos já estavam a nossa espera e que por sua vez nos acolheram com seus sorrisos carinhosos, além das suas costumeiras piadinhas. Mais por parte de John, é claro. Torci para que Adam não notasse o brilho diferente no olhar da filha do lado do Evan, afinal, ele sabe que é desta forma que fico depois de algumas horas de sexo. As bochechas coradas, o lábio inchado mais do que o normal, e os gestos de mulher fatal, como se nada no mundo pudesse fazê-la perder a calma que aderiu após tantos meses de preocupação.

Adam se acomodou em uma cadeira próxima dos outros e me puxou para o seu colo, cuidando para o vestido soltinho não subir. Eles logo nos informaram que o médico passaria ali para nos guiar até o quarto do Brandon e já deixara claro que todos não poderiam permanecer no ambiente por mais de 30 minutos, depois disso apenas dois por vez. O que fez o meu namorado fazer careta por achar muito pouco tempo.

Neste instante, John interrompeu a conversa de todos para comentar:

- Eu até tentei resistir a essa curiosidade, mas realmente preciso saber. – quando seus olhos se voltaram na minha direção, percebi que estava ferrada – O que o Adam fez de tão espetacular que fez você ir vestida feito uma religiosa e voltar ao estilo femme fatale?

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