CAPITULO QUARENTA E TRÊS - O TORNEIO TRIBRUXO

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HOGWARTS, 1994

Início do 4º ano

NARRADORA ON

O jantar em Hogwarts estava para começar. Todos nós já estamos no salão principal, conversando e aguardando Dumbledore fazer seu discurso e permitir que os demais alunos pudessem começar a comer.

Alison olhou para a mesa dos professores. Parecia haver mais lugares vazios do que habitualmente. Hagrid, é claro, ainda estava lutando para atravessar o lago com os alunos do primeiro ano; a Professora McGonagall provavelmente estava supervisionando a secagem do piso do saguão de entrada, mas havia ainda outra cadeira desocupada e ele não conseguia atinar quem mais estava faltando.

– Onde é que está o novo professor de Defesa Contra as Artes das Trevas? – perguntou Maya, que também estava olhando para os professores.

Eles ainda não tinham tido nenhum professor de Defesa Contra as Artes das Trevas que durasse mais de três trimestres. O favorito deles fora, de longe, o Prof. Lupin, que se demitira no ano anterior. Seu olhar percorreu a mesa dos professores. Decididamente não havia nenhuma cara nova.

– Quem sabe não conseguiram ninguém! – sugeriu Pansy, parecendo ansiosa.

Alison examinou os ocupantes da mesa com mais atenção. O minúsculo Prof. Flitwick,
professor de Feitiços, estava sentado em uma alta pilha de almofadas ao lado da Profa Sprout, a mestra de Herbologia, usando um chapéu enviesado sobre os cabelos grisalhos e
esvoaçantes. Conversava com a Profa Sinistra, do Departamento de Astronomia. Do outro lado da mesa estava o mestre de Poções, e claro seu tio Snape. Do outro lado de Snape, havia um lugar vago, que Alison achou que devia ser o da Professora McGonagall. Ao lado, e bem no centro da mesa, sentava-se o Prof. Dumbledore, o diretor, seus cabelos e barbas prateados e ondulantes brilhando à luz das velas, suas magníficas vestes verde-escuras bordadas com luas e estrelas. Dumbledore tinha as pontas dos dedos longos e finos e ele apoiava nelas o queixo, contemplando o teto através de oclinhos de meia-lua, como se estivesse perdido em pensamentos. Alison olhou para o teto também. Era encantado para parecer o céu lá fora e nunca tivera um aspecto tão tempestuoso. Nuvens roxas e negras giravam por ele e quando se ouvia uma nova trovoada do lado de fora, corria um relâmpago pelo teto.

Após a seleção com os alunos novos, o Prof. Dumbledore se levantara. Sorria para os estudantes, os braços abertos num gesto de boas-vindas.

– Só tenho duas palavras para lhes dizer – começou ele, sua voz grave ecoando pelo salão. – Bom apetite!

– Apoiado! Apoiado! – disseram os garotos em voz alta, enquanto as travessas vazias se enchiam magicamente diante dos seus olhos.

– Aaah, agora sim! Finalmente – disse Goyle, com a boca cheia de purê de batatas.

— Pelo amor de Merlin, parece que nunca viram comida na frente — disse Daphne olhando os meninos que comiam desesperadamente

— Vão com calma, a comida não vai sair correndo não viu? — disse Pansy, se servindo com um pouco de purê de batata

— Pansy, calada!!! — disse Blasio pegando um pedaço de frango

— Olha aqui você não me irrita que eu não estou com paciência pra você — disse a garota e Blasio imitava ela

Eles ficaram ali comendo e conversando sobre as férias e os assuntos de sempre. Quando as sobremesas também tinham sido destruídas, e as últimas migalhas desaparecidas dos pratos, deixando-os limpos e brilhantes, Dumbledore tornou a se levantar. O burburinho das conversas que enchiam o salão cessou quase imediatamente, de modo que somente se ouviam o uivo do vento e o batuque da chuva.

𝐓𝐇𝐄 𝐇𝐄𝐈𝐑𝐄𝐒𝐒 | DRACO MALFOY (EM REVISÃO)Where stories live. Discover now